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Português EF: 8º ano
Curso: Português EF: 8º ano > Unidade 2
Lição 1: Textos jornalísticos e midiáticos- Voz passiva e voz ativa
- Voz ativa e voz passiva em manchetes jornalísticas
- Por que as notícias são diferentes em diferentes veículos?
- Editorias de jornais: o que vira notícia?
- Editorias de jornais e o funcionamento das notícias
- Memes: interpretação e uso ético
- Memes: interpretação e uso ético
- Relações entre elementos verbais e não verbais em textos
- Relações entre elementos verbais e não verbais em textos
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Voz ativa e voz passiva em manchetes jornalísticas
Nesta videoaula, apresentamos informações sobre as vozes verbais (voz passiva e voz ativa), analisando os efeitos de sentido que produzem em manchetes jornalísticas.
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- perpertivadosisjetoioquepueticaaacao(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA21MC - Olá, pessoal,
tudo bom com vocês? Hoje nós vamos observar o uso da voz ativa
e da voz passiva em manchetes jornalísticas. Mas o que
seriam essas vozes? Imagine a seguinte situação: você está
olhando dois meninos jogando futebol. Os meninos correm atrás da bola
e ela vai para o escanteio, então, um menino pega a bola e
se prepara para fazer sua jogada. Se você tivesse que descrever
a cena em uma única frase, você poderia dizer:
O menino chutou a bola com força. Dessa forma, a frase está sendo
descrita pela perspectiva do menino. Entretanto, se quiséssemos trazer uma nova perspectiva, por exemplo, da bola, como diríamos essa frase? A bola foi chutada
pelo menino com força. Observe que, praticamente,
usamos as mesmas palavras, porém as funções gramaticais
e os verbos são modificados. No primeiro caso, temos o menino como sujeito,
ou seja, como o responsável da ação, e a bola seria o objeto, ou seja, é aquilo que está
completando o sentido da ação, no caso, chutar. Já na segunda oração, o sujeito deixa
de ser o menino e passa a ser a bola. Aqui a bola é o
que sofre a ação. Essa mudança de perspectiva é
o que chamamos de vozes. Vamos ver outro exemplo? Temos a frase: As crianças leem
muitos livros na escola. Nessa oração, a perspectiva é a partir das crianças,
afinal são elas que vão ler os livros. Entretanto, qual seria oração
pela perspectiva dos livros? Muitos livros são lidos
pelas crianças na escola. Essas mudanças de perspectiva
indicam a voz ativa e a voz passiva. Voz ativa é a perspectiva a partir
do sujeito que pratica a ação. Esse sujeito que pratica a ação
é chamado de sujeito agente. Já a voz passiva traz a perspectiva
do objeto que sofre a ação. Nesse caso, ele é
chamado de objeto paciente. O verbo também é modificado na voz passiva
e se transforma em uma locução verbal, ou seja, juntamos dois verbos,
um auxiliar em um principal, principal e fazem a função
de um único verbo. É muito importante observar sob qual perspectiva
estão as orações que encontramos por aí, pois elas podem nos dar pistas sobre o
direcionamento e a intencionalidade do autor. Vamos ver como as vozes ativas e passivas
se comportam no ambiente jornalístico? Essa manchete é do
jornal Folha Online e diz: Adolescente é agredido por
skinheads na zona leste de SP. A manchete é sempre o título da notícia, e ela
nos ajuda a revelar a essência dela, ou seja, sobre o que
trata aquela notícia, e sua intenção é despertar
a atenção do leitor. Você consegue identificar qual
voz temos nessa manchete? Isso mesmo, ela traz a voz passiva, pois o elemento
em destaque, adolescente, é quem sofreu a ação. Nesse caso, o adolescente
é nosso objeto paciente, enquanto "por skinheads" é nosso agente da passiva,
ou seja, é aquele que provoca a ação. Essa escolha da voz passiva
foi feita intencionalmente. Nesse caso, a vítima é colocada em posição de
realce para que ela fique em evidência. Nessa outra manchete, temos: Líder de partido da oposição
é morto na Colômbia. Você consegue identificar quem
é o objeto paciente da oração? Isso mesmo, o objeto paciente, ou seja, aquele
que sofre a ação, é "líder de partido da oposição". Mas qual seria o agente
da passiva nesse caso? Nesse caso, o agente
da passiva foi omitido. Isso pode acontecer algumas vezes e,
nesse caso, a omissão foi feita intencionalmente. Dessa forma, o jornal
dá mais ênfase à vítima. Além disso, essa omissão intencional
pode acontecer por, muitas vezes, não se ter o conhecimento de quem é o agente da passiva,
ou seja quem foi que provocou aquela ação. O uso da voz passiva em manchetes jornalísticas
é feito intencionalmente para dar destaque para a vítima. Entretanto, algumas vezes ela pode ser uma estratégia
para tirar de foco o responsável pela ação. A voz ativa também pode ser
usada em manchetes jornalísticas. Vamos ver alguns exemplos? Polícia prende foragido da Justiça acusado
de tentar matar homem no Gama. Você consegue identificar quem é o sujeito agente,
ou seja, aquele que pratica a ação? Nessa oração, o sujeito agente é o termo "polícia",
pois é ele o responsável por prender o foragido. O verbo principal nessa oração é "prende",
então o objeto seria o foragido, afinal, é ele que está
completando o sentido do verbo. Nesta outra manchete temos,
novamente, o uso da voz ativa: Exército paquistanês mata
50 talibãs em ofensiva. Nesse caso, o exército paquistanês é o sujeito
agente, ou seja, quem executa a ação, e o objeto paciente seria "50 talibãs", pois
indica quem foi que sofreu essa ação. Diferente da voz passiva, que tem a intenção de
dar destaque para quem sofre a ação, o uso da voz ativa em manchetes tem o objetivo
de focar em quem cometeu a ação, ou seja, o uso da voz ativa ou da voz passiva
é muito importante ao analisar notícias de jornais, pois através delas conseguimos identificar
os papéis dados para quem executa e quem sofre a ação, quais seriam
as relevâncias de cada um. O uso da voz ativa procura
evidenciar o responsável pela ação, já a voz passiva realça o papel
de quem sofre aquela ação. Algumas vezes na voz passiva, o agente da passiva,
ou seja, o responsável pela ação, pode ser omitido intencionalmente para
evitar o comprometimento do autor. Agora tenho certeza de que você observará
com mais atenção as vozes e intenções presentes nas manchetes
que vê por aí. A gente se encontra em uma
próxima aula. Bons estudos!