O gênero romance no Brasil: autores tradicionais (livros importantes publicados até 1990)

RKA2JV - Machado de Assis. Jorge Amado. Clarice Lispector. Mário de Andrade. Graciliano Ramos. Rachel de Queiroz. Lygia Fagundes Telles. Quando eu falo esses nomes, o que vem à sua cabeça? Talvez eu esteja citando os nomes de grandes escritores e escritoras brasileiros, certo? Pois é isso. Nessa breve lista, eu dei uma palhinha de alguns dos principais representantes de nossa literatura. Todos escreveram títulos ficcionais de gêneros textuais diversos, inclusive romances. Romance, é bom a gente lembrar, não é só uma história de amor. Romance é uma narrativa longa, que conta com diversos personagens, possui um enredo que se desenvolve em um determinado tempo e em um determinado espaço. Há romances que tratam de amor, obviamente. Mas há romances policiais, romances históricos, romances de suspense. Nesta aula, eu quero que você me acompanhe para a gente traçar um panorama de obras importantes de alguns autores brasileiros fundamentais no estudo da nossa literatura. Vamos começar com Machado de Assis. É dele, por exemplo, o romance Dom Casmurro, narrado em primeira pessoa e que, até hoje, é considerado uma obra-prima da literatura brasileira. Mas Machado de Assis escreveu, também, Memórias Póstumas de Brás Cubas, outro romance em primeira pessoa, em que o narrador é um morto. Outras obras deste escritor, que fundou a Academia Brasileira de Letras, são: Quincas Borba; Helena; O Alienista; A Mão e a Luva; Esaú e Jacó... São livros dos anos 1.800 e nos ajudam a entender a sociedade daquela época e a refletir sobre a sociedade atual. Vale a pena conhecer os romances de Machado de Assis. Aliás, não só do Machado de Assis. Citei tantos nomes no começo da nossa aula, não é? Então, que tal conhecer o trabalho de uma romancista? Brasileira, nordestina, primeira mulher a ocupar uma cadeira na mesma Academia Brasileira de Letras fundada por Machado de Assis quase um século antes. Estou falando de Rachel de Queiroz. "O Quinze" é a principal obra de Rachel de Queiroz, e é considerado um dos principais romances regionalistas da nossa literatura. Conta a história de um imigrante nordestino que se vê obrigado a buscar oportunidades de emprego na cidade grande depois de perder tudo o que tinha em função de uma grande seca. Aliás, o tema da imigração e da seca a gente também encontra no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, outro nordestino que retratou com muita paixão as dificuldades do povo do Sertão diante da falta de apoio e de perspectivas. Aqui a gente vê um pouquinho mais da obra de Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos, olha só: As Três Marias; Caminho de Pedras; Dôra, Doralina; Memorial de Maria Moura. E aqui: São Bernardo; Angústia; Infância; Memórias do Cárcere. E aí? Já deu aquela a vontade de ler um desses livros e se aventurar pelas histórias? Só que tem mais. Hoje eu quero te deixar com água na boca para você conhecer e desfrutar das belezas da literatura brasileira. Olha aqui mais umas dicas super legais de leitura. Do Jorge Amado: Capitães de Areia; Mar Morto; Gabriela, Cravo e Canela. Da Clarice Lispector: A Paixão Segundo G. H.; A Hora da Estrela; Um Sopro de Vida. Do Mário de Andrade: Macunaíma; Amar, Verbo Intransitivo; O Turista Aprendiz. E de Lygia Fagundes Telles: As Meninas; Ciranda de Pedra; As Horas Nuas. Agora, quer se aventurar pelos romances mas não sabe se deve começar por esses autores? Pois minha indicação para você é a escritora Lygia Bojunga, que tem um trabalho literário bacanérrimo voltado a jovens leitores. São dela, por exemplo, clássicos da literatura infanto-juvenil como: A Bolsa Amarela; Os Colegas; O Sofá Estampado; ou A Casa da Madrinha. Se eu fosse você, dava uma olhada. Depois que a gente pega o gosto pela história, o mais difícil é parar de ler. Eu vou ficando por aqui, para você poder ir atrás desses livros todos e entender do que eu estou falando. Agora é com você, hein? Boa leitura e bons estudos. Tchau!