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Figuras de linguagem: antítese

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre a antítese, que é considerada uma figura de linguagem (ou de pensamento). Além do conceito e de exemplos, também é feita uma análise para contribuir para o desenvolvimento da habilidade de interpretar textos. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA4 – Olá, tudo bem com você? Na aula de hoje nós iremos falar sobre a antítese, uma figura de linguagem. Figuras de linguagem ou figuras de estilo são elementos que podemos utilizar em nossos textos para deixarmos a leitura mais expressiva e interessante. É muito comum encontrarmos figuras de linguagem em textos em que o autor possui mais liberdade criativa. Em um jornal isso pode aparecer em artigos de opinião, por exemplo. mas não em uma notícia, que tem teor mais sério. Porém, para a aula de hoje, nós iremos ver alguns exemplos, não que os jornais, mas sim que a literatura pode trazer para a gente sobre as figuras de linguagem. Isso porque é muito mais comum encontrarmos figuras de linguagem em textos literários como poemas, romances, crônicas, contos, lendas, letras de músicas que escutamos no nosso dia a dia, enfim. Pela literatura ficcional ser uma forma livre de escrita, é nela que conseguimos encontrar diversos exemplos riquíssimos sobre as figuras de linguagem. Vamos, então, ver alguns exemplos para que a gente consiga entender o que é uma antítese, tudo bem? Estes dois primeiros exemplos que eu trouxe hoje para a gente foram escritos pela mesma pessoa, o poeta, cantor e compositor Vinícius de Moraes. No primeiro exemplo, a gente tem uma antítese com duas palavras. Vamos lê-la e tentar encontrá-la, então. A frase é a seguinte: “mas que seja infinito enquanto dure”. Talvez você já tenha conseguido compreender algum sentido de oposição na frase, certo? A antítese nesse trecho escrito pelo Vinícius de Moraes está nas seguintes palavras: “infinito” e “enquanto dure”. Você pode se perguntar: como algo pode ser infinito enquanto durar? A ideia de infinito é justamente aquilo que não acaba nunca. Como algo pode durar só por um momento se é infinito? Essa é justamente a ideia da frase. Em textos literários, a antítese não aparece de forma contraditória, mas, sim, para enfatizar o efeito que o escritor quis atribuir ao texto. Que seja infinito, mas enquanto durar. Outro exemplo do mesmo escritor Vinícius de Moraes é o trecho: ”Do sorriso se fez o pranto”. É importante que a gente saiba que mesmo que estejamos estudando as antíteses, a poesia ou a música possuem significados mais abstratos do que a gramática, ou seja, por mais que consigamos entender aqui o que é uma antítese através da oposição de duas ideias que levam para um significado, o significado da música ou do poema depende bastante da nossa interpretação. Vamos partir, então, para o segundo exemplo e tentar entender um pouquinho melhor com ele como uma antítese se forma. Aqui temos a frase: “do sorriso se fez o pranto”. Pranto significa a mesma coisa que choro. Ela consegue criar uma antítese nessa frase com a palavra sorriso. O escritor disse, então, que "do sorriso se fez o pranto". O que poeta diz para gente é que o sorriso e o choro, o pranto, são coisas próximas, mesmo que opostas. Uma maneira de compreender esse trecho é pensar nos momentos em que choramos de tanto rir, por exemplo. É uma interpretação possível. Porém, se nós formos ler o soneto completo, ou seja, o poema completo desse trecho vamos perceber que outras possibilidades de interpretação aparecem para a gente. Essa é justamente a função da literatura: demonstrar para a gente diferentes perspectivas sobre um ou mais assuntos. No caso da antítese, ela aparece quando temos duas ideias diferentes, criando um significado pela oposição. Este vídeo vai ficando por aqui. Espero que você tenha conseguido compreender para que servem as figuras de linguagem e como funciona a antítese. A gente se encontra em um próximo vídeo, tudo bem? Até lá e bons estudos!