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Predicativo do sujeito e verbos de ligação

Nesta aula, apresentamos a estrutura sintática das frases cujo núcleo é um verbo de ligação. Para tanto, explicamos também o conceito de "predicativo do sujeito". A Khan Academy oferece exercícios, vídeos e um painel de aprendizado personalizado para ajudar estudantes a aprenderem no seu próprio ritmo, dentro e fora da sala de aula. Temos conteúdos de matemática, ciências e programação, do jardim da infância ao ensino superior, com tecnologia de ponta. De graça, para todos e para sempre. #YouCanLearnAnything Se inscreva no canal! Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA8JV - Olá, pessoal! Como vocês estão? Então, para a gente começar esta aula de um jeito diferente, vamos analisar esta imagem. E quero que relacionem com algum personagem que se parece com este, de algum jogo, filme ou livro que conhecem. O que a gente poderia dizer sobre ele? Provavelmente, que ele é um super-herói, neste caso, ele também é super poderoso. Pela figura, ele parece ser forte. Ele era um personagem de quadrinhos e se tornou um filme, e, pelo jeito, ele continua famoso até hoje. Todas essas características fazem com que a gente tenha uma noção mais clara de qual personagem este desenho poderia representar, não é mesmo? E é justamente a estrutura sintática destas orações o que vamos estudar hoje. Nas frases usadas para descrever o personagem encontram-se qualidade, estado ou condição do nosso sujeito, neste caso, o próprio herói. Essas características são todas ligadas a ele através de um tipo de verbo já estudado antes, o verbo de ligação, que são verbos que não indicam uma ação do sujeito, e sim o estado dele. No nosso encontro de hoje, vamos estudar sobre a função sintática dos termos de uma oração formada por um verbo de ligação. Então, vamos lá. Quando usado, a sua função na oração é ligar o sujeito ao seu predicativo, portanto, ao predicativo do sujeito. E por que usamos o exemplo do herói para isso? É que o predicativo do sujeito nada mas é que o atributo dele. Sendo assim, nos exemplos, temos os verbos de ligação ser, parecer, estar, tornar e continuar, todos conjugados da forma como a oração pede, ligando o personagem ao atributo dele, ou seja, ligando o sujeito ao seu predicativo. Então, de forma didática, podemos definir que: verbos de ligação são os verbos que não representam ação e sim estado, e possuem a função de ligar o sujeito à sua característica, e, por isso, têm como núcleo o predicativo do sujeito. Os principais verbos de ligação são ser, estar, continuar, andar, no sentido de continuar, parecer, permanecer, ficar, tornar, entre outros. Lembrando sempre que a conjugação e concordância desses verbos não se altera e deve ser feita normalmente, independentemente da sua função sintática. Já o predicativo do sujeito, é o termo sintático que expressa estado, qualidade ou condição de quem se refere, e seu núcleo é representado, normalmente, por um adjetivo, mas também pode ser por um pronome, palavra substantivada, advérbio ou uma oração. Então, vamos analisar, na prática, algumas orações com esses termos que acabamos de ver. Nesta primeira, temos um quadrinho que diz assim: "meu pai é promotor". "Uau". "Ficou ótimo! Mais um trabalho bem feito!" "Ele adora se promover!" Analisando sintaticamente, a primeira afirmação do personagem, encontramos o sujeito "meu pai" e a característica que ele atribui ao seu pai, assim, o predicativo "promotor" e estes dois termos estão sendo ligados pelo verbo de ligação "é". Esta é a estrutura padrão em ordem direta de termos quando se possui um verbo de ligação e predicativo do sujeito. Sujeito, verbo de ligação e predicativo. Outro exemplo que encontramos nesta tirinha é no segundo quadrinho, ao dizer "ficou ótimo", o verbo ''ficou" tem função de verbo de ligação porque indica um estado, querendo dizer que o sujeito "trabalho" está ótimo. Para entender ainda melhor sobre o predicativo como uma função sintática, vamos ler o próximo exemplo que é um trecho de uma música do Chico Buarque chamada "Paratodos". "O meu pai era paulista, meu avô, pernambucano, o meu bisavô, mineiro, meu tataravô, baiano, meu maestro soberano foi Antônio Brasileiro". Neste trecho, o autor demonstra a diversidade cultural do Brasil com exemplos de regiões diferentes. Todas essas regiões, neste caso, pertencem à classe de palavra dos adjetivos, já que são características de cada pessoa citada, porém, há apenas uma oração em que o adjetivo não possui a função sintática de predicativo do sujeito. No início, começa a escrita: "o meu pai era paulista". Dessa forma, seguindo a estrutura sintática que vimos antes, sujeito, verbo de ligação e predicativo do sujeito. Apesar do verbo "era" não está descrito por uma escolha estilística do cantor, ele utiliza a vírgula para marcar a elipse desse verbo, ou seja, omite o termo "era'' mas esse é facilmente identificável, portanto, é como se ele tivesse sido escrito, mas o autor decidiu omitir, dessa forma, continua exercendo sua função nos próximos versos também. Por causa disso, é como se estivesse escrito: "meu avô era pernambucano", "o meu bisavô era mineiro", e "meu tataravô era baiano". Dessa forma, os adjetivos continuam exercendo a mesma função sintática de predicativo do sujeito, já que são as características do sujeito e ligados por um verbo de ligação. Entretanto, nos últimos versos está a oração: "meu maestro soberano foi Antônio Brasileiro". Neste caso, existe uma característica, ou seja, um adjetivo, que é a palavra soberano. Mas como não possui nenhum verbo de ligação para se conectar ao sujeito, ela tem simplesmente a função de um adjunto adnominal, já que tem a finalidade apenas de caracterizar o substantivo "maestro". Portanto, apesar de ter adjetivo em todos os versos, os primeiros possuem a função de predicativo do sujeito, mas, no penúltimo, a função é de adjunto adnominal. Por isso, é sempre bem importante lembrarmos que o predicativo do sujeito é uma função dentro da oração e que deve ser construído através de uma estrutura sintática correspondente, já que escrevermos "o carro novo está limpo" significa que a característica do carro é novo e está, no momento, limpo. Então, "novo" tem função sintática de adjunto adnominal enquanto "limpo", escrito após um verbo de ligação, tem a função de um predicativo do sujeito "carro". Do mesmo modo que, se invertermos os adjetivos da oração, a função também irá se alterar. Por exemplo: "o carro limpo está novo". Agora, sua característica é limpo, porém, se encontra na condição de estar novo. Através destes exemplos, conseguimos perceber a diferença de sentido de cada oração, justamente pela troca de função sintática dos termos. Dessa forma, percebemos o papel da sintaxe no funcionamento da língua, já que cada escolha de palavra ou de determinada estrutura faz com que o efeito de sentido seja mudado. Por isso, o conteúdo que vimos hoje ajudará não só em estudo de conteúdos futuros como também na interpretação e produção de textos. Então, eu espero que tenham entendido e continuem nos acompanhando nos próximos conteúdos. Muito obrigado, e até mais! Tchau, tchau!