Quando a vírgula é opcional?

RKA2JV - Olá! Tudo bem com você? Na aula de hoje nós iremos aprender sobre quando a vírgula é opcional. Mas precisamos saber, antes de tudo, que no nosso português a vírgula é regulada por elementos sintáticos, e não prosódicos. Ou seja, é a partir da sintaxe da nossa língua, das palavras e da estruturação dos elementos na frase, que sabemos quando ou não devemos utilizar a vírgula. Não é através da nossa fala que sabemos quando usar a pontuação. Isso porque nós reproduzimos o nosso português falado de uma maneira e o português escrito, de outra. E não devemos pensar que escrevemos da maneira como falamos. Nesse caso, é através da estrutura sintática da nossa língua que conseguimos identificar o funcionamento da frase e introduzir a pontuação de maneira correta. Por isso é que precisamos conhecer o sujeito, o predicado, o verbo, os complementos nominal e verbal, o vocativo, o aposto e vários outros elementos sintáticos da nossa língua. Bom, antes de iniciarmos o conteúdo da aula de hoje, você sabe o que significa "facultativo"? "Facultativo" é o mesmo que "opcional". Ou seja, no caso da vírgula, ela é facultativa quando podemos nos valer da nossa opção em utilizá-la ou não. Por fim, você precisa saber que não há um consenso entre os gramáticos quanto aos casos facultativos de vírgula na nossa língua. Para compreendermos bem isso, precisamos criar o hábito de leitura e de escrita, e manter esse hábito. Só assim conseguiremos compreender cada vez mais o funcionamento da nossa língua para além das regras gramaticais que tentamos decorar. Vamos, então, aos exemplos. O uso da vírgula fica ao nosso critério em alguns casos, como, por exemplo, antes da expressão "etc." Neste contexto, a vírgula pode ou não ser utilizada. Como, por exemplo, na frase: "Gosto de verde, branco, rosa etc." Aqui podemos tanto utilizar a vírgula antes de "etc." como não. Uma outra situação em que a vírgula é facultativa é entre complemento do verbo e adjunto adverbial. Neste caso, a frase "Vimos um filme ótimo ontem à noite" pode tanto conter vírgula ou não, separando o complemento do verbo "filme ótimo" e "vimos" do adjunto adverbial "ontem à noite". Um outro exemplo em que a vírgula é opcional é antes da conjunção "e" em orações que possuem sujeitos diferentes, ou quando o "e" não indica adição na frase. Neste caso, um bom exemplo em que a vírgula seria optativa é a frase: "Maria viu a novela e Pedro leu o livro." Perceba que, neste exemplo, a vírgula pode dividir a frase, já que a primeira parte se refere a um sujeito, "Maria", enquanto a outra se refere ao sujeito "Pedro". Tendo, assim, dois sujeitos diferentes em uma mesma frase, a vírgula pode aparecer para dividi-los, mesmo que esteja ao lado da conjunção "e". Bom, eu vou ficando por aqui. Te convido a fazer os exercícios da nossa plataforma para compreender melhor o funcionamento da vírgula: quando ela é obrigatória, quando ela não deve aparecer e quando ela é facultativa. A gente se encontra em um próximo vídeo, tudo bem? Até lá e bons estudos!