Conteúdo principal
Português EF: 9º ano
Curso: Português EF: 9º ano > Unidade 2
Lição 1: Funcionamento da língua- Uso da vírgula em adjunto adverbial deslocado
- Uso da vírgula em adjunto adverbial deslocado
- Uso dos pronomes “que”, “cujo” e “onde”
- Uso dos pronomes “que”, “cujo” e “onde”
- Concordância verbal com palavras pluralizadas
- Concordância verbal com coletivo especificado ou partitivo
- Casos de concordância verbal
- Colocação pronominal: usos no dia a dia x norma-padrão
- Colocação pronominal: usos no dia a dia x norma-padrão
- Pronomes demonstrativos: esse, este, isso, isto
- Pronomes demonstrativos: esse, este, isso, isto
© 2023 Khan AcademyTermos de usoPolítica de privacidadeAviso de cookies
Uso da vírgula em adjunto adverbial deslocado
Nesta aula, apresentamos situações em que a vírgula é utilizada para marcar adjunto adverbial deslocado. Versão original criada por Khan Academy.
Quer participar da conversa?
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.
Transcrição de vídeo
[RKA20C] Olá! Tudo bem? Bem-vindos a mais um vídeo
aqui na Khan Academy Brasil. Você já deve ter ouvido falar que,
quando usamos uma vírgula, fazemos uma breve pausa
para respirar. Não é bem assim. A vírgula é um recurso bastante útil
para ajudar a manter a ordem sintática das informações na frase. Na língua portuguesa,
temos uma ordem básica em que colocamos os termos sintáticos para que a informação seja construída
de etapa em etapa. Chamamos isso de ordem direta. É como se usássemos
caixinhas de informação. A primeira caixinha é o sujeito,
o assunto sobre o qual vamos falar. A segunda caixinha é o verbo, que pode ser uma ação
relacionada a esse sujeito, ou até mesmo servir de ligação entre uma característica
e um sujeito. Depois do verbo, colocamos
a terceira caixinha. Os complementos do verbo ou do sujeito. A frase ainda tem mais uma
quarta caixinha de informação, os adjuntos adverbiais. Nome bonito, não?
Vou te explicar o que eles são. Adjuntos adverbiais
são palavras ou expressões que apresentam uma circunstância
ao verbo. Pode ser a indicação de um lugar
em que a ação aconteceu, o tempo, o modo,
e várias outras possibilidades. Observe o exemplo: "Ayrton Senna
vence corrida em São Paulo." Nesta manchete de jornal, estamos falando do grande
e saudoso piloto Ayrton Senna, o nosso sujeito apresentado
na primeira caixinha. Em seguida, vemos que
ele fez uma ação: vencer. Lembra que a segunda caixinha
é o verbo, não? Sabemos o que ele venceu observando
a terceira caixa de informação. Ou seja, a corrida. Por fim, sabemos,
por meio da quarta caixa, que essa corrida
aconteceu em São Paulo. É muito comum no dia a dia,
inclusive nos meios de comunicação, mudar a posição do adjunto adverbial para criar efeitos
e sentidos diferentes. Se tivéssemos: "Em São Paulo, Ayrton Senna vence corrida", a ênfase seria maior na cidade
em que aconteceu a corrida. A vírgula, dessa forma, serve
para organizar a leitura, mostrando que houve um deslocamento. O leitor, ciente do uso da vírgula, consegue manter
a ordem das caixinhas. Uma vez identificado o adjunto adverbial, se eu ler a frase pulando
o termo isolado e colocá-lo na caixinha final, temos novamente
a ordem direta da frase. Então, veja de novo a frase: "Em São Paulo, Ayrton Senna
vence corrida." Vamos pular o termo "Em São Paulo" e colocá-lo na caixinha final. "Ayrton Senna vence corrida
em São Paulo." Viu que voltamos a ter a frase
na ordem direta? Outra possibilidade
é ter o adjunto adverbial deslocado para o meio da frase. Observe este exemplo: "MEC divulga,
na próxima semana, resultados do ENEM". Neste exemplo, o MEC,
Ministério da Educação, é o nosso sujeito. Portanto, o assunto da manchete. É atribuído a ele uma ação. No caso, "divulgar". O que complementa essa ação é caixinha com "resultados do ENEM". Percebeu agora como a informação
com a data da divulgação não ocupa a caixinha final? Para marcar esse deslocamento
para o meio da frase, usamos uma vírgula antes e outra depois do termo. Se lermos a frase pulando
o termo deslocado, temos a ordem direta. Esse adjunto adverbial
pode até ser uma oração, como no exemplo a seguir: "Se vencer no Brasil, Hamilton
conquistará novo título mundial". Viu a vírgula? Neste caso, ela marca um
deslocamento de uma oração que expressa uma
circunstância de condição para o novo título do piloto inglês. Vale lembrar, no entanto,
que o uso da vírgula é facultativo em adjuntos
adverbiais curtos, aqueles de até três palavras. Exemplo: "O Museu da Língua
Portuguesa inaugura hoje exposição sobre variações
linguísticas." Tanto faz se o adjunto adverbial "hoje", deslocado para o meio da frase, estiver ou não isolado
pelas vírgulas. Por ser curto, é uma opção de
quem escreve, isolá-lo ou não. Preste atenção sempre que estiver lendo. Tenho certeza de que será mais fácil compreender o significado das notícias
e textos jornalísticos em geral a partir do que aprendemos hoje. Muito obrigado, bons estudos
e até a próxima! Tchaaau!