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Como produzir e publicar uma entrevista oral? (9º ano)

Nesta aula, serão retomadas as fases principais de planejamento de entrevistas e apresentadas diretrizes para a produção e publicação de entrevistas orais. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Olá, como vai? Você, com certeza, já assistiu a uma entrevista na TV ou em um evento na escola, por exemplo. Ou talvez até já tenha ouvido alguém ser entrevistado no rádio ou em um podcast. Pois o objetivo de nossa aula hoje é discutir como é que se planeja, se desenvolve e se divulga uma entrevista. Todos nós somos capazes de fazer isso. Só precisamos saber como. Primeiro ponto: por que fazer uma entrevista? Normalmente as entrevistas são feitas com pessoas que têm informação ou conhecimento profundo sobre determinado assunto. Ouvir o que essas pessoas dizem pode ser uma forma de aprender mais sobre aquele assunto, um jeito de compreender melhor um determinado contexto. Se queremos saber um pouco mais sobre uma nova doença, por exemplo, podemos entrevistar um médico especialista. Se queremos pensar em soluções para o problema das famílias sem teto, podemos entrevistar um assistente social. Se queremos entender por que um acidente aconteceu, podemos entrevistar uma testemunha ou alguém que estava envolvido no próprio acidente. Temos que pensar em quem entrevistar. Tem que ser alguém que tenha alguma contribuição a fazer. Alguém que tenha uma opinião formada, que entenda do assunto, que possa abordá-lo de forma pertinente. Aí, temos que pensar no que perguntar. Uma entrevista tem que ser objetiva. As entrevistas, afinal, existem para informar. Então, saber o que perguntar é fundamental para alcançar a objetividade necessária. Saber o que perguntar significa criar um roteiro. E um roteiro de pesquisa não significa que novas perguntas não possam ser feitas. Parece meio estranho, mas é isso mesmo. O roteiro de pesquisa é um guia, só que é um guia maleável. Se o objetivo de uma entrevista é transmitir uma informação de relevância, prestar atenção no que o entrevistado diz e poder acrescentar novas perguntas, de modo a tornar a informação ainda mais clara e ainda mais pertinente, nossa, isso é super importante! O que o entrevistador precisa fazer, então? Se preparar. Você iria para uma entrevista sem saber quem é o entrevistado, ou sobre o que ele iria falar? Não. O mínimo que se espera é que o entrevistador estude o tema, obtenha informações sobre o entrevistado, entenda a relação desse entrevistado com o tema da entrevista, e que seja capaz de, mesmo seguindo um roteiro predefinido, prestar atenção suficiente no que é dito para fazer novas perguntas e buscar mais informações. Tudo isso que eu estou falando é só a parte do planejamento da entrevista. E esse planejamento, como você pôde perceber, se divide em duas partes muito distintas: o estudo do assunto e a preparação do roteiro. No estudo do assunto, definimos o recorte temático da entrevista (o que queremos saber, sob que perspectiva etc.), e o entrevistado (quem será entrevistado, por que, como acessar essa pessoa). É normal que nesse momento surjam algumas dúvidas. E isso é bom, porque isso ajuda a preparação do roteiro, que é a etapa seguinte. No roteiro, às vezes nem é preciso fazer as perguntas. Às vezes, só a ideia do que se pretende perguntar já ajuda muito. De qualquer maneira, é importante que o roteiro seja organizado Para quê? Para orientar o trabalho do entrevistador. Já imaginou? Você está entrevistando alguém sobre inovação, essa pessoa menciona um projeto novo super secreto, e você deixa o assunto escapar só porque não fazia parte do seu roteiro? Não! Muito bem. Entrevista planejada? Ótimo. A segunda fase é a produção. Na fase de produção, a entrevista acontece efetivamente. Você já sabe o que precisa perguntar, já sabe para quem vai perguntar, e agora tem que perguntar. Tem que saber como vai fazer isso. Será uma gravação? Uma gravação de áudio? Uma gravação de vídeo? Uma gravação de áudio e vídeo? Onde é que vai ser feita essa gravação? Quando? Você vai precisar tomar nota de alguma coisa? Trouxe papel e caneta? Trouxe um computador? Nós estamos tratando aqui de uma entrevista oral. Mas nada impede que, depois, essa entrevista seja transcrita, transformada em um texto. Portanto, produzir a entrevista com cuidado é um jeito de, mais tarde, facilitar a transcrição daquilo que foi falado. Olha, tem uma outra coisa que também é muito importante: o entrevistado concorda que você grave o que ele está dizendo? Porque, veja bem: ele precisa concordar com a gravação para que você grave. Se você vai gravar a voz do entrevistado e disponibilizar em um podcast, vai filmar o entrevistado e disponibilizar depois, em uma plataforma de vídeo, é preciso ter uma autorização formal desse entrevistado, assinada. Ninguém é obrigado a aparecer na TV ou na internet se não quiser, e tem gente que não quer. Então, na fase de produção, tudo isso precisa ser levado em conta. Finalmente, chegamos à fase de circulação. Digamos que a entrevista foi feita, o entrevistado concordou que o áudio e o vídeo fossem disponibilizados, e agora você pode divulgar o resultado. Só que, antes de sair por aí subindo a entrevista na internet ou mandando link para os amigos, é necessário finalizar o trabalho, não é? "Ué", você pode me perguntar, "mas eu já gravei a entrevista, já não acabei?" Claro que não! Depois de gravar, é preciso editar o material, é preciso revisar o material. Pode, sei lá, ter um barulho de fundo, o entrevistado pode ter demorado muito para responder uma das perguntas, você pode ter se confundido na hora de fazer uma pergunta. Na edição e na revisão, todos esses probleminhas podem ser eliminados. E aí a entrevista vai ficar muito mais enxuta, muito mais objetiva, muito mais interessante, não é? Além disso, depois de o material ser editado, é bom você gravar uma fala de abertura, apresentando o objetivo da entrevista, apresentando o entrevistado, e também uma fala final, um encerramento. Isso dará muito mais credibilidade, mais consistência ao seu trabalho. Olha, a entrevista pode ser um material que você desejava construir, ou pode ser apenas um dos elementos de uma reportagem muito mais ampla. A gente pode fazer uma entrevista e divulgá-la na página da escola ou na internet, em um app de mensagens, por exemplo. Os caminhos são muitos. Boas entrevistas sempre serão vistas ou ouvidas, porque boas entrevistas trazem informação relevante de forma original e objetiva. As boas entrevistas respeitam tanto quem é entrevistado quanto quem as ouve ou assiste, porque existe ética no planejamento, na produção e na circulação de uma entrevista. E aí? Agora que você já sabe tudo sobre entrevistas, que tal realizar uma? Planeje, escolha o tema, o entrevistado, monte o roteiro de perguntas. Produza a entrevista cuidando para que ela seja gravada com qualidade, para que as informações obtidas sejam relevantes, e circule essa entrevista, cuidando para que ela chegue às pessoas pelos canais de comunicação mais adequados. Se a entrevista for realizada em grupo, por exemplo, divida as tarefas. Um cuida do registro, outro se preocupa com os equipamentos, um terceiro, ainda, pode se responsabilizar pela edição. O negócio, minha gente, é experimentar. Porque a entrevista é uma ferramenta poderosa de comunicação, que a gente não vai utilizar só na escola. A gente vai utilizar isso sempre. Realizar entrevistas é uma forma de aprender a se comunicar com sabedoria. A gente se vê por aí, e boas entrevistas para você. Até mais!