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Curso: Português EF: 9º ano > Unidade 2
Lição 3: Mídias- Uso ético das redes sociais
- Uso ético das redes sociais
- Peças e campanhas publicitárias
- Peças e campanhas publicitárias
- Como produzir e publicar uma entrevista oral? (9º ano)
- Entrevista oral
- Podcast, vlog e vídeo-minuto: práticas digitais de expressão artística
- Gêneros e práticas digitais
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Como produzir e publicar uma entrevista oral? (9º ano)
Nesta aula, serão retomadas as fases principais de planejamento de entrevistas e apresentadas diretrizes para a produção e publicação de entrevistas orais. Versão original criada por Khan Academy.
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Transcrição de vídeo
RKA2JV - Olá,
como vai? Você, com certeza,
já assistiu a uma entrevista na TV ou em um evento
na escola, por exemplo. Ou talvez até já tenha ouvido
alguém ser entrevistado no rádio ou
em um podcast. Pois o objetivo
de nossa aula hoje é discutir como é que
se planeja, se desenvolve e se divulga
uma entrevista. Todos nós somos capazes de fazer isso.
Só precisamos saber como. Primeiro ponto:
por que fazer uma entrevista? Normalmente as entrevistas são feitas
com pessoas que têm informação ou conhecimento profundo
sobre determinado assunto. Ouvir o que essas
pessoas dizem pode ser uma forma de aprender
mais sobre aquele assunto, um jeito de compreender melhor
um determinado contexto. Se queremos saber
um pouco mais sobre uma nova doença,
por exemplo, podemos entrevistar
um médico especialista. Se queremos pensar em soluções
para o problema das famílias sem teto, podemos entrevistar
um assistente social. Se queremos entender por que
um acidente aconteceu, podemos entrevistar
uma testemunha ou alguém que estava envolvido
no próprio acidente. Temos que pensar
em quem entrevistar. Tem que ser alguém que tenha
alguma contribuição a fazer. Alguém que tenha
uma opinião formada, que entenda
do assunto, que possa abordá-lo
de forma pertinente. Aí, temos que pensar
no que perguntar. Uma entrevista tem
que ser objetiva. As entrevistas, afinal,
existem para informar. Então, saber o que
perguntar é fundamental para alcançar
a objetividade necessária. Saber o que perguntar
significa criar um roteiro. E um roteiro de pesquisa não significa
que novas perguntas não possam ser feitas. Parece meio estranho,
mas é isso mesmo. O roteiro de pesquisa é um guia,
só que é um guia maleável. Se o objetivo de uma entrevista
é transmitir uma informação de relevância, prestar atenção no que o entrevistado diz
e poder acrescentar novas perguntas, de modo a tornar a informação ainda
mais clara e ainda mais pertinente, nossa, isso é
super importante! O que o entrevistador
precisa fazer, então? Se preparar. Você iria para uma entrevista
sem saber quem é o entrevistado, ou sobre o que
ele iria falar? Não. O mínimo que se espera é que
o entrevistador estude o tema, obtenha informações
sobre o entrevistado, entenda a relação desse entrevistado
com o tema da entrevista, e que seja capaz de, mesmo
seguindo um roteiro predefinido, prestar atenção suficiente
no que é dito para fazer novas perguntas
e buscar mais informações. Tudo isso que eu estou falando é só
a parte do planejamento da entrevista. E esse planejamento,
como você pôde perceber, se divide em duas
partes muito distintas: o estudo do assunto
e a preparação do roteiro. No estudo do assunto, definimos
o recorte temático da entrevista (o que queremos saber,
sob que perspectiva etc.), e o entrevistado (quem será entrevistado,
por que, como acessar essa pessoa). É normal que nesse momento
surjam algumas dúvidas. E isso é bom, porque isso ajuda
a preparação do roteiro, que é a
etapa seguinte. No roteiro, às vezes nem é
preciso fazer as perguntas. Às vezes, só a ideia do que se
pretende perguntar já ajuda muito. De qualquer maneira, é importante
que o roteiro seja organizado Para quê? Para orientar
o trabalho do entrevistador. Já imaginou? Você está entrevistando
alguém sobre inovação, essa pessoa menciona
um projeto novo super secreto, e você deixa o assunto escapar só
porque não fazia parte do seu roteiro? Não! Muito bem. Entrevista planejada?
Ótimo. A segunda fase
é a produção. Na fase de produção,
a entrevista acontece efetivamente. Você já sabe o que precisa perguntar,
já sabe para quem vai perguntar, e agora tem
que perguntar. Tem que saber
como vai fazer isso. Será uma gravação?
Uma gravação de áudio? Uma gravação de vídeo?
Uma gravação de áudio e vídeo? Onde é que vai ser feita
essa gravação? Quando? Você vai precisar tomar
nota de alguma coisa? Trouxe papel e caneta?
Trouxe um computador? Nós estamos tratando aqui
de uma entrevista oral. Mas nada impede
que, depois, essa entrevista seja transcrita,
transformada em um texto. Portanto, produzir
a entrevista com cuidado é um jeito de, mais tarde, facilitar
a transcrição daquilo que foi falado. Olha, tem uma outra coisa
que também é muito importante: o entrevistado concorda que
você grave o que ele está dizendo? Porque,
veja bem: ele precisa concordar com
a gravação para que você grave. Se você vai gravar a voz do entrevistado
e disponibilizar em um podcast, vai filmar o entrevistado
e disponibilizar depois, em uma plataforma
de vídeo, é preciso ter uma autorização
formal desse entrevistado, assinada. Ninguém é obrigado a aparecer
na TV ou na internet se não quiser, e tem gente
que não quer. Então, na fase de produção,
tudo isso precisa ser levado em conta. Finalmente, chegamos
à fase de circulação. Digamos que
a entrevista foi feita, o entrevistado concordou que o áudio
e o vídeo fossem disponibilizados, e agora você pode
divulgar o resultado. Só que, antes
de sair por aí subindo a entrevista na internet
ou mandando link para os amigos, é necessário finalizar
o trabalho, não é? "Ué", você pode
me perguntar, "mas eu já gravei a entrevista,
já não acabei?" Claro que não! Depois de gravar, é preciso
editar o material, é preciso revisar
o material. Pode, sei lá, ter um
barulho de fundo, o entrevistado pode ter demorado muito
para responder uma das perguntas, você pode ter se confundido
na hora de fazer uma pergunta. Na edição
e na revisão, todos esses probleminhas
podem ser eliminados. E aí a entrevista vai ficar muito
mais enxuta, muito mais objetiva, muito mais
interessante, não é? Além disso, depois
de o material ser editado, é bom você gravar
uma fala de abertura, apresentando o objetivo da entrevista,
apresentando o entrevistado, e também uma fala final,
um encerramento. Isso dará muito mais credibilidade,
mais consistência ao seu trabalho. Olha, a entrevista pode ser um material
que você desejava construir, ou pode ser apenas um dos elementos
de uma reportagem muito mais ampla. A gente pode fazer
uma entrevista e divulgá-la na página
da escola ou na internet, em um app de mensagens,
por exemplo. Os caminhos
são muitos. Boas entrevistas sempre
serão vistas ou ouvidas, porque boas entrevistas trazem informação
relevante de forma original e objetiva. As boas entrevistas respeitam
tanto quem é entrevistado quanto quem
as ouve ou assiste, porque existe ética
no planejamento, na produção e na circulação
de uma entrevista. E aí? Agora que você já sabe tudo sobre
entrevistas, que tal realizar uma? Planeje, escolha o tema, o entrevistado,
monte o roteiro de perguntas. Produza a entrevista cuidando para que
ela seja gravada com qualidade, para que as informações
obtidas sejam relevantes, e circule
essa entrevista, cuidando para que
ela chegue às pessoas pelos canais de comunicação
mais adequados. Se a entrevista for realizada em grupo,
por exemplo, divida as tarefas. Um cuida do registro, outro
se preocupa com os equipamentos, um terceiro, ainda, pode
se responsabilizar pela edição. O negócio, minha gente,
é experimentar. Porque a entrevista é uma
ferramenta poderosa de comunicação, que a gente não
vai utilizar só na escola. A gente vai utilizar
isso sempre. Realizar entrevistas é uma forma de
aprender a se comunicar com sabedoria. A gente se vê por aí,
e boas entrevistas para você. Até mais!