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Português EF: 9º ano
Curso: Português EF: 9º ano > Unidade 2
Lição 3: Mídias- Uso ético das redes sociais
- Uso ético das redes sociais
- Peças e campanhas publicitárias
- Peças e campanhas publicitárias
- Como produzir e publicar uma entrevista oral? (9º ano)
- Entrevista oral
- Podcast, vlog e vídeo-minuto: práticas digitais de expressão artística
- Gêneros e práticas digitais
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Uso ético das redes sociais
Nesta aula, apresentamos informações sobre os recursos disponíveis nas redes sociais e o uso responsável e ético dessas plataformas.
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Transcrição de vídeo
RKA4JL - Oi, gente! Nesta aula nós vamos
falar sobre o uso ético das redes sociais. Curtir, compartilhar, encaminhar,
salvar para ver depois, postar, enviar,
reagir, comentar, todas essas são ações que
estão disponíveis na internet que nós podemos
fazer a todo momento e que estão ligadas a uma das
principais características da rede. Mais do que qualquer outra mídia, na internet
a alternância de papéis é muito rápida. Quando você está lendo uma
notícia no jornal físico, por exemplo, você é apenas
um leitor do jornal. Já na internet, você rapidamente
pode, de leitor ou leitora, se tornar comentarista ao postar
sua opinião na seção de comentários. Em seguida, você pode se transformar
em produtor ou disseminador de conteúdos, pegando uma elaboração sua, um pensamento, uma imagem, uma piada, um vídeo, um áudio,
uma ideia, enfim, uma opinião que você teve
ao ler aquela notícia e postar no seu perfil
na sua rede social favorita. Na internet, nós somos,
ao mesmo tempo, leitores, disseminadores
e produtores de conteúdo. A plasticidade da rede
coloca nas nossas mãos uma gama enorme de
possibilidades de o que fazer, porque a gente pode entrar
em contato e se relacionar com uma infinidade de
pessoas e organizações. A gente pode se divertir,
a gente pode se informar, a gente pode aprender,
a gente pode jogar, a gente pode conversar, a gente
pode rir, a gente pode chorar, a gente pode namorar, a gente
pode defender as nossas ideias, a gente pode entrar em contato
com ideias que a gente não conhece e a internet nos permite fazer
tudo isso em vários gêneros diferentes. Sobre texto, a gente pode pensar desde
a notícia de jornal até a mensagem, passando pelo textão
e pelo desabafo pessoal. Sobre imagem, tem os diversos gêneros
de fotografia, de desenho, de imagem, e tem até a combinação
de imagem e texto. Sobre vídeo, a gente
tem produções audiovisuais, tem vídeo de todos
os tamanhos e propostas, e até o gif, uma pequena
imagem animada e sem som. Sobre áudio, a gente tem as
mensagens pessoais, os podcasts, e também tem aquelas formas que atravessam
os vários gêneros, como a pegadinha. Disso tudo, aquilo que alcança
milhares, às vezes milhões de pessoas em um espaço muito curto de
tempo, a gente chama de meme. Por todas essas características, pela capacidade
que a gente dá aos conteúdos de se espalharem, pelo nosso papel de leitores,
divulgadores, produtores, é preciso ter uma postura
ativa, crítica e atenta para que nossa atuação
nas redes seja ética. Como assim, ética? Ética está relacionada a agir de maneira correta
em uma sociedade que é complexa e plural, isso é, agir, buscando sempre o que
é melhor para nossa vida comum respeitando os direitos e as
individualidades de todos. Por que é preciso manter
uma postura ativa, atenta e crítica? Porque, por diversos motivos, nem
todo conteúdo que está na internet foi produzido seguindo
esses mesmos princípios e porque nós somos responsáveis
por nosso comportamento e pelos conteúdos que apoiamos,
disseminamos e produzidos. É fácil imaginar alguns comportamentos
que ferem o uso ético nas redes: desrespeitos intencionais,
xingamentos, organizar grupos para
atacar um indivíduo. Do nosso lado, é preciso apenas
uma postura ativa para evitarmos cair
nesse tipo de ação. Respirar fundo quando
estivermos de cabeça quente, contar até dez antes de enviar
uma resposta desnecessária, fechar a janela diante de uma
provocação, por exemplo. Mas também existem conteúdos que
exigem de nós atenção e criticidade, como as notícias falsas
e os discurso de ódio. Esses conteúdos são problemáticos porque
se apoiam sobre os nossos gostos e opiniões para disseminar mentiras,
prejudicar indivíduos e grupos e até emperrar o funcionamento
de alguns processos da sociedade. É preciso uma postura atenta
e crítica porque, muitas vezes, notícias falsas e discursos de ódio se apoiam
sobre nossos gostos, preferências e opiniões. E qual a diferença entre opiniões
válidas e discurso de ódio? Todo mundo tem direito à sua opinião
e à discordar de outras opiniões. Deixar uma mensagem
respeitosa dizendo que não concorda com determinado
conteúdo e por quais motivos é uma conduta perfeitamente aceitável
e algo que pode ser incentivado por levar ao convívio saudável
de pessoas com opiniões diversas. Fica, inclusive, mais fácil
identificar discursos problemáticos quando estamos em contato com
opiniões diferentes das nossas. O que ninguém tem direito é de
defender o fim dos direitos de outros e nem espalhar mentiras. Quando o discurso abandona
a discordância respeitosa e passa a defender a supressão de direitos,
o fim de liberdades democráticas básicas, a superioridade de um grupo
social sobre os demais ou a inferioridade de um
grupo em relação aos outros, a violência contra minorias
ou contra quem pensa diferente, a perseguição de grupos sociais
historicamente desfavorecidos ou de adversários
políticos, enfim, quando nos deparamos
com textos nesse sentido, cruzamos a linha da opinião e
entramos no campo do discurso de ódio. Assim, é preciso manter
uma postura atenta e crítica, não só porque no Brasil
discurso de ódio é crime e podemos ser responsabilizados por aquilo
que curtimos, compartilhamos e produzimos, mas também porque abandonar
e esvaziar os discursos de ódio e usar de maneira
ética as redes sociais é a melhor maneira de continuar aproveitando
a internet e suas possibilidades. Essa foi a aula sobre o
uso ético das redes sociais. Tchau e até
a próxima aula!