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Ortografia: uso dos porquês

Nesta aula, apresentamos o uso dos quatro porquês (porque, porquê, por que e por quê) em diversas situações. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Olá! Tudo bem com você? Na aula de hoje, a gente vai estudar os quatro porquês do português. Você sabia que existem quatro palavras muito parecidas na nossa língua, mas com funções diferentes? São os quatro porquês, que iremos estudar hoje. Dentre eles, temos o "por que" (separado, sem acentuação), temos o "por quê" (separado, com acento circunflexo no e), temos também o "porque" (junto, sem acentuação) e, por fim, o "porquê" (junto, com acentuação). Percebe que são elas palavras diferentes, ainda que muito parecidas? É por isso que elas possuem grafias e funções diferentes. Vamos ver cada uma delas, junto de alguns exemplos, e entendermos como funcionam. O primeiro que nós vimos é o "por que" separado e sem acentuação. Este "por que" nós utilizamos em frases interrogativas diretas ou indiretas, e também em orações em que precisamos colocá-lo como um pronome relativo. "Por que não posso sair com meus amigos?" Em frases como esta, em que há uma interrogação direta, nós devemos utilizar o "por que" separado e sem acentuação. Podemos perceber a função do "por que" com mais facilidade se fizermos a substituição desta palavra por um sinônimo onde o significado da frase não muda, como por exemplo, se disséssemos: "Por qual motivo não posso sair com meus amigos?" Percebe? Esta e a primeira frase são diferentes, porém, o significado é o mesmo, já que substituímos este "por que" pelas palavras "por qual motivo". Bom, vamos conhecer, então, os outros porquês. O segundo porquê que iremos ver hoje é o "por quê" separado e com acento, um acento circunflexo na letra "e". No caso deste por quê, por possuir um monossílabo tônico (no caso, a palavra "quê"), devemos saber que ela sempre é utilizada no final de frase, como, por exemplo, em frases como: "O menino foi embora e nem disse por quê", ou em uma frase acompanhada de vocativo, como: "Ela não veio por quê, mãe?" O vocativo no segundo exemplo mostra para a gente que, mesmo que o "por quê" separado e com acento apareça sempre no final da frase, isso não significa que ele aparece junto do ponto final. Já no terceiro exemplo, temos o "porque" junto e sem acento. No caso desta palavra, nós temos uma conjunção, que, a depender da frase, tem também diferentes funções. Este "porque" junto e sem acento costuma ser utilizado em respostas e explicações. Além disso, este "porque" sem acentuação é considerado uma palavra átona. Podemos ver o seu funcionamento em frases como "Choro porque machuquei o pé", ou "Ela não veio porque não quis". Percebe como, na primeira frase, o "porque" é utilizado como conjunção, interligando o choro à causa, que é ter machucado o pé? Na segunda frase também temos o "porque" sendo utilizado, dando a explicação, dando o motivo do porquê ela não veio (no caso, porque não quis). O primeiro exemplo poderíamos escrever da seguinte forma: "Choro pois machuquei o pé". Percebe como a palavra "pois" vem substituindo o "porque", porém mantendo a mesma função, o mesmo significado na frase? Por fim, vamos entender como funciona o "porquê" junto e com acento. O "porquê" junto e com acento é considerado um substantivo. Este "porquê" geralmente vem acompanhado de um artigo definido ou indefinido, ou de um numeral. Por ser um substantivo, normalmente aparece junto de um determinante. Conseguimos perceber a função deste "porquê" em frases como: "Me dê ao menos um porquê de toda essa confusão." Aqui, o "porquê" cumpre a sua função, e poderia ser facilmente substituído pela palavra "razão". "Me dê ao menos uma razão de toda essa confusão." Bom, eu vou ficando por aqui. Convido você a fazer os exercícios da nossa plataforma para compreender melhor o conteúdo do vídeo de hoje. A gente se encontra no próximo vídeo, tudo bem? Até lá e bons estudos!