If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Concordância com sujeito inexistente

Nesta videoaula, apresentamos as regras de concordância para frases sem sujeito. Versão original criada por Khan Academy.

Quer participar da conversa?

Nenhuma postagem por enquanto.
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA8JV - Olá! Como vai? Diz aí, você se lembra que quando estudou a estrutura das orações na língua portuguesa, o verbo devia concordar com o sujeito? Pois é. Mas e com relação a frases que não tem sujeito? Você sabe como a concordância se dá? Bom, vamos desvendar esse enigma aos poucos, entendendo primeiramente em quais casos isso pode acontecer. Observe este trecho. "Os estudiosos acreditam que havia três classes sociais na antiga Etrúria. No topo, havia uma aristocracia poderosa. Abaixo, ficava a classe média, formada por artesãos, comerciantes e marinheiros. Por último, havia os escravos." Observe que o verbo "haver" foi conjugado ao longo do período na terceira pessoa do singular, "havia". Isso ocorre pois este verbo, quando expressa a ideia de existir, é impessoal, ou seja, não admite sujeito, e por isso não estabelece concordância, apresentando-se sempre na terceira pessoa do singular. Nos casos em que o verbo "haver" tem sentido de acontecer, ele também é impessoal. "A região do atual estado do Acre pertencia quase toda à Bolívia, mas desde meados do século 19, grande parte da população já era de seringueiros brasileiros. Em 1899, os bolivianos tentaram expulsar os brasileiros. Houve vários confrontos na fronteira." Notou que o verbo "haver" novamente está conjugado na terceira pessoa do singular? E isso porque ele está passando a ideia de que aconteceram vários confrontos, e, neste caso, como afirmamos anteriormente, ele é impessoal. Além do "haver", existem outros verbos impessoais muito utilizados no dia a dia. Vamos observar alguns. "Um dos lugares mais secos da Terra é o deserto de Atacama, no Chile, que recebe menos de 0,1 centímetro de chuva por ano. Há séculos não chove em algumas partes desse deserto." Viu que o verbo "chover" se encontra conjugado na terceira pessoa do singular? Já que não há um sujeito fazendo com que a chuva não ocorra. Essa é uma ação involuntária. Outros verbos que expressem fenômenos da natureza também seguem essa mesma regra, a não ser que estejam sendo utilizados em sentido figurado. Nesses casos, admitem sujeito, não sendo mais verbos impessoais. "De manhã escureço de dia tardo, de tarde anoiteço, de noite ardo." Observe que escurecer, entardecer e anoitecer foram conjugados na primeira pessoa do singular, referindo-se ao sujeito oculto "eu". Eu escureço, eu tardo eu anoiteço. A impessoalidade do verbo "fazer" por sua vez, se manifesta quando ele indica tempo ou aspectos naturais. Observe: "Faz 150 anos que os países assinaram um acordo." Note que o verbo "fazer" está conjugado na terceira pessoa do singular, independentemente da quantidade de anos. É válido destacar que o verbo "faltar", quando está indicando passagem de tempo, tal qual o verbo fazer, não é impessoal. Veja. "Faltam ainda 5 anos para o término do contrato". Note que o verbo "faltar" está conjugado na terceira pessoa do plural. Voltando para a impessoalidade do verbo "fazer", lembra que foi mencionado que quando este verbo está indicando aspectos naturais, ele também não tem sujeito? Na frase "ventou muito durante o dia", fica evidente que não há um sujeito causando o vento, é uma ação involuntária. E aí, percebeu que em todos esses exemplos com verbos impessoais, as situações as quais eles faziam referência eram fatos que não poderiam ser atribuídos a um elemento? Isto é, ocorrência sem causa evidente. E é devido a isso que ocorre o emprego de verbos impessoais, já que o sujeito é inexistente, e assim o nosso enigma é solucionado. Agora que você já está apto a desvendar os mistérios dessa natureza, aproveite para fazer exercícios. Bons estudos, e até a próxima!