Conteúdo principal
Álgebra (todo o conteúdo)
Curso: Álgebra (todo o conteúdo) > Unidade 14
Lição 18: Equações paramétricasIntrodução às equações paramétricas
Neste vídeo, damos um exemplo de situação em que equações paramétricas são muito úteis: dirigir em direção a um penhasco! Versão original criada por Sal Khan.
Quer participar da conversa?
- , não entendi o porquê o 10t^2/2 da gravidade. De onde veio o "/2"? 4:21(2 votos)
- No caso se trata de uma equação usada na Cinemática em Mecânica, na Física. É usada no Movimento Uniformemente Variado (MUV para os íntimos). Mas é só você lembrar se já passou pelo 1 ° ano do ensino médio, que tinha uma equação que chamavam de "sorvetão", é essa que ele usou, é o que se chama de Equação Horária dos Espaços, se quiser é só pesquisar e você irá ver que é Espaço=Espaço inicial+velocidade*tempo (que foi zero)*aceleração*tempo²/2, aí é que você tem que notar que essa aceração se chama gravidade. é isso aí, espero ter ajudado.(6 votos)
- Falta exercícios desta parte da matéria!
19/11/2014(4 votos) - encontre uma equaco parametrica para a reta que passa pelos pontos p1(1,3,-2)
e
p2=(4,-5,-2).(1 voto) - encontreuma equacao parametrica da reta R que passa por p(1,0,2) e e paralela ao v=(2,-3,1)(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA4JL - Imagine que temos aqui
um precipício, e sobre ele... Um precipício
de 50 metros de altura e sobre ele um carro
que está na iminência de cair vindo da esquerda
para a direita com velocidade horizontal
de cinco metros por segundo. O que nos interessa neste momento é verificar o caminho
percorrido por este carro ao cair nesse princípio. Um problema bastante dramático. Para iniciar, vamos colocar
algumas referências. Eu vou colocar aqui o eixo x e vou colocar aqui o eixo y para servir de referência. Vamos considerar que o eixo x
aqui está ao nível do mar. No eixo y, neste ponto,
nós temos o número 50, que é a altura do precipício. Vamos considerar que na direção
da borda do precipício, no eixo x, nós temos 10,
por exemplo. Então, neste ponto aqui nós temos
10 na abcissa e 50 na ordenada. O carro está neste ponto
na iminência de cair. Vamos iniciar
a nossa observação. Então vamos dizer
que neste ponto aqui o tempo indicado por "t"
é zero. Estou começando a minha observação neste momento em que o carro está na iminência de cair. A pergunta é: o que acontece
quando esse carro cair pelo precipício? É um problema de física, mas não é
para a física que nós vamos olhar agora. Nós vamos olhar para o tratamento
das equações que aparecem por aqui. Para compreender a física, eu sugiro que você procure estudar
e assistir aos vídeos sobre cinemática para analisar este movimento. Aqui nós podemos verificar
que x é uma função do tempo. O carro está andando
da esquerda para a direita. Mesmo caindo, ele vai continuar,
de alguma maneira, se deslocando
na direção horizontal. O x é uma função do tempo,
x depende do tempo e a equação que determina isso é a partir do ponto inicial em x com abcissa 10 mais... ele vai andando com velocidade
de 5 metros por segundo da esquerda para a direita, vezes o tempo. A distância percorrida
é velocidade vezes o tempo, então aqui eu tenho a equação que
determina x em função do tempo. Observe que estamos considerando
que não há outras forças interferindo no movimento
da componente horizontal do automóvel. Podemos supor, inclusive,
que seja uma situação de vácuo. E aqui nós temos t,
o tempo, como um parâmetro
para determinar x, ou para equacionar x. Esse parâmetro
não precisaria ser o tempo. O tempo é neste problema.
Pode ser qualquer outra grandeza. Vamos estudar o y
como a função do tempo. y depende do tempo e aqui você teria uma equação daquelas que,
na física, são bem trabalhadas e justificadas. Mas aqui vamos analisá-la
mais diretamente. Quando o tempo é zero,
o y vale 50, que é de onde o automóvel,
na direção vertical, parte. Ele vai caindo
com velocidade vertical inicialmente zero. Então existe uma componente
da velocidade inicial multiplicando o tempo,
que não vai precisar para esse aqui. E ele cai de acordo com a força
da conhecida gravidade. Nós sabemos que a gravidade tem um módulo de, aproximadamente,
9,8 metros por segundo ao quadrado nos arredores da superfície terrestre. Mas vamos facilitar
nosso trabalho e usar 10 m/s² com um sentido para baixo
nesta situação. Se você observar, se a gravidade está, naturalmente,
trazendo o automóvel no sentido de cima para baixo, os valores de y vão diminuir. Então aqui nós vamos ter "menos" e a gravidade vai multiplicar
t² sobre dois. Então aqui teremos
10 vezes (t² sobre 2). Simplificando um pouquinho
esta equação, y varia em função de t
de acordo com 50 menos... 10 simplifica com 2,
então fica 5t². Essas equações
vem lá da física e, novamente, temos aqui o tempo
como um parâmetro, só que agora para determinar y. Nós vamos trabalhar com essas duas equações
para estudar as equações paramétricas. Qual é, então, o caminho desse carro
ao despencar por esse precipício? Eu vou fazer uma tabela aqui
para organizar alguns dados. Nessa tabela vou colocar os valores de t
e os correspondentes de x e y. Vamos iniciar quando o t vale zero segundo. Quando t vale zero,
vamos ver quanto vale x. Colocando zero
no lugar do t, 5 vezes zero é zero
mais 10, 10. x valerá 10, o que, de fato, era esperado,
pois era a posição inicial no eixo x. E y, quanto vai valer? Coloque zero no lugar do t²
que dará zero e vez 5 dá zero, 50 menos zero é 50, o que também era esperado porque, inicialmente, lá no eixo y, estava na posição 50. Quando o tempo for,
por exemplo, 1 segundo. Eu poderia colocar qualquer valor aqui,
mas estou colocando 1 segundo. Para x, 1 vez 5, 5 mais 10, 15.
Para y, 1² é 1, vezes 5, 5. 50 menos 5, 45. Colocando 2 no lugar do t, para x, 5 vez 2, 10,
mais 10, 20 para x. Para y, 2² é 4,
vezes 5, 20. 50 menos 20, 30. Mais um valor.
Vamos colocar 3 para o t. No x, 5 vez 3 é 15,
mais 10, 25. Era esperado o x ir aumentando
de cinco em cinco por causa das características
da função que o define. Para y, 3² é 9, vezes 5, 45.
50 menos 45 dá 5. Veja que o y está diminuindo
conforme vou aumentando o tempo. Vamos localizar
esses valores nos eixos para ter uma ideia um pouco melhor
do que está acontecendo. Vamos supor que aqui seja 5,
então aqui 10, 15, aqui temos 20, 25, e assim sucessivamente. No eixo y, vamos marcar 10, 20, 30, 40
e 50, que por ali já está. Vamos escrever aqui,
10, 20, 30, 40 e 50. Agora vamos localizar
os pontos da tabela. Quanto o tempo é zero, o x é 10
e y é 50, exatamente esse ponto
como nós já prevíamos, quando o tempo
é igual a zero. Quando o tempo é 1 segundo,
x é 15, y é 45. 15 para x,
45 para y vai nos dar algo por aqui. Aqui acontece
quando o tempo vale 1 segundo. Quando o tempo vale 2 segundos,
x é 20, y é 30. 20 para o x, 30 para o y,
vamos localizar. Estaria por aqui. Quando tempo é 3 segundos, x é 25 e y é 5. x, 25 e y é 5,
está mais aqui embaixo, algo provavelmente por aqui. Vamos marcar. Aqui é quando o tempo vale 2 segundos e aqui é quando vale 3 segundos. Podemos ter uma ideia da trajetória. Ligando esses pontos, nós teríamos algo
como isto. Se você observar bem, isto aqui é
um trecho de uma meia parábola. E, na verdade, para desenhar
este trecho desta parábola, nós podemos fazer
sem usar a variável t, o parâmetro t. Entretanto, tem alguma coisa
bastante interessante nas equações paramétricas
quando nós estamos as desenhando. Nós sabemos
que a sequência dos pontos foi esta. O primeiro ponto,
quando tempo era zero, está aqui, o próximo, quando tempo era 1,
está aqui, o tempo igual a 2 aqui,
e assim por diante. Então nós podemos,
inclusive, marcar algumas setas indicando
qual é o caminho percorrido. Não só o formato do caminho,
mas qual é o sentido e por onde o carro estaria passando
nessa suposta queda. Observe que
quando o tempo vai aumentando o carro vai indo nesta direção
e neste sentido. Igualmente importante é que,
usando as equações paramétricas, nós sabemos exatamente
onde o carro está para cada valor do tempo,
para cada tempo. Se eu quiser saber,
exatamente, onde o carro está quando o tempo vale
1,2 segundo, basta substituir nas equações e eu sei exatamente
aonde ele estará no momento 1,2 segundo. Este é um excelente
problema de física, mas a ideia
não é ensinar física aqui. A ideia é mostrar para você
a aplicação e a importância de saber trabalhar
com as equações paramétricas. Estas duas aqui, esta aqui e esta aqui, na verdade a outra também,
é que ela está simplificada. Estas duas
são equações paramétricas. Elas têm um parâmetro. Poderíamos ter outras equações. Temos x(t), y(t),
poderíamos ter z(t), w(t), depende da situação,
naturalmente. Com elas
nós podemos obter x e y a partir
de um terceiro parâmetro, chamado,
neste caso, de t. Este problema
não é tão complicado, mas em problemas
mais complicados, especialmente da física,
mas não só na física, nós podemos ter várias
equações paramétricas envolvidas. E trabalhando na forma
de equações paramétricas, nós temos
muito mais facilidade para lidar com uma situação
mais complexa. Você pode até se perguntar:
“Por que, tendo x e y, que poderiam ser
relacionados entre si sem a necessidade
de um terceiro parâmetro, por que introduzir
um terceiro parâmetro?” E a resposta é simples: porque, além de poder facilitar
algumas situações, nós podemos saber,
exatamente, o caminho percorrido
na composição da curva, não só neste problema, e saber exatamente
onde nós encontramos cada ponto de acordo
com os valores de t. São equações
extremamente importantes quando algo se move
por uma curva e nós precisamos estudar
qual é a sua localização, neste caso, de acordo
com cada valor do tempo. Esse estudo continua e vejo você no próximo vídeo.
Até lá!