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Resto de um polinômio de Taylor (parte 1)

Quanto mais termos tivermos em uma aproximação polinomial de Taylor de uma função, mais perto chegamos da função. Mas QUÃO perto? Vamos embarcar em uma jornada em busca do erro associado a uma aproximação com o polinômio de Taylor. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA2G - Vamos supor que a gente tenha uma função aqui f(x). Vamos desenhar o gráfico de uma função f(x) qualquer. Colocar aqui o eixo "y", o eixo "x". Digamos que o gráfico dessa função qualquer seja algo assim. O que eu quero fazer é aproximar esta função usando o polinômio de Taylor. Mas eu quero fazer isso em torno de x = a. Aqui é o eixo "x", aqui é o eixo "y". A gente quer aqui, em torno de x = a, vamos aproximar esta função usando o polinômio de Taylor. Já vimos que a ideia de usar o polinômio de Taylor é: primeiro, vamos precisar de um polinômio que tenha todas as derivadas aplicadas em "a" igual às derivadas da função "f" aplicadas em "a" e, além disso, o próprio polinômio aplicado em "a" tem que ser igual à função "f" aplicada em "a", também. Então, esse polinômio de Taylor que a gente está procurando, vamos escrever P(x). É comum você ver, de vez em quando, um N maiúsculo para dizer que este polinômio vai ter grau N. Então, a gente está fazendo uma aproximação de ordem N. Até pode aparecer também assim: alguns autores usam Pɴ,a ("N" é o grau) para dizer que é um polinômio de grau N centrado em "a". A gente vai fazer a aproximação em torno de "a". Não vou escrever isso sempre, mas vamos deixar aqui desta vez para você saber Se aparecer, você já sabe o que significa: um polinômio de grau N centrado em "a". É o polinômio de Taylor. Relembrando, ele vai ficar: f(a), mais... Aqui a gente vai ter a derivada primeira da função aplicada em "a", vezes (x - a), mais... Aqui a gente vai ter f'', a derivada segunda da função aplicada em "a" vezes (x - a), só que vai ser ao quadrado, e aqui aparece o 2 fatorial. Aqui também, você pode colocar 1 fatorial, se quiser. Não muda nada, 1 fatorial é 1. Se quiser, pode colocar. Se não quiser, não precisa. Mais... Aqui a gente vai ter a derivada terceira da função aplicada em "a", vezes (x - a)³ sobre 3 fatorial. Acho que já dá pra você ver como vai ser, mais ou menos, a cara desse polinômio. Vamos colocar aqui três pontinhos, mais... Como é um polinômio de grau N, o último termo aqui vai ser f(n), a derivada enésima da função "f" aplicada em "a", vezes (x - a)ⁿ dividido por "n" fatorial. Vou apagar isto, porque aqui é um parêntese. Está aqui o polinômio de Taylor, esta aproximação aqui da função f(x) em torno de x = a. Já sabemos que este polinômio e a função vão ser iguais quando "x" for "a". Então, se eu colocar, no lugar do "x", "a", todos estes termos que têm (x - a) vão ficar zero, vão sumir. Vai ficar P(a) = f(a). Então, já temos que P(a) vai ser igual a f(a). Além disso, a gente já sabe que, quanto mais termos eu colocar neste polinômio, melhor vai ficar o encaixe da curva do polinômio com a curva da função. Além de ter que P(a) = f(a), eles vão ser iguaizinhos aqui, esse encaixe vai ficar algo mais ou menos assim. Vou tentar desenhar isso. Seria uma curva mais ou menos assim, a curva do polinômio. Mas tudo isto até agora foi só revisão. A gente tem o gráfico de uma função "f" qualquer aqui, um polinômio de Taylor para fazer a aproximação dessa função. Quanto mais termos a gente coloca aqui no polinômio, maior vai ficar o grau do polinômio e melhor vai ser o encaixe entre esta curva do polinômio e a curva da função, mais próximo vai ficar aqui, principalmente quando a gente se afasta de x = a. Mas o que eu quero fazer aqui no vídeo é o seguinte: será que tem como a gente medir o quanto esta aproximação está realmente boa? Será que tem como a gente ver se este encaixe entre as duas curvas é realmente bom? Será que a gente pode definir uma função que calcule para a gente a diferença entre essas duas funções? Esta função aqui costuma aparecer como função resto: Rɴ,a⁽ˣ⁾. Também pode aparecer para você como função erro: Eɴ,a⁽ˣ⁾. Tome cuidado porque às vezes você pode confundir aqui. Isto é até evitado por alguns autores, porque se pode confundir isto, em Estatística, com o valor esperado. Então, lembrar que isto é "erro". A função erro vai ser definida assim: vamos usar as mesmas cores que a gente usou. Vai ser a diferença entre o resultado na função "f" (o valor da função "f" aplicada naquele valor "x" que eu quero), menos a diferença com... Vamos usar a mesma coisa cor do polinômio. Menos o valor aplicado no polinômio para aquele valor de "x". A gente também tem um polinômio de grau N centrado em "a". Então seria isto, eu quero tentar criar essa função resto, essa função erro. Vou passar a chamar de erro. Erro seria a diferença entre "f", que é a função, e o polinômio. Vamos dar um exemplo aqui para você, para ficar mais claro. O que seria a gente calcular o erro... O erro desta função em um valor x = b, digamos? O que significaria isso? Digamos que você tenha x = b aqui. Aqui está o "b". Se "x" é "b", você vai fazer a função aplicada em "b", menos o valor do polinômio aplicado em "b". Então, você tem a função aqui. Quando x = b, a função está dando um valor aqui em cima. Este é o valor. E, quando x = b, o polinômio está um pouco mais embaixo aqui. Você vai ver que existe uma diferença entre eles. Este é o valor no qual estamos interessados. Então, isto seria o erro, neste caso. Mas, se eu tentar fazer isso aqui, a mesma coisa que em "a", não em "b", se eu quiser calcular o erro aqui em "a", você vai ver que o polinômio aplicado em "a" e a função aplicada em "a" são iguais. Então, se eu fizer o erro aqui em "a", eu vou ter f(a) - P(a). Como eles são iguais, o erro vai dar zero. Vou escrever isto, que é importante. O erro... Aqui eu já não vou ficar escrevendo esses índices, já vamos colocar aqui. Já pressupõe-se aqui que é de grau N e centrado em "a". Para a gente ganhar tempo. Então, o erro, E(x), aqui vamos já colocar em "a". O erro aqui, quando eu estiver avaliando em "a", ele vai ser: f(a) - P(a). Eu já sei que estas duas coisas são iguais no polinômio de Taylor. Então, isto vai dar zero. Legal, isto é um resultado importante para a gente. E se eu tentar fazer agora a derivada primeira deste erro? Se eu fizer E'(a), isto vai ficar f'(a) - P'(a). O que tem mais bacana no polinômio de Taylor é o seguinte: Como a gente define o polinômio de Taylor até o grau do polinômio, que no caso é o grau "n", até o grau do polinômio, a gente vai ter que as derivadas desse polinômio vão ser iguaizinhas às derivadas da função quando a gente aplicar em "a". Por exemplo, quando a gente tem a derivada primeira da função f'(a), e tem aqui a derivada primeira do polinômio em "a". O que vai dar esta derivada primeira do polinômio? Eu vou fazer a derivada primeira, este termo aqui é constante, já vai sair. Este aqui eu vou ter... Aqui tem um x¹. Então, vai ter uma constante vezes "x", a derivada primeira aqui, vai dar a própria constante. Então, vai aparecer só este termo aqui. Daqui para a frente, eu vou ter, pela regra do tombo, termos aparecendo em (x - a). Não vão sumir, porque vai cair o 2 e vai ficar (x - a)¹. Aqui vai cair o 3, vai ficar (x - a)². Isso é importante. Todos estes termos aqui vão ter um (x - a) aparecendo. Quando eu vou aplicar aqui, no lugar do "x", o "a", como a gente quer fazer o P' em "a", estes termos aqui também vão todos desaparecer. Vai sumir isto, vai sumir isto, vai sumir tudo. Já vai sumir isto, que é uma constante. Então, vai sobrar só f'(a). Portanto, a gente vai ter que P' aplicado em "a" vai ser f'(a). Este é um resultado bacana, que a gente vai usar. Vamos escrever isto para a gente não perder. Já sabemos que o polinômio de Taylor, a gente já definiu que vai dar P(a) = f(a). Eu sei também que P'(a)... P'(a) também vai ser igual a f'(a). Sei também que, se eu continuar com isto, é verdade: P''(a) = f''(a). E isto vale até a gente chegar no grau "n", que é a derivada do polinômio de grau "n" em "a". é igual à derivada de ordem "n" da função em "a". Como a gente sabe que isto vai acontecer, a gente sabe também que aqui eu posso calcular o E''(a) e isso vai dar f''(a) - P''(a). Então, a gente já sabe que isto aqui vai dar zero, porque f'(a) - P'(a), os dois são iguais, então, isto dá zero. Aqui a gente sabe que este cara, f''(a) - P''(a) vai dar zero também, porque estes dois caras são iguais. E a gente pode dizer que isto vai acontecer até aqui, o erro de ordem "n", a derivada de ordem "n" do erro, aplicada em "a", também vai dar a derivada de ordem "n" da função aplicada em "a", menos a derivada de ordem "n" do polinômio aplicada em "a". Isto também vai dar zero. E este resultado é muito importante para a nossa ideia de como medir, de como tentar majorar o erro, que é a ideia principal neste vídeo. Talvez a gente até vai falar disso em outro vídeo, mais para a frente, mas a nossa ideia do vídeo seria isso: tentar majorar, tentar medir, limitar esse erro. A gente quer tentar achar esse limite para o erro principalmente quando a gente vai se afastando aqui de onde estamos centrando, da nossa aproximação, no caso, x = a. Legal, a gente tem o nosso resultado, mas vamos pensar uma coisa: o que daria a derivada de ordem (n + 1) aqui da função erro? Vamos tomar a derivada de ordem (n + 1) aqui dos dois lados da equação. Ficaria: a derivada de ordem (n + 1) da função erro, aqui avaliada em "x". Não necessariamente em "a", vamos fazer em um "x" qualquer. Vai ficar: a derivada de ordem (n + 1) da função "f", menos a derivada de ordem (n + 1) do polinômio, também aplicada em "x". Vamos pensar uma coisa: o que dá a derivada de ordem (n + 1) de um polinômio P? Este polinômio sendo de ordem "n". Bom, dá para você fazer isso aqui, provar isso para o caso geral, mas eu vou tentar mostrar aqui que há até uma maneira intuitiva da gente imaginar o que vai dar. Imagine aqui, por exemplo, que você tem y = x. Quando você fizer a derivada (isto é um polinômio de grau 1), quando você fizer a derivada de uma ordem superior, de uma a mais (vou fazer a derivada segunda)... Quando eu fizer a derivada primeira: derivada primeira de "x" dá 1, a derivada segunda dá zero. Então, a derivada de um polinômio de grau 1, quando eu faço a derivada segunda, dá zero. Se eu pegar um polinômio de grau 2? Vamos pegar y = x². Agora vamos pegar a derivada desse cara com uma ordem acima. Vamos fazer a derivada terceira. A derivada primeira de x² é 2x. A derivada segunda de x² vai ficar a derivada de 2x, que vai ser 2. Depois, a derivada terceira vai ser a derivada de 2, que é uma constante, dá zero. Portanto, a derivada de um polinômio de grau 2, a terceira derivada dele, a derivada de ordem 3, vai dar zero. Em geral, você pode provar isto. Isto acontece mesmo para um polinômio de grau "n". Se eu tenho um polinômio de grau "n" e estou fazendo a derivada de ordem (n + 1), uma a mais do que o grau do polinômio, isto aqui vai dar zero. Então, vamos ter aqui que a derivada de ordem (n + 1) da função E(x) vai ser igual à derivada de ordem (n + 1) da função f(x). E o que eu quero fazer aqui... Na verdade, a gente vai ter que deixar para o próximo vídeo, mas a gente quer tentar limitar isto. Se a gente conseguir limitar este cara aqui, se conseguir controlar o erro, se a gente conseguir, na verdade, majorar este cara. Digamos que a gente consiga um valor limite aqui para o módulo desse número. Dá para a gente supor que o módulo disto, o valor absoluto, é menor que um certo valor "m", por exemplo. Se a gente conseguir limitar isto, talvez usando um pouquinho de cálculo, se sair integrando este cara, a gente consiga voltar na função original e consiga limitar, de alguma forma, este erro que a gente vai cometer aqui se a gente tiver um tipo de imposição dessa, se tiver um valor máximo que a gente admite como erro. Mas a gente vai ver isso no próximo vídeo.