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Equações diferenciais
Curso: Equações diferenciais > Unidade 1
Lição 7: Equações exatas e fatores integrantesEquações exatas - exemplo 1
Primeiro exemplo de resolução de uma equação diferencial exata. Versão original criada por Sal Khan.
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- Não entendi porque considera derivada parcialmente M em relação a y e N em relação a x.(3 votos)
Transcrição de vídeo
RKA8JV - Eu sei que embolei um pouco
a mente de vocês com derivadas parciais e Ψ relativos ao "x" e "y", mas agora chegou a hora de usar uma
equação diferencial mais concreta. Então, supondo que temos
a equação diferencial, ycosx + (2xeʸ + senx + x²eʸ - 1). Isso tudo vou colocar entre parênteses, vezes a derivada de primeira ordem
igual a zero. Eu espero que seu cérebro já tenha
associado bastante equações diferenciais, porque quando você olha
para esta equação aqui, eu tenho esta parte e tenho
esta parte aqui também, você deve pensar que
é impossível separá-la, então, automaticamente você
pensa que é uma equação exata. E eu não vou tentar fazer com que
a equação seja separável porque isso vai tomar
um pouquinho de tempo. Como eu falei, se não é separável, você automaticamente pensa
que a equação é exata. Então a gente vai testar isso. Vamos dizer que para testar se é exata, você vai chamar essa primeira função aqui, essa primeira parte, de M(x,y), e essa segunda parte
você vai chamar de N(x,y). Então o M(x,y) e o N(x,y), na verdade, são as derivadas parciais
disto aqui e disto aqui. Se você derivar parcialmente isto aqui, você considera o "x" constante e em N(x,y) você vai
considerar o "y" constante. Então, eu vou escrever aqui que ''M", a derivada parcial vai ser "My" igual ao cos(x) + 2xeʸ. Isso porque eu derivei isso aqui
considerando o "x" constante, então, por isso que eu cheguei nisso aqui. Agora, vou fazer a mesma coisa aqui considerando o "y" com uma constante. Então, eu vou colocar que "Nx" vai ser igual ao "cosx + 2xeʸ". Bem, então parece que você estava certo. Como o "My" é igual ao "Nx", então, esta equação aqui é exata. Eu vou escrever que o "My"
é igual ao "Nx", logo, isso vai ser uma equação exata, e eu vou escrever aqui: exata. O que isso nos diz? Isso nos diz que existe uma função,
que eu vou chamar de Ψ, cujo a derivada dessa função
em relação a "x" vai ser igual a "M''. Então eu vou escrever que Ψx
vai ser igual a "M". A derivada parcial dessa função Ψ, que eu vou chamar de Ψy,
vai ser igual ao nosso "N". E se a gente descobrir a nossa função Ψ, a gente vai conseguir reescrever
a nossa equação diferencial como derivada de Ψ, ou melhor dizendo, vamos poder reescrever a derivada em relação a "x" da função Ψ igual a zero. Então, vamos resolver para Ψ. Como sabemos, a derivada parcial de Ψ
em relação a "x" é igual a "M". Então, podemos reescrever que a parcial
de Ψ com relação a "x" é igual a "M". Isso equivale a dizer que a derivada
parcial de "x" é igual a isso aqui, então, eu vou escrever "ycosx + 2xeʸ" E claro, como eu estou
igualando o Ψx a "M", eu tenho igualar a esta função. Se eu quisesse trabalhar com o "N", eu teria que trabalhar
com esta função aqui. Mas de qualquer jeito, eu vou continuar
trabalhando com a derivada parcial de "x" porque vai ser mais fácil de resolver. Então, se a gente quer saber
qual é a função que a gente derivou em relação a "x", eu vou integrar em ambos os lados
com relação a "x", então, eu vou escrever que
a integral de Ψx dx vai ser igual à integral de
"ycosx + 2xeʸ", isso tudo aqui eu vou colocar
entre parênteses, dx, mais, já que eu estou
integrando em relação ao "x", então, o "y" vai ser uma função constante. Então, explicando isso daqui melhor, eu tenho que pensar o seguinte: quando eu calculo a derivada parcial
em relação a "x" de uma função, nós assumimos o "y" como constante, então, por isso que eu
coloquei constante aqui. Integrando em ambos os membros, quando a gente integrar
esta derivada aqui, vai acabar ficando a própria função Ψ. Então vamos ficar com: Ψ = y vezes a derivada do cosseno, que é o "senx", mais x²eʸ, mais a nossa constante, que é f(y). Chegamos nisso aqui porque
eu integrei isso aqui, e aí deu este termo. Aqui, eu continuei com
a nossa função constante. Então, o que sabemos é que,
se a gente toma a parcial disso aqui em relação a "x", esse f(y) vai sumir e aí ficaremos
somente com esse M(x,y). Agora, se tomarmos a parcial
em relação a "y", vamos ficar com esse N(x,y) aqui. Então, para descobrir qual é essa função, o que eu tenho que fazer é
tomar a parcial em relação a "y". No caso, a parcial da nossa função Ψ. Então, eu vou colocar aqui, que a parcial na nossa função Ψ
em relação a "y" vai ser igual ao senx + x²eʸ mais a derivada da função "y". E como eu falei para vocês, que se eu
derivasse isso aqui em relação a "y", teríamos essa parte aqui, que é o N(x, y), então, eu vou colocar isso aqui
e vou igualar ao N(x,y). Vai ficar igual a senx + x²eʸ - 1. Bem, agora eu posso resolver isso aqui,
e eu vou cancelar alguns termos. Eu vou fazer o seguinte: eu vou cancelar este "senx"
aqui do lado esquerdo com este "senx" do lado direito. O que mais eu posso cancelar? Ah, esse cara aqui, este termo,
eu posso cancelar com esse, e sobra, somente,
a nossa derivada de "y", e também o -1. Então, eu vou colocar que a derivada
de "y" vai ser igual a -1. Portanto, se eu tenho a derivada, eu posso integrar para achar a função "y". Então, eu vou integrar e chego em um "y", uma função de "y", igual a "-y + c". Eu vou substituir o nosso f(y),
que é a nossa constante aqui, então, eu vou ficar com
ysenx + x²eʸ - y mais a nossa constante "c". Eu vou descer aqui para sobrar um espaço. O que isso nos mostra? Isso nos mostra que
a nossa equação original pode ser reescrita como a derivada
em relação a "x" da nossa função (x,y). Então, eu vou escrever que
a derivada em relação a "x" na nossa função é igual a zero. E se eu integrar em ambos os lados, eu chego que a minha função Ψ(x,y)
é igual a uma constante "c". E se eu substituir a minha função,
que é isto daqui, aqui, eu vou ficar com:
ysenx + x²eʸ - y + c, eu vou chamar de c₁, vai ser igual a uma constante,
que vou chamar, agora, de c₂, e eu posso subtrair dos dois lados esta
constante e ficar somente com uma. Eu vou tirar esta daqui e vou ficar
somente com uma constante. Enfim, nós deduzimos que
esta equação era exata, e concluímos que isso era verdade, porque calculamos a derivada parcial
de "y" e a derivada parcial de "x". Como o "My" é igual ao ''Nx'', concluímos que esta equação era exata. Então, dado aqui a equação exata, "M" vai ser derivada parcial de Ψ,
em relação a "x". Para achar a função "y", nós integramos esta equação aqui
em ambos os lados e resolvemos até chegar aqui. Chegando aqui, nós integramos de novo e concluímos que a nossa constante,
que era a função f(y), era igual a "-y + c". E como eu tinha deduzido para vocês que,
se eu derivasse em relação a "x", essa função Ψ daria zero, portanto, eu integrei ambos os membros e descobri que a função Ψ,
de fato, era uma constante "c". Por fim, eu cheguei nisto aqui, que era o que a gente
estava querendo saber. Enfim, pessoal,
até o próximo vídeo!