Conteúdo principal
Cálculo integral
Curso: Cálculo integral > Unidade 5
Lição 15: Séries de Maclaurin para eˣ, sen(x) e cos(x)- Série de Maclaurin de cos(x)
- Série de Maclaurin de sen(x)
- Série de Maclaurin de eˣ
- Exemplo resolvido: série de potências a partir do cos(x)
- Exemplo resolvido: função cosseno a partir da série de potências
- Exemplo resolvido: reconhecimento de função a partir da série de Taylor
- Série de Maclaurin de sen(x), cos(x), e eˣ
- Visualização de aproximações da série de Taylor
- Fórmula e identidade de Euler
© 2023 Khan AcademyTermos de usoPolítica de privacidadeAviso de cookies
Série de Maclaurin de sen(x)
Aproximação do valor do sen(x) com uma série de Maclaurin (que é como um polinômio de Taylor centrado em x=0 com infinitos termos). Resulta que esta série é exatamente igual à própria função! Versão original criada por Sal Khan.
Quer participar da conversa?
Nenhuma postagem por enquanto.
Transcrição de vídeo
RKA14C No vídeo passado, nós usamos
a série de Maclaurin para aproximar a função cos x. O polinômio usado nessa aproximação
foi este aqui. Percebemos que tinha um padrão
de construção bem interessante dos termos desse polinômio. Vamos agora tentar ver se
a gente consegue algo parecido quando a gente aproxima a função sen x. Lembrando que a série de Maclaurin
é o mesmo que a série de Taylor quando centramos a nossa aproximação
em torno de x = 0. A série de Maclaurin é um caso
particular da série de Taylor. Então, vamos lá! Vamos dizer que a gente tem a função
f(x) = sen x Rapidamente, vamos calcular aqui
a derivada dessa função. Vamos fazer então. Aqui seria f'x,
a derivada primeira. A derivada de seno é cosseno, então, cos x. Vamos também fazer aqui a derivada
segunda da nossa função f(x). Então, a derivada segunda de seno
é a derivada de cosseno, que fica -sen x. Aqui a gente vai fazer agora
a derivada terceira. Vou começar a escrever aqui 3 para não ter que ficar colocando
todas aquelas linhas. Então, a derivada terceira da nossa função vai ser a derivada de -sen,
que vai dar -cos x. Por fim, vamos fazer aqui também
a derivada quarta da nossa função, que seria a derivada de -cos,
que dá sen x. Assim como aconteceu no cosseno, você percebe que aqui também, conforme a gente vai fazendo
as derivadas aqui, a gente tem um ciclo de repetição. Mas na série de Maclaurin
estamos interessados em calcular tanto a função
que estamos usando aqui como as suas derivadas em x = 0. Então, vamos fazer isso! Vamos calcular aqui quanto é
a nossa função f aplicada em zero. Então, vai ficar f(0) = sen 0.
sen 0 = 0 Então, f(0) = 0. Vamos fazer também a derivada primeira
da nossa função avaliada em zero. Então, aqui vai dar cos 0.
Cos 0 = 1. Quando fizermos a derivada segunda
da nossa função avaliada em zero, isso vai ficar -sen 0,
isso vai dar 0 também. Quando formos para a nossa derivada terceira
da função avaliada em zero, isso vai ficar -cos 0. cos 0 já vimos que é 1,
então isto aqui vai ficar -1. A derivada quarta da nossa função
avaliada em zero vai ser igual a sen 0,
que já vimos que dá zero. Você pode perceber que tem um padrão
de repetição aqui também. 0, 1, 0, -1. Você pode continuar
fazendo essas derivadas que vai sempre se repetir
esse padrão 0, 1, 0, -1. Vamos então procurar esse polinômio
usando a série de Maclaurin. Mas, antes, vamos recordar uma coisa aqui. Este polinômio aqui
é uma aproximação de cos x. Quanto mais termos eu vou colocando
aqui nesse polinômio, melhor vai ficando essa nossa aproximação, mais próximo a gente chega de cos x. Aqui não vou falar sobre quão próximo
a gente chega sobre cos x, mas, em teoria, se a gente colocar
uma infinidade de termos aqui, a gente faz uma aproximação
praticamente perfeita de cos x. Vamos lá, agora a gente está
procurando o nosso polinômio... Vamos colocar aqui
o nosso novo polinômio P(x), vamos colocar de outra cor. Este polinômio aqui, agora vai ser
a aproximação de sen x. Então, para a gente fazer
a aproximação de sen x, vamos relembrar aqui. Eu vou precisar de f(0), mas a gente já sabe que f(0) = 0,
então não vai aparecer. A gente vai ter aqui f'(0) vezes x. Aqui f'(0) = 1. Então, esse cara vai aparecer,
e vamos ter o nosso primeiro termo. O nosso primeiro termo aqui
do polinômio vai aparecer: 1 vezes x, que vai dar o próprio x. Mais...
Aqui nós vamos ter f''(0), a derivada segunda
da função avaliada em zero, que a gente viu que é zero também. Então, aqui mais um termo
que não aparece, o termo quadrático não vai ter. Mais... A derivada terceira aqui
avaliada em zero vezes x³ sobre 3 fatorial. A gente vai ver que
a derivada terceira deu -1. Então, aqui a gente vai ter -1. vezes x³ sobre 3!. Continuando, a gente tem agora... O próximo termo
seria a derivada quarta da nossa função avaliada em zero vezes x⁴ dividido por 4!. Mas a derivada quarta da função
avaliada em zero deu zero também. Então, é mais um termo que não aparece. Aí, a gente vai conseguindo perceber
que tem um padrão aqui. Na verdade, acho que vou fazer
um termo a mais aqui para a gente perceber melhor,
para você enxergar melhor esse padrão. Vamos calcular
a nossa derivada de ordem 5: f⁽⁵⁾(x). Vai ser a derivada de sen x,
que é cos x. Se a gente for avaliar essa derivada
de ordem 5 aqui em zero... Vamos usar a mesma cor para
dar mais consistência ao padrão. Então, vai ficar f⁽⁵⁾(0), vai ficar cos 0,
isso vai dar 1. Então, realmente temos
aquele padrão acontecendo. Voltando lá, tínhamos a derivada
de ordem 4 avaliada em zero, deu zero, e esse pedaço sumiu. O próximo termo seria a derivada
de ordem 5 avaliada em zero vezes x⁵ sobre 5!. Mas aqui a derivada de ordem 5
avaliada em zero deu 1... Então, aqui o nosso coeficiente, o nosso próximo coeficiente vai ser 1. Mais 1. Uma bobagem de se escrever, né... 1 vezes qualquer coisa
dá essa própria coisa. Então, vai ficar x⁵ sobre 5!. Mas olha só que interessante aqui, se a gente pegar o polinômio P(x),
que é a aproximação do cosseno, ele tem uma certa lógica de construção,
tem um certo padrão. A gente tem os sinais: +, -, +, -, +, -, ou seja, a gente está intercalando
um sinal positivo e um negativo. Para as potências, também acontece
algo bastante interessante. Aqui a gente tem o número 1. Se a gente pensar,
aqui é uma potência de x, é x⁰. x⁰ = 1. Então, aqui a gente tem
x⁰, x², x⁴, x⁶, x⁸, x¹⁰... Ou seja, nesse polinômio
que aproxima o cosseno, a gente está usando apenas
potências de ordem par. Aqui no polinômio de baixo, que a gente
está fazendo para aproximar o seno, vai acontecer algo parecido, a gente vai ter
um padrão também de repetição. A gente vai intercalar os sinais aqui, então vai ficar +, -, +, -, a gente vai ficar intercalando o sinal. Porém, as potências que vão aparecer
são apenas potências de ordem impar: x¹, x³, x⁵,
e assim por diante. E a gente pode continuar se quiser, é +, -, +, - aqui. Então, o próximo seria ordem impar:
x⁷ sobre 7!. Eu posso continuar...
Mais x⁹ sobre 9!, Posso ir o quanto eu quiser aqui. Mas o legal é que vai dar a sensação aqui de que o seno e o cosseno
têm uma natureza complementar, é como se o pedaço de um fosse
preenchendo as lacunas do outro, como se eles fossem se completando aqui. Então, a gente tem aqui no cosseno
apenas expoentes pares, potências com expoentes pares divididos
por esse mesmo expoente fatorial. E aqui no seno a gente tem
potências impares divididas por esse mesmo valor
do expoente fatorial. No próximo vídeo,
vamos fazer a aproximação de eˣ. O que é mais fascinante
é que eˣ começa a aparecer mais ou menos como
uma combinação aqui, mas não exatamente. Você só vai de fato obter
essa combinação quando você envolver
os números imaginários. Aí que a coisa começa a ficar
realmente impressionante!