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Treine para o teste da segunda derivada parcial

Um exemplo de como encontrar mínimos locais em uma função multivariável procurando onde os planos da tangente são planos, junto com algumas das intuições que serão a base para o teste da segunda derivada parcial. Versão original criada por Grant Sanderson.

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Transcrição de vídeo

RKA8JV - E aí, pessoal. Tudo bem? Nesta aula, nós vamos introduzir alguns conceitos que nos ajudarão a entender o teste da segunda derivada parcial. Para isso, vamos relembrar algumas coisas. No cálculo de uma variável, se você tem uma função f(x), para encontrar o máximo ou o mínimo dela, você deve pegar a derivada de primeira ordem e igualar a zero. E como podemos interpretar isso graficamente? Bem, se eu tenho um plano cartesiano aqui e tenho uma função desse tipo, se a derivada dessa função é igual a zero, significa que nós vamos procurar pontos nesta função onde a reta tangente não tem inclinação, ou seja, a inclinação é zero. E, neste gráfico, você pode ver que encontramos 2, ou seja, aqui eu tenho um x₁, que é a solução dessa derivada igual a zero e aqui um x₂, e aí eu te pergunto: será que um desses pontos é máximo? Ou mínimo? Sim, para isso, basta você olhar para o gráfico. Este aqui é o máximo local enquanto esse aqui é o mínimo local. Mas se você não tivesse o gráfico? Como você responderia à minha pergunta? Você deveria pegar a derivada de segunda ordem e, neste caso, como a concavidade está voltada para baixo, esta derivada de segunda ordem deve ser menor do que zero. E neste caso, como a concavidade está voltada para cima, a derivada de segunda ordem tem que ser maior do que zero. Portanto, obtendo a informação da concavidade da parábola, você sabe dizer se está em um máximo local ou em um mínimo local. E o que acontece quando a derivada de segunda ordem é igual a zero? Nós não sabemos. Por isso, dizemos que é indeterminada. E com as funções multivariáveis, a situação é muito semelhante. Eu já até falei disso nas aulas passadas. Se você tem uma função f(x,y) por exemplo, em vez de procurar a derivada de segunda ordem igual a zero, você deve dizer que o seu vetor gradiente é igual ao vetor zero, e isso é mesma coisa que encontrar planos tangentes com a inclinação igual a zero. E claro, se você não lembra disso, eu sugiro que você dê uma relembrada nas aulas passadas. Nesta aula, nós vamos tentar encontrar algo análogo a essas derivadas de segunda ordem, só que para funções multivariáveis. Isso vai te ajudar a ver quando você tem um mínimo local, um máximo local ou um ponto de sela, que vimos na aula anterior. O teste que vamos fazer é chamado de segundo teste de derivada parcial, mas eu vou falar a respeito disso bem para o final do vídeo. Ok, por ora eu vou focar em encontrar o gradiente de uma função igual a zero, e neste caso vai ser a função do gráfico que temos à esquerda, que tem lei de definição igual a x⁴ - 4x² + y². Então, para encontrar o plano tangente à esta função, o que temos que determinar é este vetor gradiente igual a zero. Então, o que queremos é que ∂f/∂x em um ponto (x,y) seja igual a zero e que ∂f/∂y nesse mesmo ponto (x, y) seja igual a zero. Quando resolvermos isso, vamos encontrar um sistema de equações, e a partir dele encontramos "x" e "y". Então, deixe-me apagar este zero e vamos resolver a derivada da função em relação a "x". Derivando em relação a "x", nós temos que levar esta parte aqui, e aí, a derivada de x⁴ vai ser 4x³, enquanto que a derivada de -4x² vai ser -8x, e como estamos derivando em relação a "x", esse y² funciona como uma constante, e a derivada de toda a constante é igual a zero, portanto, ficamos só com isso aqui. Portanto, 4x² - 8x tem que ser igual a zero. Agora, deixe-me apagar aqui, e vamos derivar a função em relação a "y", e, portanto, toda essa parte é tida como uma constante, e devemos derivar somente y², que é 2y, e igualamos isso a zero. E claro, esta função que escolhi foi fácil, mas nem sempre isso acontece, às vezes tem funções bastante complicadas que você tem que resolver com muita calma. Mas este não é o caso. De cara, você sabe que para 2y ser igual a zero, o "y" tem que ser igual a zero. Agora, esta equação aqui, nós podemos resolver fatorando, colocando o 4x em evidência, e ele vai multiplicar (x² - 2), e isso tem que ser igual a zero, e se duas coisas estão se multiplicando, e o resultado dá zero, uma delas tem que ser zero. Para 4x ser igual a zero, o "x" tem que ser igual a zero. E se eu resolver "x² - 2 = 0", nós vamos encontrar um "x = ±√2". Esta aqui é a solução para o sistema de equações, ou seja, para que "y" seja igual a zero, o "x" tem que ser igual a zero ou igual a ±√2. Então, as minhas soluções são: , isso porque quando "x" vale zero, o "y" vai valer zero, também temos √2 e zero, e por fim, -√2 e zero. Ou seja, esses são os pontos que satisfazem estas duas igualdades. O que isso significa graficamente? Bem, se olharmos para o nosso gráfico aqui, nós podemos ver três entradas diferentes e todas elas têm planos tangentes, planos, se assim eu posso dizer, ou seja, a inclinação desse plano tangente a esses três pontos é zero. Só você olhar aqui, o primeiro ponto (0, 0). Se olharmos por cima, parece até que estamos dentro do gráfico, o (0, 0) está aqui na origem, e olhando para o gráfico, nós podemos ver que este é o ponto de sela. Lembra, ele não é nem o máximo nem o mínimo local, ele só é um ponto onde o plano tangente que passa por ele tem inclinação igual a zero. Ele não parece nem com um pico ou nem com um vale, né. E nós temos dois pontos conforme caminhamos ao longo do eixo "x". Este primeiro aqui, como você pode adivinhar, é o ponto onde "x = √2" positiva e este aqui que é outro mínimo é o ponto onde "x = -√2". Olhando apenas o gráfico, nós não iriamos conseguir descobrir esses pontos, mas nós aprendemos a calcular, não é? E claro, esses dois pontos são mínimos locais, mas isso só foi possível graças ao gráfico. A minha dúvida é: como podemos descobrir isso apenas olhando para eles? Olhando para o gráfico, nós podemos ver que este é o ponto de sela e esses outros dois são mínimos locais. Nós podemos fazer o teste da segunda derivada. Como fazemos isso? O que você deve fazer é pegar as segundas derivadas parciais da nossa função e ver como isso pode influenciar na concavidade. Por exemplo, se pegarmos a segunda derivada da função em relação a "x", isso significa que nós estamos derivando a função "f" duas vezes. E como esta é a primeira derivada, nós só precisamos derivá-la. Se fizermos isso, vamos ficar com 12x² - 8. E o que isso significa graficamente? Significa que se andarmos na direção "x", ou seja, o valor de "y" é constante, essa função vai ser cortada, e vamos olhar para esta fatia. A segunda derivada nos diz a concavidade em cada ponto determinado, portanto, estes dois pontos correspondem mais ou menos a √2. Portanto, se pegarmos o "x = √2" e colocarmos nesta função, vamos descobrir o valor de "y". Então, fazendo isso, vamos ficar com 12√2², e √2² vai ser igual a 2, então, 12 vezes 2 - 8, e 12 vezes 2 dá 24, menos 8 vai dar 16, e é o que está neste ponto. E é um número positivo, por isso, você tem a concavidade em cada um desses pontos para cima. E por causa dessa concavidade para cima, ambos os pontos são mínimos locais. Agora, se você colocar um "x" igual a zero aqui, você vai ficar com 12 vezes zero, menos 8, que é igual a -8. Por dar um valor negativo, significa que a concavidade da parábola que passa por esse ponto é voltada para baixo, portanto a origem parece um máximo local. Ok, vamos escrever isso aqui para ficar melhor. Então, com respeito a "x", esse ponto (0, 0) é um máximo local, enquanto esses outros dois pontos são mínimos locais. E na variável "y"? O que acontece? Nós podemos fazer algo semelhante com a derivada de segunda ordem em relação a "y". Deixe-me apagar isto aqui, e vamos calcular ∂²f/∂y². A derivada de 2y vai ser igual a 2. E como deu um número positivo, significa que a concavidade da parábola é positiva em todos os lugares. O que significa isso no gráfico? Significa que você está olhando as coisas como se um plano fizesse algum tipo de corte com o valor de "x" constante e você veria o movimento somente na direção "y". E quando você faz isso, a parábola sempre vai ter concavidade para cima. Este plano que eu coloquei é um plano onde "x" é constante e igual a zero. Mas se você quiser, você pode colocar outros planos e você sempre vai obter uma concavidade para cima, e com isso, nós sempre vamos ter um mínimo local. Portanto, em termos de "y", sempre vamos ter mínimos, então, mínimo, mínimo e mínimo. E nessa parte, provavelmente você fala: pronto, encontrei o que eu queria. Porque, se você perceber, as direções "x" e "y" são simétricas, uma encontra o máximo e a outra encontra o mínimo, e é por isso que temos algo no gráfico que se parece com uma sela, e aí eles ficam exatamente iguais nos outros dois pontos, ambos encontram o mínimo local, ou seja, nós encontramos esses dois pontos que são mínimos locais. Mas calma, isso ainda não é suficiente para responder à nossa pergunta. Existem casos onde, se você fizer essa análise, você pode tirar algumas conclusões erradas, ou seja, você poderia concluir que um ponto é mínimo local quando, na verdade, é um ponto de sela. E a razão para isso está nessa outra derivada parcial de segunda ordem, porque quando estamos falando de cálculo multivariável, nós podemos pegar a derivada de segunda ordem de uma função em relação a "x" e depois em relação a "y", e você deve tomar esta derivada também para tirar as conclusões completas. Mas claro, eu vou falar disso nos próximos vídeos. Eu espero que esta aula tenha lhes ajudado. E até a próxima, pessoal!