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Curso: Cálculo multivariável > Unidade 3
Lição 2: Aproximações quadráticas- Como se parecem as aproximações quadráticas
- Fórmula da aproximação quadrática - Parte 1
- Fórmula da aproximação quadrática - Parte 2
- Exemplo de aproximação quadrática
- A matriz hessiana
- A matriz hessiana
- Expressando a forma quadrática com uma matriz
- Forma vetorial da aproximação quadrática de múltiplas variáveis
- O Hessiano
- Aproximação quadrática
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Exemplo de aproximação quadrática
Um exemplo resolvido de como encontrar a aproximação quadrática de uma função de duas variáveis. Versão original criada por Grant Sanderson.
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Transcrição de vídeo
RKA4JL - E aí, pessoal!
Tudo bem? Nessa aula nós vamos fazer a aproximação quadrática
de uma função de duas variáveis, ou seja, vamos ver um exemplo. Na aula passada, nós vimos a aproximação
quadrática de uma função f(x,y), lembrando que esse aqui
é o termo constante e esses aqui são o que
chamamos de termo linear, porque se quiser saber
como as variáveis x e y surgem, você vai ver que x está sendo
multiplicado por essa constante enquanto y está sendo
multiplicado por essa, e essa parte é que tem toda a essência
de uma aproximação quadrática, que é onde você começa a ter
um quadrado e obtém x vezes y, que é o que chamamos
de termo quadrático. Sabendo disso, vamos
fazer um exemplo aqui. Digamos que eu tenha a função f(x,y)
que é igual a “e” elevado a (x/2) que multiplica seno de y e digamos que eu queira aproximar
essa função ao ponto (0, π/2). Já que eu tenho um seno, vai ficar
mais fácil de achar as suas derivadas. A primeira coisa que temos que
fazer é achar todos esses termos. Para isso, vamos precisar das derivadas
parciais de primeira e segunda ordem. Então começando com a derivada
da função em relação a x e derivando-a em relação a x, nós utilizamos a regra da cadeia
e a regra do produto. Supondo que você já tenha visto
essa aula, eu vou adiantar aqui. Pegamos a derivada dessa
função em relação a x, que é a mesma coisa
que ½ vezes “e” elevado a x/2 e multiplicamos por essa função
em relação a x, que nesse caso trabalhamos como se fosse
uma constante, então vezes seno de y. Agora, a derivada parcial de f
em relação a y, de (x,y), vai ser a mesma coisa que pegar
esse “e” elevado a x/2 e repetir, já que estamos derivando
em relação a y, e multiplicamos pela derivada
do seno de y, que é cosseno de y, então vezes o cosseno de y. Agora nós começamos a olhar
para a derivada de segunda ordem. Isso é mesma coisa que derivar
essa função em relação a x, e com isso você deriva somente
essa parte em relação a x, que vai ser a mesma coisa
que ¼ vezes “e” elevado a x/2 e multiplicamos isso pelo seno de y,
já que estamos derivando em relação a x. Então, vezes seno de y. Deixe-me descer aqui
para ter mais espaço. Ainda precisamos fazer a derivada
parcial mista, ou seja, você pode fazer primeiro em relação a x
e depois em relação a y, ou o contrário, tanto faz,
vai dar a mesma coisa. Então o que eu vou fazer é pegar a derivada
em relação a x e derivar em relação a y. Assim consideramos esse ½ vezes “e”
elevado a x/2 como constante e derivamos somente o seno de y,
que é cosseno de y. Por fim, nós precisamos da derivada
em relação a y em relação a y, ou seja, uma
derivada de segunda ordem. Isso significa que nós temos que
derivar essa função em relação a y. Note que essa é a única
parte que aparece y. A derivada do cosseno de y
é -seno de y, e essa parte fica
como uma constante. Então vou colocar o
"menos" do seno aqui e colocar “e” elevado a x/2,
que multiplica seno de y. Agora precisamos substituir todos
esses termos avaliados nesse ponto (deixe-me subir um pouco)
nesta expressão. Eu começo substituindo esse ponto
na função e nas derivadas parciais. Se substituir aqui, eu vou ficar com “e”
elevado a 0/2, que vai dar e⁰, e todo número elevado a zero é 1,
então isso aqui vai dar 1 e multiplicamos por seno de π/2,
que também é 1, ou seja, f(0, π/2) é igual a 1. Agora, essa derivada parcial,
essa parte, de novo, vai ser 1 e o seno de π/2 também vai ser 1. A diferença é que tem ½ multiplicando.
Então tudo isso vai ser igual a ½. Agora, se olharmos para
a derivada parcial de y, nós vamos ter que calcular
cosseno de π/2, que é zero, portanto essa
multiplicação vai ser zero. Agora, na segunda derivada
em relação a x, Nós vamos ter que “e”
elevado a 0/2 vai ser 1 e seno de π/2 também é 1, só que tem ¼ aqui, e essa
multiplicação vai ser igual a ¼. Aqui vai ser 1 e aqui vai ser zero,
já que o cosseno de π/2 é zero, portanto essa multiplicação
vai ser igual a zero. Por fim, a derivada de segunda
ordem em relação a y. Aqui vai ser 1 e
aqui também vai ser 1, mas tem um "menos" aqui,
portanto vamos ficar com -1. Agora, sim, nós podemos substituir
esses termos na aproximação quadrática. Então, na aproximação quadrática de (x,y), o primeiro o termo vai ser a constante,
que nesse caso é 1, então 1 mais ½, que é a derivada
da função em relação a x que multiplica x menos x₀,
que nesse caso é zero, mais y menos y₀,
que nesse caso é π/2, e multiplicamos isso pela derivada
parcial da função em relação a y (deixe-me colocar esse mais para cá
para colocar isso na frente), então mais zero, que é essa derivada aqui, e somamos isso com a derivada
de segunda ordem em relação a x, que é ¼, e multiplicamos por
(x menos zero)² mais a derivada de x
em relação a y, que é zero, que multiplica (x menos zero)
menos (y menos π/2). E claro, eu esqueci de colocar aqui,
mas ainda tem esse ½ e esse aqui, então ¼ é multiplicado por ½. Então mais ½ vezes ¼. Agora somo com ½, que multiplica -1,
que é a derivada de segunda ordem em relação a y, e multiplicado por (y menos π/2)². E claro, se simplificar tudo isso, você vai ficar com 1 mais x/2
mais x²/8 mais (-½), que multiplica (y menos π/2)². Claro, você ainda pode
ajeitar esse sinal aqui, mas o que eu quero que você perceba
é que isso parece com uma função quadrática, e nem é tão difícil de
calcular valores nela. E claro, trabalhar com esse polinômio
ajuda você a tirar algumas conclusões. Por exemplo, nós utilizamos isso para trabalhar
com algo chamado de "segundo teste de derivada parcial", mas para entender bem
o que isso significa, vamos olhar alguns gráficos
de algumas funções importantes. Veja bem: esse é o gráfico da função
“e” elevado a x/2 vezes seno de y e o ponto no qual estamos
nos aproximando é esse aqui, que é x igual a zero e y igual a π/2, ou seja, quando x é zero,
y é π/2. A aproximação quadrática, quando você conecta tudo,
tem um gráfico que se parece com isso, com essa superfície branca
que coloquei aqui. Eu posso até tirar
o gráfico original e você vai ver que estamos aproximando
a função para perto desse ponto. É uma coisa bastante interessante, porque mesmo que a superfície original
esteja longe do ponto, você pode ver que estamos conseguindo
ficar mais próximos do ponto. Note que a natureza oscilante
dessa função é por causa da função seno e esse aqui é o componente exponencial, que é o que faz a função crescer mais rápido
se comparada à aproximação quadrática. Então essa aqui é
a aproximação quadrática e mais à frente nós vamos ver o quanto isso é útil para
obtemos características qualitativas da forma do gráfico. Você pode ver que ele, inclusive,
se parece com uma sela, o que vai ser muito importante
em certos contextos. Mas, enfim, nas próximas aulas nós vamos ver outras
formas de generalizar essa aproximação quadrática. Vamos ver, por exemplo,
uma forma vetorial de escrevê-la, e isso vai nos ajudar a obter aproximações
quadráticas de funções de mais variáveis. Eu espero que essa aula tenha ajudado vocês
e até a próxima, pessoal!