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Pré-cálculo
Curso: Pré-cálculo > Unidade 3
Lição 6: Forma polar de números complexosFormas polar e retangular de números complexos
Neste vídeo, reescrevemos o número complexo -3+2i (dado na forma retangular) na forma polar. Versão original criada por Sal Khan.
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- Então, uso uma bem antiga, e o manual tinha se perdido, consegui o pdf em inglês, e ficou tudo ok: Casio fx-82SX fraction Qualquer calculadora científica com arc sen, arc cos e arc tg faz essas transformações. Dê uma olhada no seu manual :)(1 voto)
- Números complexos são muito fácil! estou no 1° ano e já entendi!(2 votos)
Transcrição de vídeo
RKA4JL - Olá, pessoal!
Prontos para mais um vídeo? Vamos dizer que eu tenha
o número complexo "z" e esse "z" é descrito
em sua forma retangular por -3 mais 2 vezes 𝓲 . Primeiramente, vamos localizá-lo
no plano complexo. Então, primeiro vamos desenhar aqui
o meu eixo imaginário. Aqui é meu eixo imaginário. E agora, o eixo real, o eixo onde a gente vai colocar
a parte real. A parte real do meu "z"
é -3, portanto é três da esquerda
no meu eixo real. Vamos marcar aqui
um, dois, três unidades à esquerda
é o -3. Já no eixo dos imaginários,
a parte real é 2. Então eu subo
dois aqui. Marcando aqui
um, dois, afinal são duas vezes 𝓲 . Portanto, o meu "z" vai ser representado
por este pontinho aqui. Vamos cruzar
as coordenadas. "z" está aqui neste pontinho.
Vamos marcar aqui "z". O que eu quero pensar
nesse vídeo com vocês é se tem alguma outra maneira de descrever
esse pontinho que representa o "z". Quer dizer,
será que dar a parte real e a parte imaginária como coordenadas
é a única maneira de chegar nesse ponto? Será que não tem jeito
de eu dar uma direção, um ângulo e uma distância,
um caminho para percorrer? Vamos, então, tentar ver
essa outra descrição. Primeiro, vou ver a distância
do meu ponto "g" até a origem
desse plano complexo. Vou chamar essa distância de "r"
para nos ajudar a identificar. Só que a distância sozinha
não me dá informações suficientes porque essa distância
poderia estar aqui, aqui, aqui, aqui, são vários os lugares que têm
a mesma distância da origem. Portanto, eu preciso também
de alguma outra informação, como, por exemplo,
o ângulo θ (teta), que é formado aqui
entre a parte positiva do eixo real e a linha que representa a distância "r"
que a gente acabou de desenhar. Na verdade, se eu tiver
essa inclinação, esse ângulo e essa distância, consigo descrever
muito bem onde está o meu pontinho "z". E agora eu venho
com um desafio para você: tente pausar o vídeo e descobrir uma relação
entre essa distância "r", o meu ângulo θ em radianos,
2 e -3, ou seja, uma relação dessas coordenadas,
da forma retangular do meu "z", com os ângulos θ
e a distância "r". Para nos ajudar
a pensar sobre isso, eu vou desenhar
aquele nosso círculo unitário que a gente usa para definir
funções trigonométricas, porque nós vamos usar
algumas funções trigonométricas para chegar
no nosso raciocínio. Desenhando o círculo unitário,
aquele círculo de raio 1 onde a gente define
as funções trigonométricas. E está aqui
um círculo perfeito. Dito isso, que esse é o círculo unitário,
o círculo de raio 1, quais seriam as coordenadas
deste pontinho aqui, o pontinho que está
na intersecção do círculo e desse segmento de reta
que representa o meu "r"? Lembre-se que como a gente está
no círculo unitário, por definição a coordenada
no eixo horizontal, no eixo x é o cosseno de θ e a coordenada no eixo vertical,
no eixo y, é o seno de θ. Então, esse ponto aqui teria como coordenada "x"
o cosseno de θ e coordenada "y"
o seno de θ. Vamos pôr um parênteses
aqui também. Mas e este pontinho aqui,
qual seria a coordenada dele se a gente o estivesse representando
em função de cosseno de θ e seno de θ? Veja só: a distância desse pontinho
até a origem dos espaços é de uma unidade, não é verdade? E a distância
deste ponto até a origem é "r" vezes uma unidade, não é? "r" não é
"r" vezes 1? Então, se essa distância é "r"
vezes essa distância, eu tenho que multiplicar por "r"
tanto a coordenada y quanto a coordenada x. Vamos dimensionar tudo
por "r", vamos multiplicar tanto “x”
quanto "y" por “r” para conseguirmos chegar tão distante
quanto está o meu “z”. Portanto,
este pontinho aqui, a coordenada desse cara
vai ser "r" vezes cos(θ) e a coordenada deste carinha aqui
vai ser "r" vezes esse pedaço, ou seja, r vezes sen(θ). Olha que bacana,
pessoal. Agora,
sabendo dessas relações, basta a gente tentar descobrir
os valores do "r" e do θ e a gente vai ter outro jeito
de descrever este pontinho "z". Vamos primeiramente descobrir
o valor do nosso θ. Para isso, a gente tem que pensar
em algumas funções trigonométricas. Uma função que envolve
tanto o seno de θ quanto o cosseno de θ é a tangente do θ, lembra? tg(θ) é igual a
sen(θ) dividido por cos(θ) E se eu multiplicar por "r" em cima e embaixo da minha fração, isso não vai alterar o valor da fração, não é verdade? Então vezes "r" aqui,
e vezes "r" aqui. Mas sabemos que "r" vezes sen(θ)
é igual a 2 e r vezes cos(θ)
é igual a -3, então aqui vai ficar -2/3. Portanto, chegamos à conclusão
que a tg(θ) é -2/3. Outra maneira de pensar nisso
é que -2/3 é nada mais, nada menos
que o coeficiente angular, que a inclinação da reta
que contém essa linha aqui, porque, veja só: para que
esse ponto chegue na origem, ele tem que fazer um deslocamento
de três unidades para a direita. Ele desloca três à direita e ainda tem que descer
duas unidades. Então, ele vem
dois para baixo. Portanto, a inclinação, o coeficiente angular
da minha retinha é de -2/3. Temos, então, duas interpretações
para essa tg(θ), mas o que eu quero mesmo,
o que nos interessa, é descobrir o valor
desse meu θ. Então, vamos lá. Para descobrir o valor
do meu θ, basta eu aplicar a função arco tangente
dos dois lados da minha equação. O que a gente consegue é que
θ é o arco tangente do meu -2/3. Essa função,
arco tangente, também é muito usada em inglês
como sendo a tangente inversa ou tangente a -1, que em calculadora
aparece muito assim: tan⁻¹. Vamos apagar
esse negocinho aqui. Já que eu falei desse negócio
de tangente inversa, vamos colocar na calculadora
o arco tangente para saber qual é o meu ângulo θ. Aqui está
minha calculadora. Só para ter certeza,
vamos ver se está em radianos. Para colocar em radianos
eu clico no 2. Estamos em radianos.
Olhe o "r" minúsculo aqui. Então o arco tangente,
ou tangente inversa de -2/3, vai ser igual a -0,5880... Vamos dar uma arredondadinha.
Então -0,59. Nosso ângulo θ
é, aproximadamente, -0,59 radianos. Como θ é negativo, significa que, ao invés de ter girado no sentido
anti-horário, eu girei no sentido horário. Ângulo negativo significa girar
no sentido horário. Então, a inclinação
que ele nos deu foi dessa parte aqui, certo? Mas o meu θ
tem que ser nesse sentido. Para achar a inclinação no sentido que a gente quer,
no sentido anti-horário, o que a gente tem que fazer é girar essa
inclinação aqui por todo esse percurso. Esse percurso de meia-volta,
esse percurso de π radianos. Concluindo,
para chegar no θ com a orientação
que a gente deseja, que é a orientação
no sentido anti-horário, eu vou pegar esse valor
que a calculadora nos deu, -0,59, e vou somar π, que é
justamente somar meia-volta. Em radianos, isso é somar π. Esse vai ser o valor
do nosso θ. Vamos colocar aqui
o sinal de "aproximadamente". Afinal, isso aqui
está arredondado. De volta
à nossa calculadora, vou pegar o valor que foi me dado,
então "ans", somado com o π. Vamos somar π aqui
na minha calculadora. Isso vai me dar 2,553. Então, aproximadamente. Agora, será que 2,55 radianos
faz sentido? Não podemos ficar confiando
em tudo que essas calculadoras nos dá. Vamos ver
se faz sentido mesmo. 90 graus aqui
é π sobre 2 radianos. π é, mais ou menos, 3,14
e dividido por 2 dá 1,57. Então isso aqui é um pouco mais
que 1½ radiano. E 180 graus, meia-volta,
é π radianos, que é aproximadamente
3,14159... e por aí vai. Portanto, olhe só:
2,55 está entre 1½ e 3,14. Então realmente faz sentido
que nosso ângulo seja de 2,55 radianos. Vamos continuar.
θ encontrado, então nos falta encontrar
a medida do "r", não é? Mas aqui a gente pode construir
um triângulo retângulo. A gente sabe que a medida
desse ladinho aqui é 2, afinal esse ladinho aqui
vale 2, não é? Já esse outro cateto aqui,
esse outro lado tem medida 3. Essa coordenada é -3,
mas a medida desse lado é 3. Portanto, r², usando o teorema de Pitágoras, vai ser 2² somado com 3². Então temos
que o nosso "r" vai ser a raiz quadrada de 4 mais 9,
ou seja, a raiz quadrada de 13. Pronto. Temos "r"
e temos θ, agora a gente consegue
escrever "z" em função
de "r" e θ. Então, mãos à obra. O meu "z"
é igual a -3, só que esse -3 a gente pode
escrever como r cos(θ). Como sabemos
que "r" é √13, então fica √13 vezes cosseno do meu θ,
que é aproximadamente 2,55 mais 2𝓲. Só que esse 2
a gente pode escrever como r sen(θ). Então, ao invés de 2𝓲,
vou escrever r, que é √13, vezes seno de 2,55,
que é aproximadamente o meu θ. Como 2
está sendo multiplicado por 𝓲, aqui a gente coloca "vezes 𝓲"
também, não é verdade? E para deixar bem claro qual é o
tamanho dessa distância aqui, qual é meu modo, vou colocar
esse √13 em evidência. Então vai ficar √13 multiplicado por cos(2,55),
que é meu θ. Na verdade,
é uma aproximação de θ, então para deixar isso evidente vou
escrever que isso é "aproximadamente" z somado com esse pedacinho aqui. Vou colocar o 𝓲 na frente. 𝓲 vezes seno do meu 2,55 radianos. Pronto! Então, agora,
meu "z" está escrito no que a gente chama
de forma trigonométrica ou polar. A forma polar é a que diz qual é a inclinação
do meu número complexo, ou seja, esse ângulo aqui é o quanto que eu tenho que inclinar a partir da parte positiva do meu eixo x. Então tenho que inclinar
2,55 radianos e aqui tenho o quão distante
eu vou nessa direção. Vou √13 unidades de distância
nessa direção e consigo chegar
no meu pontinho "z". Só para resumir: isso aqui é o que a gente
chama de coordenada retangular e essa aqui embaixo é a que a gente
chama de coordenada polar. OK, pessoal. Espero que você
tenha entendido e até o próximo vídeo!