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Curso: Estatística e probabilidade > Unidade 9
Lição 9: Distribuição de PoissonProcesso de Poisson 1
Introdução aos Processos de Poisson e à Distribuição de Poisson. Versão original criada por Sal Khan.
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- Como faço para resolver esta questão ?
Um técnico de instalação de um sistema especializado de comunicação é enviado para uma cidade somente quando existirem três ou mais ordens de serviço. Suponha que as ordens de serviço sigam uma distribuição de Poisson, com uma média de 0,25 por semana, para uma cidade com população de 100.000 habitantes e suponha que sua cidade contenha uma população de 800.000.
Qual é a probabilidade de que um técnico seja requisitado depois de um período de uma semana ?(1 voto)- Lucas,
Como a população da sua cidade possui 800.000 habitantes, para sabermos qual seria o valor do parâmetro "lambda", ou seja, a nova média de ordens de serviço, basta fazermos uma regra de três:
0,25 ordens/semana ----- 100 mil habitantes
x ordens/semana ----- 800 mil habitantes
Dessa maneira, você obteria o parâmetro para realizar a distribuição de Poisson. Como o problema pede a probabilidade de existirem 3 ou mais ordens de serviços, você pode calcular da seguinte forma:
X---> Número de ordens
P( X >= 3 ) = 1 - P( X < 3 )(2 votos)
Transcrição de vídeo
RKA3JV - Vamos supor que vocês sejam
algum tipo de engenheiro de tráfego e vocês estão
querendo saber a quantidade de carros que passam
em um determinado ponto da estrada, em um determinado intervalo
que vocês decidem. Então, vocês querem realmente
calcular a probabilidade de número de carros que vão
passar por este ponto da estrada que vocês
estão observando. Então, vocês podem sentar o dia todo
e contar quantos carros passam, só que isso não vai ser uma
estimativa muito próxima, porque, sei lá, pode ser que passem
mais carros ou menos carros. Então, existe uma maneira
melhor de fazer isso que envolve o que nós
vamos fazer neste vídeo. Então, a primeira maneira,
o começo para isso, nós vamos definir a nossa
variável aleatória "x" como sendo
o número de carros, o número de
carros por hora. Assim está bom. Então, a gente pode
dizer, por exemplo, a gente pode calcular,
dizer que o valor esperado, vamos supor, a gente pode ficar
lá sentado o dia inteiro contando quantos carros
passam em 1 hora. Ah, antes de continuar,
vale a pena lembrar que nós temos que imaginar
aqui, neste caso, que cada hora não vai ser
diferente da outra. Na vida real, a gente sabe
que na hora do rush passariam mais carros do que
na madrugada, por exemplo. Mas aqui, especificamente neste exemplo,
a gente tem que continuar considerando que uma hora é independente da outra,
um evento não tem correlação com o outro. Então, a probabilidade
de passar um número de carros em todas as horas
vai ser igual. Então, se eu ficar sentado lá olhando
quantos carros passam por hora, eu posso, então, chamar este número
de carros que vão passar por hora de λ, e dizer que este λ
vai ser o número de carros
por hora. E a gente tem aqui
o valor esperado, e a gente sabe,
lembrando que se a gente for considerar isso aqui
uma distribuição binomial, este número vai ser igual à multiplicação
do número de tentativas vezes a probabilidade
de cada tentativa acontecer. Isso aqui é o valor esperado
da distribuição binomial que a gente viu
nos últimos vídeos. Então, se a gente for
transformar este λ nesta multiplicação
de "n" vezes "p", a gente vai ter o número
de tentativas, que vão ser 60. Ou seja, 60 minutos
em 1 hora. Isto aqui, multiplicado pela
probabilidade de cada tentativa. Então, a probabilidade
de cada tentativa vai ser λ por 60, que vai ser
o número de carros por minuto. Então, λ/60, que vai ser o número
de carros por minuto. Agora, a gente chegou aqui
em uma estimativa, no nosso valor
esperado de carros. E, a partir disso, sabendo que
é uma distribuição binomial, a gente pode calcular,
por exemplo, a probabilidade da nossa
variável aleatória, sei lá, o número de carros "k"
que a gente decide, um número arbitrário
que nós escolhemos. E este número "k", eu acho
que eu fui para baixo aqui. Coloquei de novo
para cima. Então, este número "k" pode ser 3,
pode ser 4, pode ser 5. Isto aqui vai ser "n", ou seja, 60,
que é o número de tentativas, "k". A gente já viu isso nos últimos vídeos,
eu só estou relembrando. Multiplicado pela probabilidade
de sucesso, que vai ser λ/60, elevado a "k", vezes a
probabilidade de não ter sucesso. Ou seja, 1 (100%) menos a probabilidade
de sucesso, e isso aqui elevado a "n - k". Ou seja,
60 menos "k". E eu acho que aqui já
deu para começar a ver onde está o problema
desta parte aqui. Vamos supor
que passem, a gente está contando
cada tentativa como, no caso,
um intervalo de 1 minuto. Em 1 minuto, vamos supor
que passem 5 carros. Se passarem estes 5 carros, os 5 carros
não serão contabilizados como 5 carros, mas como
um carro só. Porque é como se a gente
estivesse contando só se passou carro ou não
neste intervalo de 1 minuto. Então, o que a gente
precisa fazer aqui, vocês já devem ter imaginado,
então é só aumentar o intervalo. Então, em vez de considerar
um intervalo com 60 minutos, eu posso considerar
como 3.600 segundos, que é quantos segundos há
em 1 hora, unidade básica. Então, eu vou colocar uma igualdade,
e vou fazer com 3.600, "k", multiplicado por λ/3.600
elevado a "k", vezes 1 - λ/3.600
elevado a 3.600 - k. E aqui a gente chegou a uma estimativa
um pouco melhor, realmente. Mas vamos supor que
passem dois carros com uma diferença de
meio segundo entre cada um. A gente não vai contabilizar
esses dois carros, eu sei que a gente cada vez
está dificultando mais o problema, mas é para mostrar por que a gente
vai precisar do processo de Poisson. Poisson, se escreve Poisson,
como está no nome do vídeo, só que é francês, então
se pronuncia "Poessam". Eu acho que é mais ou menos
assim que se pronuncia, eu espero que seja,
pelo menos. Então, neste vídeo,
no próximo vídeo, na verdade, nós vamos fazer
este processo e, eu só tenho que garantir
agora, neste vídeo, que a gente tenha algumas ferramentas
matemáticas na nossa bagagem. Então, eu preciso ter certeza
que vocês saibam que, eu já vou até
mostrar aqui, eu preciso ter certeza
que vocês saibam que o limite quando o "x"
tende ao infinito de (1 + a/x)
elevado a "x", é igual a "e"
elevado a "a". Eu já fiz outras
demonstrações aqui no canal de como chegar
nisso aqui, mas eu vou fazer aqui
de novo uma breve explicação. Então, vamos
considerar aqui a/x como sendo um outro
número, por exemplo, 1/n. Então, a gente pode reescrever
este limite como sendo o limite quando o "n"
tende a infinito de 1 mais, como eu chamei este a/x de 1/n,
eu posso trocar aqui por 1/n. E isso aqui
elevado, nós podemos fazer aqui
uma multiplicação em cruz, e nós vamos ter que "x"
é igual a "a" vezes "n". Eu acho que devia ter
feito aqui primeiro, mas quando a gente leva
este "x" para o infinito, quando este "x" vai para o infinito,
o que acontece com o "a"? Ele também
vai para o infinito para manter os dois lados
da igualdade iguais, por isso que é uma
igualdade, no caso. Por isso que eu posso chamar
esse "x" aqui de "n", fazer essa
troca toda que eu acho que eu
pulei um passo aqui. Mas é isso. Isso daqui, então, este "x", eu posso
trocar aqui em cima por "a" vezes "n". Então, agora eu vou fazer
o que vai acontecer. Vai ser uma
mágica, digamos. Mas é aquele negócio que todos
nós aprendemos no ensino médio de elevar um
expoente ao outro. Porque aqui quando
eu tinha "a" vezes "n" era a mesma coisa que
eu elevar isto tudo a "a". Então, se eu multiplicasse
esse "a" vezes "n", seria "a"
vezes "n" aqui. Então, eu só vou passar a fazer
essa coisa que eu acabei de falar. Então, aqui
vai ser o limite quando o "n" tende
ao infinito de 1 + 1/n. Isso aqui,
elevado a "n". E isso tudo aqui
elevado a "a". Como eu tenho um "n" aqui
e tenho um "n" aqui, e eu não preciso
deste "a", eu posso fazer
este limite todo e deixar o "a",
elevado para fora. Então, eu posso colocar isso aqui como
o limite quando o "n" tende ao infinito, quando "n"
tende a infinito, de 1 + 1/n elevado a "n",
isso tudo elevado a "a". Este limite que a gente
chegou aqui dentro, é uma das formas
de se chegar no número de euler,
número neperiano, o famoso "e". Então, vocês podem,
eu já fiz em outros vídeos, mas vocês podem
tentar aqui, colocar cada vez números
maiores no lugar de "n", cada vez mais vocês vão
se aproximando do número "e". Então, eu já posso tirar isso daqui,
e marcar como "e". Então, só sobrou este "e"
elevado a "a". Então, isso aqui é igual a "e"
elevado a "a". Isso é uma das coisas que a gente
tem que saber para o próximo vídeo. E a outra coisa que a gente
precisa saber é que "x" fatorial sobre "x", menos "k" fatorial
é igual a "x" vezes x - 1, vezes x - 2,
e assim vai até chegar a
"x - k + 1". A gente já está cansado
de fazer isso aqui, só que esta foi de longe
a maneira mais abstrata que a gente já escreveu isso
na história destes vídeos. Então, isso aqui
é a mesma coisa que, eu vou fazer aqui em termos
de números mesmo. Eu vou colocar "x" como 7,
e o "k" como 2. Então,
7!/(7− 2)! Isso aqui vai
ser igual a 7! que é 7 vezes 6 vezes 5
vezes 4 vezes 3 vezes 2 vezes 1, e isso tudo
sobre (7 − 2)! que é 5! Então, 5 vezes 4
vezes 3 vezes 2 vezes 1. Então, eu posso cortar isso tudo
com isso tudo, e sobrou só 7 vezes 6, que se a gente
for ver, é justamente o número de termos
que vai ter aqui, que sobrou aqui. O número de termos que sobrou aqui
vai ser este número mais 1. Então, o que a gente pode ver aqui
é que aqui eu tenho um termo, dois, três, e esta multiplicação
toda vai ter "x" menos "k", vai ter exatamente,
desculpa, "k" termos. Aqui fica um "k". E o termo que sobra,
os termos que sobram aqui, por exemplo,
vão ser "x - k + 1". Ou seja, 7 − 2 = 5,
5 + 1 = 6. Então, o último termo
é este termo aqui, é o termo "k",
"x - k +1". Lembrando, 7 − 2 = 5,
mais 1, é igual a 6. Então, este nosso número,
este nosso último número seria este último termo aqui,
o nosso termo "k". Então, sabendo isso, a gente
pode ir para o próximo vídeo. Até a próxima, pessoal!