Conheça Tony DeRose

RKA1JV Eu cresci na era Apollo, a missão da Lua, então, eu sempre quis ir para a Ciência. Primeiro, pensei que poderia ser um astronauta, como todos da minha idade, mas eu não tinha me interessado pela Matemática até entrar na sétima série. Eu estava construindo um modelo de foguetes e meu professor de Ciências da sétima série me mostrou como usar a trigonometria para calcular o quão alto os foguetes estavam indo. Eu achei muito legal que, com a Matemática, eu poderia descobrir o quão alto alguma coisa pode ir sem ter que usar uma régua enorme para isso. Na faculdade, eu descobri que poderia colocar Matemática, Ciências e computadores juntos, e isso foi a computação gráfica. E eu tive muita sorte por estar realmente no início da computação gráfica no início dos anos 80. Eu levei muito a sério isso. Depois da escola de pós-graduação, eu fui para a Universidade de Washington e comecei como professor, onde iniciei um laboratório de computação gráfica. Fiquei lá por mais ou menos dez anos. Lá, a comunidade de computação gráfica era muito pequena naquela época e todo mundo se conhecia. Eu realmente fiquei em contato com um grande número de pessoas da Pixar. Cerca de dez anos depois que eu cheguei a Washington foi quando Toy Story estava sendo finalizado. E eu pensei: "Poxa, se eu estou sempre tentando experimentar algo diferente, este é um bom momento". Eu arrisquei, deixei uma posição acadêmica e me juntei à pequena startup chamada Pixar. Quando cheguei na Pixar, um dos primeiros projetos que eu trabalhei foi o curta-metragem "O Jogo de Geri". Foi realmente emocionante, porque foi uma oportunidade para tirar um pouco da tecnologia que eu vinha trabalhando na Universidade de Washington, e realmente aplicá-la na indústria do cinema. Foi muito bem sucedida tanto criativa quanto tecnicamente. E o filme ganhou um Oscar de melhor curta-metragem naquele ano. Depois, eu ganhei um Oscar pelo trabalho técnico que eu fiz. Um trabalho que eu fiz é citado na lição de modelagem de personagens com Alonso, é a matemática da subdivisão. Eu fiz várias coisas em momentos diferentes em meus quase 20 anos na Pixar. Nos últimos dez anos, eu venho liderando o grupo de pesquisa de computação gráfica. O nosso trabalho é sair à frente das necessidades de tecnologias de filmes futuros. Nós construímos um novo simulador de cabelo para a Merida no filme "Valente". Mais recentemente, em "Inside Out", um dos pesquisadores, Kurt Fleicher, desenvolveu uma nova tecnologia que permite aos animadores criarem uma performance melhor para os seus personagens. Olhando para o futuro, nos próximos dez anos, uma coisa que estamos trabalhando duro no grupo de pesquisa é como fazer todos esses cálculos complexos em tempo real. Isso é, pelo menos, 24 atualizações por segundo. Agora, em algumas áreas, incluindo simulação, as atualizações podem levar minutos ou até horas por quadro. Começar na computação gráfica nos dias de hoje é muito mais fácil do que quando eu era criança, na verdade, quando eu era criança, a computação gráfica nem existia. Hoje, se você se interessa por computação gráfica, existem muitas oportunidades online. Você pode acessar o site blender.org e baixar um pacote de software livre que faz animação, muito parecido com as ferramentas que usamos. É gratuito e existem muitos tutoriais. Usando o blender, você pode ter uma ideia de como os artistas trabalham aqui na Pixar. Em seguida, usando o Pixar in a Box, você pode compreender alguns dos conceitos matemáticos que o blender usa. Para me divertir, durante os últimos dez anos, eu e meus filhos, na verdade, toda a minha família, nos dedicamos a construir projetos malucos para um evento anual que acontece aqui na minha região, chamado Feira do Inventor. Em 2010, por exemplo, construímos um dragão de 2 metros de altura que cospe fogo, por que não? Em 2012, construímos um voo com simulador baseado no programa de TV, Batalha Galática. No ano passado, criamos um exoesqueleto inspirado por filmes como "Elysium" e "No Limite do Amanhã. Nesses filmes, os exoesqueletos são somente adereços, então, nos perguntamos: "Poderíamos construir uma dessas coisas que realmente funcione?" Então, meu filho mais novo reuniu sete amigos e nós levamos para a feira este projeto super legal que alegrou todo mundo por lá.