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Critérios de classificação dos animais

A classificação dos animais depende fortemente dos critérios adotados para a mesma. Neste artigo vamos ver como esses critérios mudaram ao longo da história.

Introdução

Vimos no artigo anterior que os critérios usados para a classificação dos animais são importantíssimos, pois mudando os critérios, mudam os grupos formados.
Isso pode criar problemas na classificação científica dos animais na Biologia, mais precisamente na área da Taxonomia.
E assim ocorreu. Um dos primeiros objetivos da Taxonomia foi o de organizar as plantas e os animais em categorias mundiais.
Para tanto, foram usados critérios observáveis que diferenciavam os animais e as plantas, ou seja, aspectos externos.
Mas a descoberta de novas espécies de animais e plantas acabou colocando esses critérios em cheque. Por exemplo, como classificar plantas carnívoras?
Figura 1: Plantas carnívoras. Crédito: Rhododendrites, CC-BY-SA-4.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sarracenia_leucophylla_at_the_Brooklyn_Botanic_Garden_(81396)b.jpg. Acesso em: 15/01/2019.
Os critérios tiveram, então, de ser repensados para incluir não apenas aspectos externos, mas também, características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis, inclusive as relações evolutivas.
Mais recentemente foi incluída a semelhança genética entre os critérios, corroborando os parentescos entre as espécies e a teoria da evolução.
Vamos ver como foi esse processo ao longo da história.

História da classificação dos animais

Uma das primeiras tentativas de classificação que se tem conhecimento foi a de Aristóteles, por volta de 300 anos a.C. Ele dividiu os animais entre os de sangue vermelho e os sem sangue vermelho (só a título de curiosidade, as baratas não têm sangue vermelho).
Depois de Aristóteles, Lineu organizou os seres vivos em dois grandes grupos: o Reino Animal e o Reino Vegetal.
Lineu ainda classificou todos os animais conhecidos à época em sete grupos, a saber: mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes, vermes e insetos.
Com o desenvolvimento da tecnologia e dos microscópios foram revelados alguns organismos que não se encaixavam nem como animais nem como vegetais, ou seja, as algas e os fungos. E assim, em 1866, foi criado o terceiro reino, o Reino Protista.
Em 1938 e depois em 1956, Copeland propôs um sistema de classificação dos seres vivos em quatro reinos, criando o Reino Monera.
Os quatro reinos de Copeland são:
  1. Monera – bactérias;
  2. Protoctista – algas e fungos;
  3. Metaphyta – plantas;
  4. Metazoa – animais.
Em 1969, Whittaker aprimorou o sistema de classificação de Copeland e criou o quinto reino. No sistema de Whittaker todos os seres vivos foram classificados como pertencendo a um dos cinco reinos, que são:
  1. Monera – bactérias;
  2. Proctotista ou Protista – protozoários e algas;
  3. Fungi – todos os fungos;
  4. Plantae ou Metaphyta – plantas avasculares e vasculares;
  5. Animalia ou Metazoa – reúne todos os animais.
Essa classificação em cinco reinos vigora até hoje, apesar das propostas de novas classificações.

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