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A construção de calendários

Neste artigo vamos ver a relação entre os ciclos do sistema Terra-Sol-Lua e sua utilização ao longo da história visando a construção de calendários.

Introdução

O tempo rege a vida de todos nós em maior ou menor grau – a sucessão de dias e noites, dos meses, dos anos, os dias da semana, os finais de semana, as férias...
Tendo isso em mente, pense em quanto o relógio determina a sua rotina.
Você almoça porque está com fome ou porque é meio-dia?
Você acorda porque já está suficientemente descansado ou porque o despertador tocou?
Nas férias os seus horários de acordar, dormir e comer mudam ou permanecem os mesmos?
Atualmente a nossa vida é muito ditada pelos horários dos compromissos, mas isso nem sempre foi assim na história da humanidade.
É óbvio que mesmo os povos da antiguidade tinham que dormir, acordar, comer etc., mas a vida era regida pelo tempo de claridade e de escuro, ou seja, pela duração do dia e da noite.
Vamos ver como, a partir daí, as percepções dos ciclos dia e noite, das estações do ano e do próprio ano foram ficando cada vez mais marcadas e mais importantes para a humanidade.

Calendários

Egípcios, maias, astecas, assírios, babilônios, gregos, romanos, indianos, chineses e outras civilizações antigas usaram observações astronômicas para construírem seus calendários.
Vamos conhecer dois deles agora.

Calendário egípcio

Os egípcios construíram seu primeiro calendário em 4500 a.C. a partir da observação e estudo da estrela Sirius.
Ao observarem essa estrela por longos períodos eles puderam perceber que ela ficava mais brilhante justamente nos períodos das cheias do Rio Nilo, época em que as terras ao seu redor eram alagadas e ficavam mais férteis.
Eles passaram, então, a usar essa estrela para definir o início do ano.
O primeiro dia do ano egípcio foi definido como aquele no qual a estrela Sirius brilhava intensamente no horizonte logo antes do nascer do Sol.
Por volta de 3 mil anos a.C. o calendário egípcio já possuía 365 dias agrupados em 12 meses. Cada um dos meses possuía 30 dias, dando um total de 360 dias.
Os 5 dias que faltavam para completar os 365 não eram fixados no calendário, pois eram dedicados à festa da colheita e eram adicionados quando ela ocorria.
Na tabela abaixo mostramos o calendário egípcio com os seus meses.
Tabela 1: Calendário egípcio
MesesDias
Thoth30
Paophi30
Athir30
Choiac30
Tybi30
Mechir30
Pharmenothi30
Pharmouti30
Pachon30
Payni30
Epiphi30
Mesori30
Festa da colheita05
Eles consideram apenas 3 estações, determinadas pelo fluxo do Rio Nilo. São elas: estação das cheias e enchentes; estação do plantio ou semeio e estação da colheita.

Calendário muçulmano

O início do calendário dos povos árabes é marcado pela fuga do profeta Maomé de Meca para Medina, ocorrida em 16 de julho de 622 no calendário grego-romano.
O calendário muçulmano possui 354 dias, organizados em 12 meses alternados com 30 ou 29 dias.
O dia para eles não começa à meia-noite, mas sim com o surgimento da Lua.
A Lua também marca o início dos meses, que devem coincidir com a Lua Nova.
Na tabela abaixo apresentamos a estrutura do calendário muçulmano.
Tabela 2: Calendário muçulmano
MesesDias
Moharrem30
Safar29
Rabi I30
Rabi II29
Djumada I30
Djumada II29
Radjeb30
Chaaban29
Ramadhan30
Chaual29
Dhulcada30
Dhulhidjah29
Eles consideravam quatro estações no ano, a primavera, a época de seca, a época de germinação e a época de muito calor.
A primavera compreendia os meses Rabi I e II, possuindo 59 dias.
O período de seca também possuía 59 dias, compreendendo os meses de Djumada I e II.
A época de germinação era um período de 29 dias no mês de Chaaban.
Por fim, o Ramadhan era a época de muito calor.
Atente que as estações do ano não compreendiam o ano inteiro, mas marcavam alguns períodos importantes para as plantações.
O tempo foi passando e os calendários foram se alterando.
No Brasil adotamos o calendário baseado no criado por Júlio César no ano 46 a.C., mas que passou por várias modificações para chegar a sua forma atual.
É importante ressaltar que atualmente nosso calendário considera os movimentos do Sol e da Lua e que as estações do ano são marcadas pela variação da quantidade de radiação solar recebida ao longo do ano.

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