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Curso: Ciências EF: 4° ano > Unidade 6
Lição 1: O campo magnético terrestre e a bússola- Campo magnético da Terra
- A bússola
- O campo magnético terrestre
- Bússola: qual lado é o norte?
- Construção da bússola (direção da imantação)
- Desafio da bússola
- Ímã flutuante
- Construção de bússola (orientação de ímã)
- Determinação dos pontos cardeais pela bússola
- Neutralizando uma bússola
- A bússola
- Interações com a bússola
- Pontos cardeais, gnômon e bússola
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A bússola
Nesta videoaula vamos mostrar como uma bússola funciona e como ela deve ser usada.
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- 8:29mano que bixos sao esses que captam essas cois._.(1 voto)
- o sol e maior do q o universo(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA3JV - Olá, alunos da
Khan Academy Brasil. Tudo bem com vocês? Nesta aula, vamos falar sobre a bússola. Eu começo perguntando o seguinte: como é que vocês fazem para saber
para onde estão indo em sua cidade? Ou onde vocês estão no planeta? Atualmente, nós usamos
um sistema que chama GPS. Esta sigla está em inglês, mas significa Sistema
de Posicionamento Global. Outros exemplos que
nós podemos citar são o Google Maps e o Waze,
que a gente utiliza no carro. Mas antigamente o GPS não existia. Em especial, porque o GPS
é feito com satélites, que é uma tecnologia
que surgiu nos anos 1950. Então, como é que as pessoas sabiam
que estavam indo na direção certa? Como elas sabiam onde estavam? Eu vou apresentar para vocês
um instrumento que faz isso. Vamos começar apresentando
esta figura aqui que representa o início da nossa bússola e que foi inventado pelos
chineses no século I. Aqui temos um prato de formato quadrado
representando a Terra. E um objeto na forma de uma concha, cujo cabo sempre apontava para o Sul, representando a constelação
da Ursa Maior. Durante muito tempo
este sistema foi usado, mas após um tempo os chineses
viram que ele era falho. Porque se alguém mexia na tábua, ou se acontecesse alguma coisa, a colher deixava de apontar para o Sul. Assim, criaram um novo sistema. Depois de 900 anos, ou seja, lá nos anos 900 eles
desenvolveram um sistema que utilizava uma folha de ferro
que tinha o formato de um peixe. Este peixe de metal era aquecido até ficar incandescente e depois era colocado
em água para se resfriar. Como está demonstrado
aqui na figura, o peixe era colocado
em um balde com água. A tendência era que
por aquecer e resfriar, este peixe desenhado
na folha de ferro, teria sua cauda apontada
para o Norte, enquanto a parte maior do peixe estaria voltada para o Sul. Desta forma, este peixe
ficou conhecido como o peixe que aponta para o Sul. Este foi o princípio
de uma bússola. A parte de aquecer e resfriar servia
para magnetizar este ferro, depois eles substituíram este peixe
neste balde de água por uma agulha com um fio de seda. O que deu um formato
um pouco mais parecido com o que a gente conhece
hoje como bússola. Só em 1302 um marinheiro
chamado Flávio Gioia colocou essa agulha que
os chineses tinham inventado, sobre uma estrutura que era
um tipo de desenho chamado rosa dos ventos, que indicavam os pontos cardeais, os colaterais e subcolaterais da Terra. Pouco tempo depois, em 1417, uma escola chamada escola de Sagres, que era conhecida por desenvolver
tecnologias marinhas, fez a bússola que a gente conhece
até hoje com tampa de vidro. Esta tampa de vidro, que você
pode ver neste desenho, foi responsável por fazer
com que a agulha não sofresse nenhum tipo de alteração
dos elementos externos como o vento, outros metais ou coisas do tipo. Só em 1825 houve um tipo
de revolução nessa área. Quando William Sturgeon
descobriu o eletromagneto, que nada mais é que a passagem
de uma corrente elétrica através de um metal para
gerar um campo magnético. Com isso, ele conseguiu gerar um ímã. Na verdade, um eletroímã. A partir disso, surgiram diversos
tipos de bússolas. Mas eu falei para vocês
da rosa dos ventos. Então, vamos falar um pouco sobre ela. A rosa dos ventos começou com os pontos que a gente
chama de pontos cardeais. O Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Sendo o Norte apontado
sempre para cima. O Sul sempre para baixo. É possível encontrar também na literatura, ou em alguns desenhos, vocês vão ver bastante isso, estes polos com os nomes em inglês. Então, a gente vai ter o Norte como "N",
não vai mudar. O Sul como "S",
este também não vai mudar. Já o Leste e o Oeste
serão modificados. O Leste vai ser substituindo
pela letra "E" de East. O Oeste vai ser substituído
pela letra "W" de West. Após a identificação dos pontos cardeais,
a gente tem um problema, porque, e se eu tiver um ponto
mais ou menos nesta região aqui, como é que eu vou chamar? Ele está no Norte ou está no Oeste? Onde que ele está? Por isso, foi criado um novo sistema onde nós temos os pontos colaterais. O ponto colateral é o intermédio
entre o Oeste, aqui o "W", e entre o Norte. Neste caso aqui, entre o Oeste e o Norte
nós vamos ter o NW, ou no Brasil NO, tanto faz. Daí nós temos o Noroeste. neste caso aqui o Nordeste,
Sudeste, Sudoeste. É uma forma de você dividir. E se você reparar bem, a gente ainda tem mais pontos
aqui entre eles, certo? Estes pontos também tem um nome, são chamados de subcolaterais. Eles ficam entre os pontos cardeais
e os pontos colaterais. Então, você vai ter o Nor-nordeste,
o Oés-noroeste, o Lés-nordeste,
o Sul-sudoeste. Daí já ficou um pouco mais complicado
e este não é o objetivo da aula. Mas nós iremos falar um pouco mais
sobre pontos cardeais em uma outra aula
da Khan Academy Brasil. Aqui nós temos desenhos de como
eram as rosas dos ventos antigamente. Muitas vezes nem tinham as letras
para a gente poder se orientar. Era bem estranho, não é? Mas como funciona a bússola? Não é tão difícil quanto
as pessoas imaginam. A bússola nada mais é
do que um pequeno ímã. Então, é assim, ela é composta de uma caixinha
com tampa transparente. Nesta caixinha, há um desenho
com a rosa dos ventos e uma agulha metálica magnetizada
que se movimenta livremente sobre ela, apontando sempre a direção
do polo Norte da Terra. Porque a agulha é atraída
para essa região do planeta. Isso ocorre em razão da grande
quantidade de ferro derretido no interior da Terra, que funciona como um ímã e atrai
a agulha magnetizada da bússola. Outra coisa legal, é que a bússola sempre está associada
a algum tipo de desenho, a rosa dos ventos, a um mapa,
a alguma coisa. Sozinha ela vai mostrar
onde é o Norte, mas nada além disso. Então, você não vai conseguir
se orientar muito bem só com o Norte. Então, é preciso a utilização
de um mapa, de alguma coisa
para se orientar, como as estrelas,
por exemplo. É algo útil quando a gente
está falando de bússola. Outra coisa muito legal que eu
queria destacar para vocês é que existem alguns animais
que conseguem fazer isso naturalmente. Na Austrália, lá em Darwin, Darwin é o nome de uma cidade, existe um parque onde os cupinzeiros estão sempre orientados
de Leste para Oeste. Outros exemplos de animais que também
sabem se orientar são os migratórios. Por exemplo, aves, borboletas, ou outros animais que fazem
grandes migrações. Eles possuem órgãos com estruturas que conseguem perceber o campo
eletromagnético da Terra e utilizar esse tipo de orientação para realizar grandes
migrações pelo Planeta. E é isso, eu espero que vocês tenham
gostado da aula e que tenham aprendido
um pouco mais sobre orientação. Ficamos por aqui.