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Ciências EF: 4° ano
Curso: Ciências EF: 4° ano > Unidade 3
Lição 2: Fluxo de energia e de matéria na naturezaFluxo de energia e ciclo da matéria
Nesta videoaula vamos apresentar tanto o fluxo de energia quanto o ciclo da matéria na natureza, para tanto definiremos seres autotróficos e heterotróficos e cadeias alimentares.
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- tem em um video no khan academy(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA3JV - Olá, alunos
da Khan Academy Brasil. Nesta aula, falaremos sobre o fluxo
de energia e cadeias alimentares. E eu vou começar mostrando para vocês os representantes de cada nível
de uma cadeia alimentar. Nesta imagem, você vê uma planta
com o Sol do lado. As plantas são consideradas
seres autotróficos, ou seja, elas são capazes de
produzir o próprio alimento. Elas são consideradas seres
produtores de energia, porque são capazes de utilizar o Sol e os nutrientes da terra
para produzir energia com eles. Este processo é chamado de fotossíntese. Quem faz a fotossíntese são as plantas,
as algas, algumas bactérias e alguns protozoários. Vale ressaltar, só por curiosidade, que existem algumas plantas que
são chamadas de plantas carnívoras. Mas, apesar de consumirem material
orgânico de origem animal, como você pode ver aqui nesta imagem, elas também são consideradas produtoras. Porque apesar de utilizarem os nutrientes
da carcaça dos animais que elas comem, também são capazes
de fazer a fotossíntese. Logo, quem faz fotossíntese
por obrigação vai ser autotrófico. Aqui você pode ver uma lagarta
se alimentando de uma planta. Este animalzinho é um bom
exemplo de um ser heterotrófico. Ou seja, ele é consumidor. O que quer dizer que, neste caso, ele come plantas para obter
a energia que ele precisa. A lagarta é herbívora, e os herbívoros são um grupo
que se alimenta de vegetais. Por isso, são considerados heterotróficos, porque não produzem
o seu próprio alimento. Os carnívoros e os onívoros
também são heterotróficos, embora se alimentem de outros animais ou de animais e vegetais. Como no caso dos onívoros, algumas bactérias, protozoários, e fungos também são heterotróficos. Por fim, nós temos um outro grupo, que é o grupo dos decompositores
e detritívoros, que podem ser animais, podem ser fungos
e podem ser algumas bactérias. Estes organismos se alimentam
de matéria orgânica morta proveniente de todos os outros grupos. Ou seja, dos autotróficos
e dos heterotróficos. Agora, vamos olhar
algumas cadeias alimentares. A cadeia alimentar é composta por níveis que podem ser
classificados em ordem, como produtores sendo
as plantas em geral os produtores. Aqueles animais que comem as plantas, são os considerados
consumidores primários, e eles são herbívoros ou onívoros. Você deve estar achando estranho este rato aqui como
consumidor primário, não é? Afinal, um rato se alimentando de planta,
como assim? É porque este rato aqui
é o rato silvestre. E é isso mesmo,
ele se alimenta de plantas, diferente dos ratos que são
encontrados nas cidades. Seguindo aqui na nossa cadeia alimentar, os consumidores secundários são aqueles
que comem os consumidores primários. Por isso, secundário de segundo. Nota-se que a partir daqui
temos os carnívoros. Os consumidores terciários são aqueles que comem
os consumidores secundários, e por aí vai. Vale lembrar que, mesmo nesta cadeia, a pesar do desenho não mostrar aqui, nós temos decompositores que vão fazer a decomposição do
material orgânico de todo mundo, dos produtores,
dos consumidores primários, secundários, terciários,
e os demais. Mas aí eu pergunto para vocês: eu posso ter um consumidor primário,
um secundário, um terciário, um quaternário,
um quintenário, e mais um monte de consumidores? Será que eu consigo ter uma
cadeia alimentar muito grande? Vocês conseguem imaginar isso? Eu vou falar para vocês que não. Existe sim um limite, e este limite está relacionado
com a quantidade de energia que é passada para os grupos subsequentes. Então, olhem este esquema
aqui no fluxo de energia. Os produtores, neste exemplo, vão produzir mais ou menos
10 mil quilocalorias. Quilocaloria é a unidade
que a gente usa para determinar a quantidade de energia. Então, eles produzem 10 mil quilocalorias. Mas, durante a vida deles, eles vão gastar essas quilocalorias,
vão perder essa energia. E fazendo o quê? Respirando, eliminando algum tipo
de substância que eles comem, que eles produzem,
se reproduzindo. Então, você tem muita perda de energia aí. E daí quando o consumidor primário que, neste caso aqui,
dessa nossa figura, é o coelho, quando ele comer os produtores, ele não vai ter estas 10 mil
quilocalorias iniciais. Ele vai ter só 1.000 quilocalorias
para utilizar. E daí, o coelho também vai
precisar procurar alimento, respirar, se reproduzir, fugir de predadores. E ele também vai ter uma perda de energia fazendo essas coisas e, por isso, quando o consumidor secundário
comer o consumidor primário, ele não vai obter as 1.000 quilocalorias,
mas só 100 quilocalorias. A serpente, que é o nosso
consumidor secundário, também vai perder energia, fazendo todas as coisas
que eu já comentei. E quando a águia comer essa serpente, ela só vai receber 10 quilocalorias
nesta sequência de cadeia alimentar aqui. Desta forma, um produtor
vai produzir 10 mil quilocalorias, mas, desta energia inicial, só chegará 10 quilocalorias
ao consumidor terciário. Logo, a gente não pode imaginar
que existem cadeias muito longas, porque a quantidade de energia
que vai ser gasta aqui, não vai sustentar uma vida. Então, sim, existe um limite. As cadeias alimentares não precisam
ser, necessariamente, de três níveis como esta
que a gente mostrou. Existem cadeias de cinco níveis. Mas elas não costumam passar disso. A gente tem que lembrar, também,
que, depois de tudo isso, cada um desses consumidores sofrerá
a ação dos decompositores e dos detritívoros que vão trazer
toda essa energia e nutrientes ainda contidos nestes seres mortos
para os produtores utilizarem novamente. Os detritívoros, que são minhocas
e muitos outros animais, consomem a matéria orgânica, que, após passar pelo
processo de digestão, é eliminada para o ambiente
em partículas muito pequenas. O que facilita a ação
dos decompositores, que são fungos e algumas
espécies de bactérias. Viu como eles são seres
importantes no ambiente? Agora, olhe esta figura aqui. O que você consegue imaginar
com esta figura? É uma cadeia alimentar? É muito confusa, não é? Você consegue identificar
aqui os produtores, um consumidor primário
aqui, aqui, e aqui. Aqui você tem várias opções. Por exemplo, as plantas
que são produtores, vão ser comidas pelos roedores, que são consumidores primários. As emas, que são consumidores secundários, comem os roedores, e o jacaré come a ema. Então, ele é um consumidor terciário. Agora, vamos por esta sequência aqui. As plantas que são produtoras vão
alimentar os insetos, que são consumidores primários, que vão alimentar os sapos,
que são secundários, e, depois, as sucuris terciárias e,
agora, os jacarés quaternários? Então, você vai ter o jacaré sendo um consumidor terciário
e quaternário ao mesmo tempo? Sim, é possível! Aqui está sendo representada
não uma cadeia alimentar, mas uma teia alimentar, que é uma sequência
de cadeias alimentares, todas inseridas uma dentro da outra. Mas este é um assunto muito mais complexo
que vai ser descrito em outra aula. Então, nós ficamos por aqui. Eu espero que vocês tenham
gostado da nossa aula. Até a próxima!