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Os ciclos do carbono

Nesse artigo apresentamos os dois do ciclos do carbono, o que engloba fatores abióticos e o que engloba fatores bióticos da natureza.

Introdução

Você já ouviu alguma vez a frase "na natureza nada se cria, tudo se transforma"?
Ela tem algumas outras versões, por exemplo, "na natureza nada se perde, tudo é reaproveitado".
Aliás, essa segunda versão é muito usada nas famílias – ou deveria ser!
Ela está relacionada com o consumo consciente e a diminuição do desperdício.
Sabe o risoto ou o bolinho de arroz que é feito com a sobra do arroz? Ou o croquete que é feito com a sobra de carne?
Na sua casa são feitas essas receitas?
Existem até brincadeiras que envolvem o reaproveitamento dos alimentos; alguns dizem que é uma comida japonesa “sô-bo-rô”; outros dizem que é a comida francesa “restô-dontê”.
Mas, brincadeiras à parte, evitar o desperdício é extremamente importante.
É tão importante que a própria natureza faz isso com seus elementos.
Como isso acontece?
Já vimos a fotossíntese, a respiração dos seres vivos e o fluxo de energia na natureza, certo?
Te pergunto, esses processos estão relacionados?
Pense um pouco a respeito.
Sabemos que a energia entra nas cadeias alimentares através da fotossíntese realizada pelos seres autótrofos.
Sabemos também que a respiração libera CO2 ou dióxido de carbono.
Partindo do princípio de que na natureza nada se perde, que tudo é transformado e reaproveitado, fica a pergunta: como esses processos se fecham em um ciclo? Porque eles devem sim se fechar em um ciclo.
É o que veremos agora, pelo menos com relação ao carbono.

Os ciclos do carbono

Sabemos que a respiração dos seres vivos libera CO2 na atmosfera, e que a fotossíntese resgata e utiliza o CO2 da atmosfera para produzir energia.
Se esses dois processos estiverem equilibrados, a quantidade de CO2 liberada e a quantidade resgatada pelos seres autótrofos será praticamente a mesma, mantendo quase constante a concentração desse gás no ar.
Mas o carbono não participa apenas desses dois processos.
Existem outros que envolvem a liberação ou a emissão do carbono para a atmosfera, e aqui entram tanto processos naturais quanto atividades dos seres humanos.
Entre ele podemos citar, por exemplo, a degradação dos seres vivos pelos decompositores e a queima de combustíveis fósseis como o petróleo e seus derivados.
A Figura 1 ilustra o ciclo completo do carbono, considerando todos esses processos.
Figura 1: O ciclo do carbono. Crédito: imagem modificada de Gtyogui, CC-BY-SA-4.0. Disponível em: Wikimedia commons. Acesso em: 21/05/2019.
Observe na figura que o ciclo do carbono engloba a terra, o oceano, os combustíveis fósseis, a atmosfera e a vegetação.
Atente que as flechas voltadas para cima assinalam os agentes que liberam ou emitem carbono na atmosfera, a saber: o solo, as florestas, os combustíveis fósseis, a superfície dos mares e a vegetação.
Cabe ressaltar que, embora não esteja explicitado na figura, quando falamos de liberação de CO2 pela vegetação podemos ampliar esse termo e considerar a liberação desse gás por todos os seres vivos (animais e vegetais) durante o processo de respiração, pois todos exalam CO2 na expiração.
Da mesma forma, podemos englobar as plantações nas florestas, e todos os processos de extração de recursos naturais e de produção industrial que envolvem os combustíveis fósseis nos combustíveis fósseis.
Certo?
Vamos voltar à figura; as flechas para baixo indicam a retirada do carbono da atmosfera ou sequestro de carbono.
Atente que são indicadas por essas flechas somente a vegetação, o reflorestamento e a biota da superfície dos mares - essa última composta pelas bactérias fotossintetizantes e algas unicelulares.
Isso porque tanto as plantas (vegetação e florestas) quanto as algas do fitoplâncton são seres autótrofos, ou seja, realizam fotossíntese.
Até aqui tudo bem. Mas por que o reflorestamento aparece na figura?
Porque as florestas conseguem resgatar de 20 a 100 vezes mais carbono do que as plantações, dependendo da espécie cultivada. Por exemplo, normalmente as plantações de arroz sequestram menos carbono do que as de café, observe as duas na Figura 2.
Figura 2: Uma plantação de café (esquerda) e de arroz (direita). Créditos: FCRebelo (CC-BY-SA-3.0-migrated) e Fontela01 (CC-BY-SA-3.0), Wikimedia commons. Acesso em: 26/07/2019.
Comparando as plantações é possível compreender por que isso acontece. Observe que a planta do café é muito mais robusta e frondosa do que a do arroz.
A parte do ciclo que envolve a terra, os oceanos e os combustíveis fósseis é chamada de parte geoquímica do ciclo do carbono. Ela será estudada posteriormente junto com os combustíveis fósseis.
A parte do ciclo que envolve os seres vivos é chamada de parte biológica do ciclo do carbono e será vista em outro artigo.
Mas já deu para perceber a importância do carbono na natureza, não é?

Referências

O ciclo do carbono. Acesso em: 21/05/2019.
Do que somos feitos?. Acesso em: 21/05/2019.
Abundância dos elementos. Acesso em: 21/05/2019.

Referências das figuras

Figura 2, esquerda: Plantação de café
Figura 2, direita: Arrozal

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