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Doenças bacterianas

Neste artigo estudamos as doenças bacterianas, ressaltando sintomas e formas de prevenção.

Introdução

Você já teve diarreia ou intoxicação alimentar?
Se a sua resposta foi sim, então, você já foi vítima de uma bactéria!
Eu já tive uma forte intoxicação alimentar provocada por uma coxinha – na verdade, provocada pelas bactérias presentes na coxinha que comi.
Foram três dias com vômitos, febre e diarreia, nem água parava no meu estômago. Acabei parando no hospital para tomar medicação intravenosa, ou seja, na veia.
Figura 1: A bactéria Streptococcus pyogenese (em amarelo) ligada a um neutrófilo humano. Crédito: National Institutes of Health, domínio público. Acesso em: 26/11/2018.
Mas as bactérias não provocam apenas vômitos e diarreia. São várias as doenças transmitidas por bactérias e várias as formas de transmissão.
A tuberculose, a coqueluche e a pneumonia, por exemplo, são doenças do sistema respiratório transmitidas pelo ar contaminado com bactérias provenientes da tosse ou espirro de uma pessoa doente.
As bactérias transmissoras do tétano e da leptospirose penetram por cortes ou ferimentos na pele.
Por fim, as doenças bacterianas do sistema gastrointestinal são transmitidas por alimentos ou água contaminados. Essas doenças são um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. Principalmente as transmitidas pelas bactérias Salmonella spp., Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp., Bacillus cereus, Vibrio cholerae e Clostridium perfringens.
Vamos ver agora algumas dessas doenças.

Cólera

A cólera é uma infecção intestinal aguda, causada pela Vibrio cholerae.
Figura 2: Vibrio cholerae. Crédito: Zeimusu, domínio público. Acesso em: 26/11/2018.
Os principais sintomas são diarreia intensa e aquosa, dor abdominal e câimbras. O doente pode ainda apresentar vômitos, ou não.
Algumas pessoas podem estar infectadas com a bactéria e não apresentar nenhum sintoma da doença (assintomático) por meses ou até mesmo por anos. Isso é muito sério, porque eles podem se tornar transmissores da doença sem saber.
A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes ou vômitos do doente ou de um portador assintomático da doença.
Enquanto houver eliminação da bactéria nas fezes e vômitos, existe a possibilidade de contaminação. É importante ressaltar que mesmo após a cura existe a eliminação da bactéria durante alguns dias, por isso os cuidados em relação à higiene devem ser sempre mantidos.
A deficiência do abastecimento de água tratada, o destino inadequado dos dejetos e as cidades e ou lugares com um grande número de habitantes, aliados à higiene inadequada, à alimentação precária e à falta de conhecimentos favorecem a ocorrência e a disseminação da doença no Brasil.
Quando não tratada a taxa de mortalidade por cólera chega a 50% dos casos.
Por isso os cuidados com os vômitos e as fezes dos pacientes são extremamente importantes, e também os hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro e após o contato com fezes e vômitos.

Coqueluche

Doença infecciosa aguda transmitida pelo Bordetella pertussis, caracterizada por episódios violentos de tosse seca.
A coqueluche é encontrada no mundo todo, é extremamente contagiosa e compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios).
Figura 3: Uma colônia de Bordetella pertussis crescida em placa de Petri. Crédito: CDC Public Health Image Library, domínio público. Acesso em: 19/11/2020.
A coqueluche se divide em três etapas:
1ª etapa – a doença inicia com febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza (conhecido popularmente como nariz escorrendo) e tosse seca. Aos poucos as crises de tosse seca aumentam, ficando cada vez mais intensas e frequentes, até chegar a violentos acessos de tosse. Esta etapa dura entre 1 e 2 semanas.
2ª etapa – caracterizada por grandes e violentos acessos de tosse, durante os quais o doente não consegue respirar. Esses episódios de tosse são seguidos por uma inspiração forçada, prolongada e barulhenta (um guincho) e vômito. Nesta etapa a febre nem sempre está presente, mas alguns pacientes podem ter picos ao longo do dia. Esta etapa dura entre 2 e 6 semanas.
3ª etapa – as tosses violentas diminuem, sendo substituídas por tosse comum. Esta etapa pode durar de 2 semanas até 3 meses. O reaparecimento da doença é comum na falta de cuidados, voltando à 1ª etapa.
A transmissão da coqueluche se dá pelo contato direto com as secreções eliminadas pela tosse, espirro e pela fala da pessoa doente.
A pessoa torna-se imune à coqueluche após adquirir a doença ou após receber a vacinação adequada.

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