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A descoberta da penicilina

Neste artigo vamos ver como se deu a descoberta do primeiro antibiótico da história, a penicilina em 1928.

Introdução

A medicina hoje está muito desenvolvida e temos vários remédios e antibióticos a nosso dispor para tratar inúmeras doenças e amenizar seus sintomas.
E nós somos muito gratos por isso, pelo menos eu sou. Imagine ficar sentindo dor, ninguém merece!
Mas isso nem sempre foi assim.
O primeiro antibiótico só foi descoberto em 1928, após a 1ª Guerra Mundial, a penicilina.
Até então as pessoas podiam morrer por conta de infecções que hoje são facilmente curadas, por exemplo, por um corte causado por um caco de vidro ou uma perfuração causada por um prego.
Figura 1: Queimadura infeccionada na perna de um paciente. Crédito: Pumpmeup, CC-BY-SA-3.0,2.5,2.0,1.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Legburn1.JPG. Acesso em: 20/02/2019.
Vamos ver agora como a penicilina foi descoberta.

A descoberta da penicilina

Alexander Fleming nasceu na Escócia em 1881.
Quando estava com 25 anos, em 1906, formou-se em medicina.
Serviu na 1ª Guerra Mundial como médico oficial inglês.
Os horrores e sofrimentos que presenciou na guerra fizeram com que Fleming passasse a se dedicar a descobrir uma forma de diminuir o sofrimento dos soldados e salvar vidas interrompidas por processos infecciosos.
Figura 2: Tratamento médico em hospital da 1ª Guerra Mundial. Crédito: British official photographer, domínio público. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Medicine_during_the_First_World_War-_Base_Hospitals_Q33472.jpg. Acesso em 20/02/2019.
Assim, após a guerra, passou a estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pela maioria das infecções das feridas provocadas por armas de fogo.
Fleming decidiu tirar uns dias de férias enquanto suas culturas de bactérias cresciam.
Assim que voltou notou que havia se esquecido de cobrir as culturas.
Ao examiná-las percebeu que algumas foram contaminadas pelo bolor Penicillium notatum, que de alguma forma chegaram a seu laboratório e se depositaram nas placas de suas culturas.
Figura 3: Bolor de pão. Crédito: Sonali Thimmiah, CC-BY-4.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bread_mould.jpg. Acesso em: 20/02/2019.
Ao examinar atentamente, Fleming percebeu que em torno do bolor não havia nenhuma bactéria, ou seja, o bolor de alguma forma bloqueava o crescimento das bactérias.
Figura 4: Crescimento das bactérias bloqueado pela penicilina. Crédito: imagem modificada de Дёрте Вилкен, domínio público. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Penicillin_bild.png. Acesso em: 20/02/2019.
E assim, por obra do acaso, foi descoberto o primeiro antibiótico da história.
A penicilina foi isolada por Ernst Chain e Howard Florey dez anos após a descoberta de Fleming, em 1938.
Florey testou a penicilina em culturas de oitenta tipos diferentes de bactérias, comprovando sua eficácia.
Em 1940, a penicilina foi utilizada pela primeira vez em um ser humano que continha uma grave infecção sanguínea.
Com o advento da 2ª Guerra Mundial surgiu a possibilidade de a penicilina ser amplamente testada com sucesso na cura de inúmeros processos infecciosos.
Figura 5: Produção de penicilina em grandes quantidades. Crédito: Science Museum, London, CC-BY-4.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Penicillin_fermentation_vessel,_England_Wellcome_L0059171.jpg. Acesso em: 20/02/2019.
E assim foi iniciada a era da busca de antibióticos eficazes contra todos os tipos de bactérias conhecidas.
Hoje sabemos que o uso indiscriminado dos antibióticos estão gerando populações de superbactérias, que são cada vez mais resistentes a todo tipo de medicação.
Dessa forma, mesmo tendo acesso a todos os tipos de antibióticos nas farmácias, eles devem ser usados com parcimônia e apenas com prescrição médica.

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