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Vírus da zika
Nesse artigo vamos conhecer o vírus da zika e os cuidados que devem ser tomados para evitar tanto a transmissão quanto a contaminação pela doença.
Introdução
Você percebeu que de uns tempos para cá os noticiários e jornais falam muito em dengue, chikungunya e zika? Principalmente da necessidade de combate?
Dependendo do lugar do Brasil onde você mora, além de ter visto nos noticiários você deve ter recebido a visita da vigilância sanitária.
Eu moro no sul da Bahia e recebi.
O agente vistoriou todo o quintal da minha casa procurando possíveis focos de criação do mosquito Aedes aegypti, ou seja, água parada ou empoçada.
Por que esse mosquito?
Porque ele é o vetor de transmissão dessas três doenças.
E não apenas no Brasil!
Ele tem sido relacionado à zika na África, no sudoeste da Ásia, nas Américas e na região ocidental do Pacífico.
Não é pouca coisa.
Apesar de o mosquito voar apenas por volta de 400 metros, ele pode ser levado de um país a outro pelos meios de transporte aéreos, aquáticos e terrestres, por exemplo, por aviões, trens e barcos.
Algumas companhias aéreas dedetizam as aeronaves depois que os passageiros embarcam e a porta do avião é fechada, mas nem sempre isso é eficiente.
Um mosquitinho pode ficar bem escondido no fundo da bolsa e sobreviver.
Posso garantir que essa é uma carona que ninguém gostaria de dar, principalmente sabendo que o mosquito prefere sangue humano a sangue animal.
Uma das formas mais imediatas de combater essas doenças é impedindo a proliferação desse mosquito, visto que ainda não existe vacina contra a zika.
Daí vem a importância de seu combate e das campanhas para não deixar água parada.
A zika em si não é uma doença muito perigosa ou com sintomas muito severos, com exceção das mulheres gestantes. Nesse caso, sim, a zika pode causar sérias complicações.
Vamos conhecer a zika.
O vírus da zika
O vírus da zika foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015.
A principal forma de transmissão da doença associada a ele é ainda através da picada do mosquito infectado.
Mas, infelizmente, o vírus da zika já foi detectado no sangue, nos fluidos sexuais, na urina, no líquido amniótico (aquele onde o bebê fica imerso durante a gestação) e na saliva, indicando que ele pode ser transmitido também por essas substâncias.
Assim, o contato com os fluidos de pessoas infectadas deve ser evitado.
Já a doação e transmissão de sangue só pode ser efetivada após a realização de exames que verificam a presença ou não do vírus.
O problema é que as pessoas podem nem saber que estão infectadas com o vírus da zika porque os sintomas dessa doença são normalmente leves.
Vamos conhecê-los agora.
Sintomas da zika
Os sintomas mais comuns da zika são mostrados na Figura 3.
Destes, os mais comuns são a febre baixa e a vermelhidão na pele com erupções e coceira, que aparecem alguns dias após a picada do mosquito.
Cerca de 80% das pessoas infectadas apresentam apenas esses sintomas.
Mas algumas pessoas podem ter também inchaço, dor de garganta, conjuntivite, cansaço, dores musculares e nas articulações, tosse e vômito.
Independentemente disso, os sintomas costumam durar apenas entre dois e sete dias.
O maior problema da zika é quando ocorre a contaminação de gestantes.
Nesses casos, a presença do vírus na mãe está associada à microcefalia do bebê.
A microcefalia é a parada do desenvolvimento e crescimento da cabeça do bebê. Veja na ilustração da Figura 4 a comparação do tamanho da cabeça de um bebê com microcefalia com outro saudável.
Bebês e crianças com microcefalia podem ter seu desenvolvimento comprometido, tanto a parte motora quanto a relacionada com a aprendizagem.
Eles podem apresentar também movimentos involuntários, convulsões, problemas de deglutição, problemas de audição e visão, além de anomalias cerebrais.
Prevenção da zika
No início do artigo falamos da importância de evitar a proliferação do mosquito Aedes.
Acredito que agora você deve ter entendido por que é tão importante evitar o acúmulo de água parada.
Mas existe outra forma também, que é evitar ser picado pelo mosquito contaminado.
Como não é possível diferenciar o mosquito contaminado de um mosquito comum, o melhor a fazer é evitar picadas de mosquitos em geral.
Você deve saber como fazer isso. Sabe?
Usar repelentes, mosquiteiros, blusas com mangas compridas, calças compridas, ter telas antimosquito nas janelas e portas, certo?
Você tem feito isso?
Como você tem se cuidado?
Referências
Perguntas e respostas sobre o vírus da zika e suas consequências. Acesso em: 20/05/2019.
Zika: sintomas, transmissão e prevenção. Acesso em: 20/05/2019.
Epidemia do vírus zika e microcefalia no Brasil: emergência, evolução e enfrentamento. Acesso em: 20/05/2019.
Referências das figuras
Figura 1: Mosquito Aedes aegypti
Figura 2: Vírus da zika
Figura 3: Sintomas da zika
Figura 4: Microcefalia
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