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Consumo consciente

Neste artigo vamos refletir sobre os hábitos de consumo e a importância do consumo consciente, abordando principalmente o uso dos recursos naturais na produção dos bens de consumo.

Introdução

Existem pessoas que são consumistas ao extremo, daquelas que todas as vezes que saem de casa precisam comprar alguma coisa, nem que seja um chocolate.
No outro extremo existem pessoas que são muito econômicas, que não gostam de comprar nada. Essas pessoas normalmente não seguem tendências e usam seus bens até o limite de funcionamento ou qualidade.
Onde você se encontra entre esses extremos? Reflita um pouco sobre seus hábitos de consumo.
O problema do consumismo é tanto a utilização intensa dos recursos naturais, quanto a produção de lixo – lembrando que a porcentagem de reciclagem de lixo no Brasil ainda é muito baixa, em torno de apenas 3%.
Existe um conceito hoje chamado de pegada ecológica, ele determina quantos planetas Terra seriam necessários em termos de recursos naturais para manter o estilo de vida de cada cidadão.
Você já determinou sua pegada ecológica?
Entre no site pegada ecológica e descubra a sua, é bem interessante. Meu teste deu uma pegada ecológica boa, com pontuação igual a 54.

Consumo consciente

Consumir dentro de limites não prejudiciais a si mesmo e ao planeta é extremamente saudável e natural. Desde que nascemos consumimos água, ar e alimentos para viver, da mesma forma que os outros seres vivos.
Nós, seres humanos, diferentemente dos outros animais, consumimos também roupas e sapatos (e conforme crescemos, engordamos, emagrecemos precisamos comprar roupas e sapatos novos) e bens de consumo como, por exemplo, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, meios de locomoção, perfumes, videogames, enfim, uma lista extensa de coisas.
E é aqui que mora o perigo, que é quando esse consumo de bens e serviços ocorre de forma descontrolada e exagerada, afetando inclusive o equilíbrio do planeta.
Figura 1: Corrida a uma loja na liquidação de black friday. Crédito: Powhusku, CC-BY-SA-2.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Black_Friday_by_Powhusku.jpg. Acesso em: 13/11/2018.
Para você ter uma ideia de como isso é sério dê uma olhada no site worldometers. A página mostra a cada instante a população mundial e indicadores relacionados a sociedade e mídia, meio ambiente, alimentação, água, energia e, por fim, saúde.
Atente para o consumo de bens materiais (celulares e televisores), consumo de água e recursos naturais.
O problema é que consumimos os recursos naturais em uma taxa muito maior do que a Terra consegue repor. Segundo o relatório do Estado do Mundo, do World Watch Institute (WWI) de 2010, são extraídos anualmente a média de 60 bilhões de toneladas de recursos naturais para construir bens de consumo.
Segundo o relatório O Estado do Mundo, 2010, a população mundial já consome 30% a mais do que o planeta consegue repor. Além disso, já são extraídos anualmente, em média, 60 bilhões de toneladas de recursos naturais.
Figura 2: Exploração de uma jazida de mármore. Crédito: Rosilândia Melo, CC-BY-SA-4.0. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jazida_de_M%C3%A1rmore_-_Mina_do_Munic%C3%ADpio_de_Pio_IX-PI.jpg. Acesso em: 13/11/2018.
Essa cultura incentivada pela mídia de que a felicidade está em possuir bens precisa ser urgentemente revista, em nome da sobrevivência do planeta e da espécie humana. Olhe novamente no site worldometers se o número de celulares e televisores comprados já mudou desde que você olhou agora há pouco.
É lógico que possuir coisas modernas e bonitas nos faz bem, mas será que isso é a verdadeira felicidade? Precisamos realmente trocar nossos celulares todos os anos para sermos felizes?
Será que a felicidade do ser humano não está mais intimamente ligada ao amor, ao fato de amar e ser amado? Sentir e ter amor, amizade, paz, serenidade etc.?
Será que a felicidade proporcionada pela aquisição de bens não é transitória, fugaz e acaba por nos colocar em um ciclo vicioso sem fim de compras?
Em contrapartida ao consumo desenfreado, temos hoje o que chamamos de consumo consciente. Esse conceito envolve realmente refletir sobre a necessidade daquilo que queremos comprar.

Consumo consciente

O conceito de consumo consciente não implica deixar de consumir, afinal precisamos comer, beber, vestir, nos locomover e inserir nos meios sociais.
Consumir de forma consciente significa consumir sem excessos, para que exista o suficiente para garantir a sobrevivência e o bem-estar de todos, inclusive das próximas gerações.
O consumidor consciente se preocupa com os recursos gastos na produção dos bens e, por isso, utiliza-os e descarta de maneira correta, priorizando sempre a reutilização.
Além disso, ao decidir comprar algo, após refletir sobre a real necessidade do bem, o consumidor consciente pesquisa as empresas ou produtores que vendem o bem e escolhe o que possui maior comprometimento e responsabilidade socioambiental. Ou seja, a empresa que mais respeita o meio ambiente e os seres humanos, adotando boas práticas sustentáveis.
Viu? Você não precisa deixar de comprar aquilo que quer, mas precisa, sim, refletir sobre a necessidade real de comprar o bem, naquele momento. E, se decidir pela compra, pesquise e escolha o produtor ou a empresa com maior responsabilidade socioambiental.
Pense também o que fará com seu bem antigo. Irá vendê-lo, doá-lo, trocá-lo ou descartâ-lo corretamente?

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