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Intestino delgado e grosso

Nesta videoaula vamos apresentar as funções do intestino delgado e grosso no sistema digestório, ressaltando os movimentos peristálticos, o processo de absorção de nutrientes e de formação do bolo fecal.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, alunos da Khan Academy Brasil! Tudo bem com vocês? Hoje, nós iremos dar continuidade ao nosso estudo do sistema digestivo. E eu começo falando para vocês que hoje será a última parte do sistema digestivo. Nós iremos falar do intestino delgado e do intestino grosso. Então, só para relembrar onde eles estão inseridos, essa é uma imagem onde tem todo o sistema digestivo. A primeira porção que nós estudamos, que é a boca. A faringe, na sequência. Logo na sequência, o esôfago. O estômago. E agora, nós chegamos na nossa quinta parada, que é o intestino delgado e o intestino grosso. Vale salientar que, nesta aula, vou falar um pouquinho não só do intestino delgado e do intestino grosso, mas também vou falar do fígado e do pâncreas, que são parte muito importante nesses dois espaços. Também vou falar um pouquinho sobre o reto e o ânus no final da aula. Bom, vamos começar, então, com o intestino delgado. O intestino delgado é subdividido em três partes. O duodeno, que vai se ligar ao estômago, o jejuno, que é a maior porção do intestino delgado, e, por fim, o íleo, que vai se ligar ao intestino grosso. Toda essa composição é o intestino delgado. Ele mede em torno de 6 a 8 metros, depende da pessoa. Ele liga o estômago até o intestino grosso. E ele tem a capacidade de absorver nutrientes, essa é a principal função dele. Vale lembrar que durante todo o sistema digestivo, existe absorção de nutrientes, mas é no intestino delgado onde 90% da absorção de nutrientes do seu organismo acontece. Então, vamos imaginar que nós estamos no estômago. A gente passou pelos processos de absorção do estômago, passou pelo processo de digestão do estômago, e nós estamos entrando no duodeno. Então, eu vou desenhar aqui um esqueminha para vocês. Quando a quimo passa do estômago para o duodeno, ela vai fazer com que o duodeno libere dois hormônios: a secretina a colecistocinina. Esses dois hormônios, quando se combinam, eles vão estimular o pâncreas e o fígado a fazer as secreções que eles fazem, e eu vou falar um pouquinho dessas secreções mais para frente. Mas também vale lembrar que logo que o quimo entra no duodeno, a gente tem uma série de glândulas, chamadas Glândulas de Brunner, e essas glândulas são muito importantes, porque essas glândulas liberam um certo muco alcalino que vai fazer com que aquele quimo, que está extremamente ácido, se neutralize, e isso vai defender o nosso duodeno do quimo. Também devemos ressaltar que durante todo o intestino delgado, a gente vai ter umas estruturazinhas que a gente nunca viu antes, são chamadas "microvilosidades". É uma espécie de pelinho que o nosso intestino delgado tem para o lado de dentro do corpo, e ele vai aumentar a capacidade de absorção do intestino delgado porque ele vai aumentar a superfície. Imagine um pano reto. Ele tem uma determinada superfície, vamos supor 10 centímetros. Quando você amassa ele, ele vai diminuir o espaço que ele está sendo utilizado, mas ele vai continuar com a mesma superfície de 10 centímetros. É mais ou menos a mesma coisa aqui, essas microvilosidades têm uma série de capilares sanguíneos, e no centro delas, elas têm um vaso linfático, ou a gente também pode chamar de "quilífero", as duas coisas estão certas. Elas vão absorver os nutrientes e vão transportar para o sangue, ou para a linfa. Esses nutrientes vão passar por uma veia que vai em direção ao fígado. Esse fígado vai regularizar a distribuição, vai armazenar o excesso de coisas que foram absorvidas, e, possivelmente, alterar algumas substâncias tóxicas para combater, para o nosso corpo não ficar debilitado. Aqui, nós temos uma imagem de como essas microvilosidades realmente são, não um esquema, mas sim uma foto. Quando ele entra no duodeno, o próprio duodeno tem a capacidade de fazer um tipo de suco, chamado "suco entérico". O suco entérico, ele é secretado pelas paredes do duodeno, e ele vai ter uma série de enzimas que vão ajudar na digestão do alimento. Então, ele vai ter a "maltase", que vai fazer a digestão de maltose e vai se transformar em glicose, a "lactase", que vai fazer a digestão da lactose e transformar em galactose e glicose, a "sacarase" vai fazer a digestão da sacarose e se transformar em frutose e glicose, a "lipase intestinal" vai agir sobre as gorduras, e a "dipeptidase" vai transformar os dipeptídeos em aminoácidos. Logo no começo do duodeno, um dos órgãos mais importantes é o "fígado". O fígado vai fazer a produção de uma substância chamada "bile". A bile é muito importante para nossa digestão. Ela vai ser inicialmente produzida pelo fígado, e armazenada em uma vesícula chamada "vesícula biliar". Ela vai ajudar na excreção, com pigmentos biliares, colesterina e ácidos biliares, que vão depois ser liberados lá nas fezes. Ela vai dar um "booster", ou seja, um aumento de poder para o suco pancreático, que eu vou falar na sequência, permitindo que a lactase intestinal ataque de forma mais eficiente a lactose. Ele vai ajudar na digestão de gorduras, inclusive ajudando o suco pancreático com essas gorduras. Ele também pode ajudar na absorção de gorduras e de ácidos gordurosos. Outro órgão muito importante para o nosso sistema digestivo é o "pâncreas". É um órgão de aproximadamente 15 centímetros, e ele produz uma secreção chamada "suco pancreático". O suco pancreático é produzido aproximadamente 1 litro por dia. O pâncreas também tem a capacidade de produzir alguns hormônios. Esses hormônios vão regular a glicose, mas isso é um assunto para uma outra aula, para o sistema endócrino. Voltando ao suco pancreático. O suco pancreático é composto de água, amilase, lipase e várias outras enzimas. Mas a amilase vai ser capaz de fragmentar o amido em maltose, a lipase vai ser capaz de hidrolisar gorduras e transformar essas gorduras em glicerol e álcool, que serão absorvidos posteriormente. Vale lembrar, também, que o suco pancreático é capaz de hidrolisar as moléculas de alimentos, como carboidratos, proteínas, gorduras. Dando sequência na nossa viagem, nós vamos para o "jejuno". O jejuno é uma porção do nosso intestino delgado de, aproximadamente, 2 metros e meio. Ele faz absorção de aminoácidos, de carboidratos e de lipídios. O nome dele é bastante curioso, porque jejuno vem de jejum, porque antigamente, quando estavam estudando esse órgão, eles percebiam que em todas as autópsias, essa parte, essa porção do intestino delgado estava vazia. Então, eles associaram a palavra "jejum", que significa falta de comida, ao jejuno, que é essa porção. Eles também têm uma grande quantidade de células, que se chamam "Células de Paneth". As Células de Paneth são células antivirais, antibacterianas, antifúngicas, e elas podem ser encontradas não só no jejuno, que é encontrada em uma grande quantidade, como também no apêndice. Dando sequência, nós vamos para a última porção do nosso intestino delgado, que é o "íleo". O íleo mede de 2 a 4 metros. Ele continua fazendo a absorção de nutrientes, sendo que ele vai absorver os sais biliares, e ele vai continuar absorvendo nutrientes que são digeridos anteriormente. Ele consegue fazer a quebra de hidratos de carbono em açúcares simples, e lipídios em glicerol. Vale lembrar que, nessa porção, a gente tem uma quantidade bem grande de "placas de Peyer". As placas de Peyer são nódulos linfáticos que transportam antígenos luminais e bactérias, como se fosse um sensor, para ajudar o nosso organismo se defender. Chegamos, então, na última parte da nossa viagem: o "intestino grosso". O intestino grosso tem mais ou menos 1 metro e meio. Ele consegue fazer a absorção de águas e eletrólitos, formando o bolo fecal. Ele tem uma rica flora bacteriana, e isso vai fazer com que essas bactérias sintetizem algumas vitaminas, que até agora não foram sintetizadas, para serem absorvidas na sequência. Ele é subdividido em ceco, cólon e reto, sendo que o ceco se liga ao intestino delgado. O cólon é subdividido em quatro partes, sendo que nós temos aqui o cólon ascendente, o cólon transverso, o cólon descendente, e o cólon sigmoide. E, por fim, nós temos a última porção, que é o reto. O reto vai se ligar ao ânus, onde vai acontecer a liberação das fezes. Vale lembrar que para o ânus conseguir segurar as fezes e não liberar constantemente as fezes, nós temos uma estrutura chamada "esfíncter anal", que é um músculo que fica constantemente contraído, e permite que você consiga fazer a sua liberação de fezes no momento que você quiser. E é isso aí, amigos! Eu espero que vocês tenham gostado da aula. Espero ver você em próximas aulas. Muito obrigado!