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Necessidades alimentares ao longo da vida

Nesta videoaula vamos apresentar a variação da necessidade alimentar ao longo da vida de um ser humano.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, alunos da Khan Academy Brasil! Hoje nós iremos falar um pouco sobre as necessidades alimentares ao longo da sua vida. Eu começo apresentando para vocês, esses dois lindos pratos. Olha bem para eles, o que vocês prefeririam comer? Um tanto de hambúrguer todo suculento ou uma saladinha? É, isso pode ser uma coisa bem simples para você, a escolha de um prato, mas, por trás disso, tem uma série de coisas, uma série de estudos que a gente precisa levar em consideração. Então, eu pergunto para vocês, olhando para esses dois pratos, o que a gente deve comer? Ou, até mesmo, por que a gente deve comer esses pratos e não algum outro? Ou, então, quando a gente deve comer? Em que período do dia nós devemos comer? Ou, melhor ainda, quanto a gente deve comer? Esses quatro hambúrgueres de uma vez? Para explicar isso para vocês, eu preciso dar um passo atrás e falar um pouco sobre a estrutura dos alimentos. Eu começo falando sobre dois tipos de alimentos: o primeiro deles são os micronutrientes. Os micronutrientes são nutrientes com moléculas pequenas e são encontrados em vários lugares. São, geralmente, vitaminas e minerais e podem ser encontrados em todos os tipos de frutas que a gente come, e até mesmo em carnes, mas, o mais importante disso, é que nós precisamos de uma quantidade muito pequena desses nutrientes. Vou dar alguns exemplos: sais, cálcio, ferro, a gente precisa, mas, é muito pouco em comparação ao próximo grupo. O próximo é o grupo dos macronutrientes. Os macronutrientes são, em especial, as proteínas, os carboidratos e os lipídios. Eles são encontrados em vários locais: carnes, frutas, óleos e gorduras mas, o mais importante desse grupo, é que praticamente 100% da energia que a gente consome durante o dia vem dos macronutrientes. É claro que tem um pouquinho que vem dos micro mas é muito pouco, quase irrelevante, dos macronutrientes é onde vem a maior parte da energia. É aí que mora o problema, é aí que a gente precisa controlar, porque a energia ou vem de proteína, ou vem de carboidrato ou vem de lipídio. Mas, quanto de cada um? Essa é a grande questão. Eu vou começar explicando para vocês sobre quem são esses macronutrientes, onde nós os encontramos. E o primeiro deles é o carboidrato. O carboidrato, se nós separarmos a palavra, vamos ver que nós temos uma palavra que é "carbo", de carbono, e "hidrato" de hidrogênio. Então, lá nos primórdios, as plantas começaram a fazer fotossíntese e a fotossíntese é uma coisa incrível, porque ela consegue reunir uma molécula de carbono, nesse caso, a planta utiliza o CO2 como o carbono, mais moléculas de água, que ela vai retirar do solo, e ela vai transformar em uma outra molécula que se chama carboidrato que nós vamos conseguir utilizar. O nosso corpo é capaz de utilizar os carboidratos através da respiração celular que acontece lá na mitocôndria das células, mas, isso não é algo para essa aula e sim para alguma outra. Nós conseguimos encontrar carboidratos principalmente em vegetais, afinal, eles que fazem a fotossíntese. Então, nós temos carboidratos em feijão, arroz e milho, todos eles têm algum tipo de carboidrato que podemos utilizar. Os carboidratos dão energia para a gente viver, exatamente por isso que a respiração celular os utiliza para fazer uma molécula de energia, mas, também, ele pode ser utilizado para fazer o próximo grupo de alimentos. O próximo grupo são as proteínas. As proteínas, talvez, sejam o tipo mais importante dessa nossa aula, porque elas representam 20% do nosso corpo. Elas estão presentes nas células, nos nossos tecidos, em anticorpos. Elas estão presentes em vários locais do seu organismo e, geralmente, nós as encontramos em animais, afinal, nós utilizamos os carboidratos para fazer proteínas. Nós pegamos as proteínas já feitas de animais, por isso comemos carne, por exemplo, que é muito mais fácil para o seu organismo utilizar para produzir novas proteínas no seu corpo. Mas, vale ressaltar, que as proteínas também podem ser encontradas em vegetais como a soja, que é rica em proteína, tanto quanto um ovo, por exemplo. Outro grupo bastante importante são os lipídios. Os lipídios são conhecidos por serem gorduras mas, eles não são só gorduras e gorduras só faz mal, na verdade, o seu corpo precisa de gorduras. Ele vai utilizar as gorduras para fazer, por exemplo, a membrana plasmática das suas células, vai estocar energia, ser isolante térmico, vai ter uma série de funções. E as gorduras estão divididas em dois grupos: gorduras insaturadas e gorduras saturadas. As gorduras saturadas têm muitas moléculas de hidrogênio, isso faz com que ela tenha uma maior consistência, que ela fique mais dura, tanto que nós encontramos gorduras saturadas em manteigas, queijos, em coisas mais duras. As insaturadas são aquelas que têm menos quantidade de hidrogênio. Nós encontramos geralmente em coisas mais suaves, mais líquidas como óleos, azeites, amendoins, alguns vegetais. Vale destacar, que os lipídios são muito importantes no seu corpo, em especial, para armazenar energia. Tudo o que o seu corpo não utiliza, ele coloca nos lipídios e essa parte é muito importante e muito complicada, porque, se você tem muitos lipídios acumulados, vem aquela gordurinha no cantinho da sua barriga, e isso pode não ser tão agradável quanto as pessoas gostariam. Mas aí eu pergunto para vocês: então, qual é a proporção de cada um? Existem vários estudos sobre o assunto e, em especial, utilizamos essa pirâmide. É uma pirâmide que mostra, mais ou menos, quais são os tipos de alimentos que você tem que consumir durante o dia e a quantidade que você tem que consumir, dando destaque para cereais, pães, tubérculos e raízes que são, essencialmente, carboidratos. Depois, destacando hortaliças e frutas, na sequência leites, carnes, leguminosas. Lá no topo da pirâmide, nós temos doces, óleos e gorduras. Mas, não é tão simples assim e não é regra para o resto da sua vida. Então, eu vou falar um pouco para vocês sobre cada um dos períodos da sua vida, começando, não exatamente, pela sua vida mas pela vida da sua mãe. Quando a sua mãe está gestante de você, quando ela ainda tem você dentro da barriga dela. Esse momento é bastante complicado para a alimentação, porque quando você é gestante, está criando um feto dentro de você, está criando um ser vivo e isso causa uma série de modificações no seu organismo. Por exemplo, as grávidas precisam ter, em grande quantidade, vitamina C, B12, B6, ácido fólico. Elas vão ter problemas com a glicose, porque vão ter um aumento de insulina no sangue e isso faz com que a glicose não seja tão aceita no organismo, é, exatamente por isso, que as mulheres grávidas podem desenvolver um tipo de doença que se chama diabetes. Mas, isso é assunto também para a outra aula. Elas têm uma necessidade grande de cálcio e ferro, têm muita vontade e precisam consumir muitas proteínas e, em especial, proteínas animais. Elas têm que tomar um certo cuidado com alguns tipos de proteínas, como, por exemplo, proteínas vindas de peixes, mas, não é porque os peixes causam algum tipo de dano ao feto ou a mãe, na verdade é que muitos dos peixes, em especial, aqueles com carne branca têm um acúmulo muito grande de mercúrio e o mercúrio é tóxico. Então, as mães não podem consumir muito mercúrio para não atacar os filhos. Mas, calma, não se preocupe, o japonês do fim de semana está salvo! Se você for em um lugar de confiança, que saiba como que está sendo feito esse prato, onde ele compra esse peixe, como tudo é feito bonitinho, não tem problema nenhum, você consegue comer numa boa! Na sequência, o bebê nasceu e nós vamos falar um pouquinho da nutrição deles. Os bebês, no começo da vida deles, têm que se alimentar, obrigatoriamente, de leite materno porque o leite materno tem todos os nutrientes, todas as substâncias que o bebê vai precisar nos primeiros meses de vida, e ele também vai proporcionar alguns tipos de anticorpos que a mãe vai liberar para o bebê, então, ele é muito importante. Após o período de leite materno, o bebê deve consumir muitos carboidratos e proteínas e, em especial, em batidas, de alguma forma que ele consiga comer porque ele não tem dente ainda e é muito difícil de mastigar. Ele deve consumir pouquíssimos lipídios e muitas vitaminas. Sequencialmente, depois que a gente sai da fase do bebê, por volta de uns 3 ou 4 anos de idade, entramos na fase da infância. Na infância, as coisas ficam um pouco mais complicadas, nós temos uma necessidade muito grande de ferro, cálcio, zinco, vitamina A, vitamina D, nós precisamos consumir, em grande quantidade, vegetais. Então, aquela chicória lá que a sua mãe está pedindo para você comer, é importante que você coma! Nós temos que consumir uma quantidade muito pequena de lipídios e carboidratos, ou seja, nada de besteira, nada de chocolate, nada de pãozinho, isso não faz tão bem assim. É importante lembrar que, conforme a idade vai aumentando, o consumo de carboidratos pode aumentar, então, dê tempo ao tempo. Na sequência, entramos na fase da adolescência. A adolescência começa a partir dos 14 anos e vai até mais ou menos uns 20 anos. E essa fase é muito importante para o nosso organismo porque é nessa fase que a gente, realmente, cresce bastante. Então, nessa fase é muito importante que a gente tenha uma alimentação com muito cálcio, porque os nossos ossos estão crescendo muito e a gente vai precisar desse cálcio para conseguir preparar esses ossos de forma melhor. Também precisaremos de muita vitamina D e ferro, e, o mais importante, o nosso corpo está consumindo, alucinadamente, os nutrientes para a gente conseguir crescer, então, você deve se alimentar com uma regularidade bem regrada, de preferência, a cada 3 horas. Se você não seguir isso e tiver uma alimentação não muito bem balanceada, pode ter riscos de hipertensão, diabetes e algumas outras doenças no futuro. Por fim, nós chegamos na fase adulta. A fase adulta tem um problema porque, na fase adulta, o seu metabolismo começa a diminuir de velocidade, então, você tem que evitar algumas coisas para não aumentar a quantidade de gordura no seu corpo. Por exemplo, você precisa evitar muitos carboidratos, que podem ficar acumulados porque você não vai utilizá-los para produzir proteínas, e sim para criar lipídios e isso pode não ser tão bom. Você vai precisar comer muitas fibras para processar o alimento dentro do seu organismo, é importante ter uma regularidade grande de consumo de água e reduzir em grande quantidade o sal e o açúcar que você come durante os dias. Para finalizar, eu gostaria de falar pra vocês sobre os alimentos naturais e os alimentos orgânicos, porque parece que é a mesma coisa mas não é, necessariamente, a mesma coisa. Quando você olha para essa foto, você pensa o que? É natural ou é orgânico? E essa outra foto aqui? Nesse caso, essa foto está até escrito orgânico, certo? Mas qual é a diferença desses alimentos? Visualmente quase nenhuma, é muito difícil a gente identificar um ou outro mas, eu vou explicar para vocês. Existe um órgão chamado Anvisa, que diz o que cada alimento deveria ser. Os alimentos naturais são aqueles colhidos na natureza e podem ter agrotóxicos, podem ter algum tipo de manipulação humana, química. Os alimentos orgânicos não têm essa regulação química e é isso que difere dos alimentos naturais. Eu espero que eu tenha falado para vocês tudo o que gostariam de saber, pelo menos, ter dado uma luz no que você vai se alimentar. Fique com esses pinguins feitos de arroz. Muito obrigado e é isso aí!