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Conteúdo principal

Produção de medicamentos, desenvolvimento tecnológico e impactos socioambientais I

Esta videoaula apresenta diferentes tipos de medicamentos — fitoterápicos, alopáticos, manipulados, entre outros, ressaltando que a sua produção foi viabilizada pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia. No caso dos medicamentos, o foco é reconhecer que eles podem auxiliar no tratamento e manutenção da saúde, mas também que a automedicação é prejudicial e pode ter consequências graves para o organismo. No vídeo ainda são analisadas as consequências do descarte inadequado para o ambiente, como a contaminação da água, do solo e de outros seres vivos.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga, beleza? Seja muito bem-vindo(a) a mais uma aula de ciências da natureza. E nesta aula nós vamos conversar sobre os medicamentos, algo que é muito importantes para auxiliar no tratamento e manutenção de nossa saúde, mas que se não forem utilizados corretamente, podem ser muito prejudiciais ao nosso organismo. Mas, afinal, o que são os medicamentos? Existem diferentes tipos de medicamentos? Como eles podem ser produzidos e como afetam nosso organismo? Será que ingerir medicamentos sem o acompanhamento de um especialista pode ser algo muito perigoso? Estas são algumas das perguntas que podemos fazer para começar a nossa aula. Como é muita coisa para conversar, vamos começar do início, ou seja, vamos saber o que são os medicamentos. Os medicamentos são produtos farmacêuticos que são tecnicamente obtidos ou elaborados com a finalidade de prevenir, curar, tratar ou ajudar a diagnosticar alguma doença ou os sintomas dessa doença. Além disso, os medicamentos podem ser classificados como drogas, pois normalmente são substâncias que modificam processos bioquímicos no organismo de um indivíduo vivo. Quando ingeridos com acompanhamento de um especialista, que nesse caso é o médico, essas mudanças bioquímicas vão auxiliar na prevenção, no tratamento ou no diagnóstico de alguma enfermidade. Agora que você já sabe o que é um medicamento, deve ter vindo uma pergunta à sua mente: qual é a diferença entre um medicamento e um remédio? Embora existam muitas pessoas que chamam os medicamentos de remédios, isso é um equívoco, já que eles não são a mesma coisa. Por quê? Os remédios são recursos ou soluções para curar ou aliviar um desconforto ou uma enfermidade, já os medicamentos são substâncias preparadas em farmácias ou indústrias farmacêuticas, que podem ser utilizados como remédios. Não podemos esquecer que os medicamentos precisam atender a uma série de especificações técnicas e legais, enquanto que os remédios não precisam. O remédio é um termo muito amplo, que pode ser aplicado a uma série de recursos terapêuticos para combater uma doença ou os seus sintomas, ou seja, o repouso, a psicoterapia, a acupuntura, a fisioterapia e até mesmo uma cirurgia podem ser considerados um remédio. O soro caseiro, que é fácil de fazer, é muito eficiente para evitar a desidratação, mas ele não é um medicamento e nem pode ser comercializado como tal. Existem preparações farmacêuticas que possuem a mesma função terapêutica, ou seja, que também evitam a desidratação. Essas substâncias que são comercializadas como medicamentos precisam atender a uma série de exigências do Ministério de Saúde, tais como a declaração de composição e a estabilidade da preparação. Essas exigências existem para garantir a segurança dos consumidores e são semelhantes em todos os países. Agora que já conversamos muito bem sobre a diferença entre os medicamentos e os remédios, vamos conversar sobre os diferentes tipos de medicamentos. Eles podem ser classificados entre fitoterápicos, alopáticos, homeopáticos ou manipulados. Mas qual é a diferença entre eles? Os fitoterápicos são medicamentos produzidos a partir de plantas medicinais, onde é utilizado exclusivamente o derivado da droga vegetal, tais como o suco, a cera, o óleo, o extrato, a tintura, dentre outros. Uma coisa muito importante de se destacar é que o simples fato de coletar, secar e estabilizar um vegetal não o torna um medicamento fitoterápico, ou seja, uma planta medicinal não é considerada um medicamento fitoterápico, nem mesmo os chás e medicamentos homeopáticos. Para ser definido como medicamento, é preciso que ele tenha origem vegetal e que seja obtido pela tecnologia farmacêutica, seguindo toda uma legislação. Além disso, ele pode apresentar várias substâncias químicas, os chamados fitoquímicos, que são responsáveis pelos efeitos terapêuticos ou os efeitos colaterais, e isso precisa ser apresentado nos registros farmacêuticos. Os medicamentos alopáticos são produzidos em larga escala pela indústria farmacêutica, em doses predeterminadas, e normalmente têm a função de criar um efeito contrário ao de um determinado sintoma. Por exemplo, se você está com febre, o médico irá prescrever um medicamento que abaixe a sua temperatura corporal, ou seja, um antitérmico. Os alopáticos podem ter origem vegetal ou podem ser sintetizados. E quando o paciente precisa de uma dose específica que não é produzida em larga escala, é preciso que o paciente busque uma farmácia de manipulação para que o medicamento seja produzido na dose certa. Uma das grandes críticas aos alopáticos é que eles podem promover diversos efeitos colaterais e possuem certos níveis de toxicidade quando são mal administrados. Em relação aos medicamentos alopáticos, podemos ter o medicamento de referência, o genérico e o similar. O medicamento de referência é o primeiro que foi registrado nos órgãos de saúde, ou o que foi escolhido para ser o medicamento padrão de uma fórmula. O medicamento genérico possui a mesma fórmula e produz o mesmo efeito que o medicamento de referência; diferente do medicamento de referência, que possui o nome comercial, o nome de um medicamento genérico indica apenas o princípio ativo da fórmula. Agora, o medicamento similar se equipara ao de referência por ter o mesmo princípio ativo, a mesma indicação médica, a mesma concentração e mesma forma de uso, mas não possui a mesma fórmula do medicamento de referência. Além disso, ele pode ser vendido com o nome comercial. Algo interessante que posso te falar é que o paciente pode trocar o medicamento de referência, caso ele tenha sido prescrito, pelo medicamento genérico ou similar. Diferente dos alopáticos, nós temos os medicamentos chamados homeopáticos, que são medicamentos que utilizam pequenas quantidades de uma determinada substância que causa um sintoma parecido com que o paciente apresenta, a fim de que o próprio corpo potencialize sua capacidade curativa e seja capaz de combater a enfermidade por si só. Como os medicamentos homeopáticos são individuais, a prescrição é única para cada paciente e também na dose certa para cada um. Por esse motivo, eles são sempre manipulados, ou seja, preparados manualmente por um farmacêutico. Por falar em manipulados, chegamos aqui aos chamados medicamentos manipulados que, como o próprio nome diz, é preparado nas farmácias de manipulação, na dose certa para cada paciente. Os medicamentos manipulados são produzidos através de fórmulas e procedimentos inscritos na Anvisa, que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, um órgão ligado ao Ministério de Saúde. Mas, também, esse medicamento pode ser prescrito por um profissional habilitado, desde que essa prescrição apresente os detalhes da composição, a fórmula farmacêutica, a posologia e o modo de usar. Estes são os tipos de medicamentos mais comuns que você vai ouvir falar, mas como é produzido o medicamento e como funciona a indústria farmacêutica? Bem, nós vamos falar sobre isso na segunda parte desta aula. Então, quero deixar aqui um grande abraço para você, meu amigo ou minha amiga, e até a próxima parte!