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Tamanho e características das células

Esta videoaula apresenta uma reflexão sobre os fatores limitantes do tamanho das células, discutindo o limite mínimo que comporta suas estruturas essenciais e o limite máximo que permite as trocas necessárias à manutenção da vida celular entre os meios intra e extracelular. São também apresentadas e caracterizadas as células eucariontes e procariontes.

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Transcrição de vídeo

RKA8MP - Olá, meu amigo ou minha amiga! Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de ciências da natureza. E, nesta aula, nós vamos conversar sobre o tamanho de uma célula, inclusive, se existe um limite para o tamanho mínimo que uma célula pode ter e se existe algum fator limitante para o tamanho máximo de uma célula. Mas, antes de conversar sobre esses fatores limitantes, vamos conversar sobre essas imagens aqui que eu coloquei para você. A primeira que a gente pode começar a conversar é sobre essa célula aqui. Essa é uma célula pseudomona, que tem essa forma aqui de bacilo. Essa é uma célula muito pequena. A gente pode observar que a largura dela tem uma ordem de um micrômetro. - "Mas, professor, o que é um micrômetro?" Um micrômetro é um tamanho muito pequeno. Isso aqui corresponde a um milionésimo de metro, ou seja, 0,000001 metro, que também corresponde a um milésimo de milímetro, só para você ter uma ideia do quão pequena é a largura dessa célula. Agora, qual é a altura desse bacilo? Se a gente observar a altura dessa célula bacteriana, a gente vai perceber que ela é um pouco maior. Essa altura tem uma ordem de, aproximadamente, cinco micrômetros, ou cinco milionésimos de metro. Agora, passando para o lado, a gente pode observar algumas células humanas. Aqui, por exemplo, nós temos um glóbulo vermelho que é uma célula sanguínea. O diâmetro desse glóbulo vermelho tem um tamanho aproximadamente igual a sete micrômetros, ou seja, o diâmetro dessa célula sanguínea é um pouquinho maior do que o comprimento dessa célula bacteriana, mas, mesmo assim, essas duas células têm tamanhos muito próximos. E não vamos esquecer, também, de mencionar que sete micrômetros é igual a sete milionésimos de metro, ou 0,000007 metro. Nessa mesma ordem, ou seja, com um tamanho bem próximo, nós encontramos os glóbulos brancos, que também são células do corpo humano. Um pouquinho mais embaixo aqui, nós temos um espermatozoide antes de penetrar um óvulo. Só para você ter uma ideia, um óvulo humano é uma das maiores células que nós podemos encontrar no corpo humano e isso, claro, quando nós estamos falando de células esféricas. O diâmetro de um óvulo tem comprimento aproximadamente igual a cem micrômetros, ou seja, tem um diâmetro cem vezes maior que a largura dessa célula bacteriana. Mas, enfim, isso daqui só foi para a gente conversar um pouco a respeito do tamanho das células que nós podemos encontrar. E um detalhe, também, que eu não posso esquecer de falar com você: todas essas imagens estão em escala e eu fiz isso justamente para que você possa comparar o tamanho entre essas células. Ok? Beleza? Conseguindo entender até aí? A primeira pergunta que eu quero fazer para você é a seguinte: será que existe um limite mínimo, um limite inferior para o tamanho dessa célula? Ou seja, quão pequena uma célula pode ser? Não podemos esquecer que uma célula é algo vivo. Além disso, uma célula precisa ter informações e ser capaz de se replicar, além de ter vários mecanismos metabólicos. Essas são as menores células que a gente consegue encontrar com uma certa facilidade, mas existem estudos que mostram que existem células ainda menores, com cerca de 100 nanômetros de comprimento. Cem nanômetros é 10 vezes menor que a largura dessa célula bacteriana. Este pontinho que eu coloquei aqui, só para representar uma célula ainda menor, tem um diâmetro aproximadamente igual a 300 nanômetros, e 300 nanômetros correspondem a 0,3 micrômetro. Essas são as menores células encontradas atualmente, talvez esse seja o limite inferior para o tamanho de uma célula, já que, como eu falei, uma célula precisa guardar informações e ter mecanismos celulares, ou seja, um complexo de coisas que acontecem e que tem dentro de uma célula, que você não pode ter em algo tão pequeno. Beleza! Já conversamos sobre o limite inferior, com certeza existe, mas será que existe um limite superior? Será que as células podem ter o tamanho que elas quiserem? Existem também alguns fatores limitantes para o tamanho máximo que uma célula pode ter e um dos fatores, não o único, claro, mas um dos mais importantes, é a proporção entre a área de superfície e o volume de uma célula. Não se esqueça que a superfície de uma célula é o que limita a célula com o seu entorno. Além disso, é essa superfície que vai regular a entrada de nutrientes e a saída de resíduos. OK. Beleza. Então, qual é o problema disso aqui, afinal de contas? Bem, à medida que uma célula aumenta, o volume e a área de superfície não vão aumentar na mesma proporção. O volume vai aumentar muito mais do que a área de superfície dessa célula, então, dependendo do que vai acontecer aqui no interior dessa célula e dependendo, claro, da complexidade dela, essa área de superfície não vai conseguir deixar entrar nutrientes e sair resíduos com a velocidade que essa célula precisa. Então, sem dúvida, existe sim um fator limitante para o tamanho máximo que uma célula pode ter e, como eu falei, esse fator limitante está diretamente relacionado com a razão entre volume e área de superfície de uma célula. Nós estamos fazendo, aqui, uma caracterização pelo tamanho dessas células, mas as células não são caracterizadas apenas pelo seu tamanho e forma, elas também podem ser caracterizadas pela sua estrutura e função. Por esse motivo, agora, é que nós vamos ver as características das células procariontes e das células eucariontes. OK. Beleza. Mas, o que seria uma célula eucarionte? E o que é uma célula procarionte? Acho que antes da gente começar a falar sobre esses tipos de células, é interessante a gente analisar a própria origem da palavra "karyon". A palavra "karyon" que tem origem grega e significa noz ou amêndoa e, se você reparar bem, uma noz é uma fruta que é recoberta por uma casca, e é essa ideia que a gente precisa levar em consideração para compreender a diferença entre uma célula eucarionte e uma célula procarionte. Para a gente começar a compreender a diferença entre elas, vamos pensar a respeito do núcleo de uma célula. As eucariontes têm um núcleo delimitado por uma membrana, enquanto que as células procariontes não têm um núcleo delimitado por uma membrana. E uma observação: as duas células têm núcleos, só que aqui nós temos um núcleo delimitado, enquanto que aqui nós não temos esse núcleo delimitado. Desse lado aqui, conforme nós já podemos ver, nós temos um exemplo de uma célula eucarionte, enquanto que aqui do outro lado, nós temos um exemplo de uma célula procarionte. Aqui é o nosso núcleo individualizado, delimitado por uma membrana. Então, nós temos aqui um núcleo. Não se esqueça que, no interior do núcleo de uma célula, nós temos informações genéticas, o chamado DNA. Uma coisa também que preciso comentar é que esse DNA aqui está em forma de cromatina, que é algo que a gente vai conversar em outros vídeos, tudo bem? Ah, e uma coisa que é muito importante a gente escrever a respeito da célula procarionte é que ela não tem uma membrana delimitando o núcleo. Então, vamos escrever isso aqui: nesta célula, não há membrana delimitando o núcleo. Mas, claro, essa não é a única diferença entre as células eucariontes e as células procariontes. Claro, é a mais perceptível, é aquela que a gente logo vai perceber de cara, mas essa não é a única diferença entre elas. Células eucariontes também têm outras estruturas sendo delimitadas por uma membrana, algo que você não vai ver nas células procariontes. Por exemplo, você vai ver uma mitocôndria em uma célula eucarionte, tanto em células de plantas como em células de animais, mas você não vai ver isso em uma célula procarionte. Você também vai ver, em células eucariontes, coisas como o complexo de Golgi, que é algo que ajuda no processo de empacotamento de proteínas. Aqui embaixo, nós temos a imagem de uma micrografia de uma célula eucarionte. Aqui, onde eu estou marcando, nós estamos observando o complexo de Golgi que, como eu falei, é delimitado por uma membrana. Já aqui, nessa imagem do meio, nós temos uma micrografia de uma mitocôndria. Já aqui, do lado esquerdo, nós temos uma micrografia de um núcleo mais um nucléolo. Isso que eu estou delimitando agora é a membrana nuclear. Aqui dentro nós temos o DNA, que está em forma de cromatina. Nessa região mais densa que, inclusive, representamos aqui também, nós temos o que chamamos de nucléolo. O nucléolo é o lugar onde o RNA ribossômico está sendo produzido. O RNA ribossômico é um elemento essencial na parte de tradução. Na verdade, nós podemos dizer que ele é essencial no processo de produção de proteínas com base nas informações recebidas pelo RNA mensageiro. E provavelmente você está falando que são muitas informações para um único vídeo, não é? Mas, não se preocupe, porque, em outros vídeos, nós vamos conversar um pouco mais sobre essas coisas, beleza? Neste vídeo, eu quis conversar com você um pouco sobre as células, o tamanho das células, se existe um fator limitante para o menor tamanho que uma célula pode ter e, também, se existe um fator limitante para o maior tamanho que essa célula também pode ter e, também, a classificação das células que, conforme você viu, nós podemos ter células eucariontes e células procariontes. Não se esqueça que as células eucariontes são aquelas células que possuem um núcleo individualizado, ou seja, um núcleo que é delimitado por uma membrana. Já as células procariontes não têm um núcleo individualizado. O núcleo desse tipo de célula não está sendo delimitado por uma membrana. OK? Beleza? Conseguiu compreender tudo direitinho? Ótimo! Então, eu quero deixar para você um grande abraço e nos vemos no próximo vídeo!