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Evidências da deriva continental

Quando comparamos os mapas da América do Norte e do Sul com os da costa da Europa e África, é possível perceber que os continentes parecem se encaixar como peças de um quebra-cabeça. Isso sugere que eles podem ter estado juntos em algum momento da história da Terra. Vários cientistas pesquisaram essa possibilidade, o que originou a Teoria da Deriva Continental. Neste artigo vamos apresentar evidências que reforçam essa teoria e as possíveis explicações para a separação dos continentes.

Principais pontos

  • Teoria da deriva continental.
  • Evidências da deriva continental.
  • Forças que regem a deriva continental.

Introdução

A Teoria da Deriva Continental explica a formação e a movimentação dos continentes e do assoalho oceânico na crosta terrestre. Além disso, afirma que todos eles já estiveram juntos, formando um único continente chamado Pangeia.
Esse afastamento é bem lento e se dá como resultado do processo de resfriamento do planeta, pela convecção que ocorre no manto terrestre e transporta o calor do interior da Terra para o exterior.
Pesquisas mostram que atualmente em algumas regiões, como no Oceano Atlântico, os continentes estão se afastando. Já em outras regiões, como na costa oeste da América do Sul, os continentes estão se aproximando.

Teoria da deriva continental

O conceito de deriva continental surgiu com os primeiros mapas do Atlântico Sul, que mostraram os contornos da América do Sul e da África.
Figura 1: A fragmentação da Pangeia e a deriva de seus constituintes.
Em 1620, o cientista Francis Bacon apontou o perfeito encaixe entre essas duas costas, levantando a hipótese da união desses continentes no passado.
Mas a teoria da deriva continental propriamente dita foi postulada somente no início século XX, a partir das expedições realizadas pelo cientista Alfred Wegener na Groenlândia.
Wegener levou dois anos coletando dados antes de propor a teoria. De acordo com suas observações, todos os continentes poderiam ter estado juntos no passado, formando um único supercontinente, que ele denominou de Pangeia (do latim pan, “todo”, e gea, “terra”). Segundo a teoria, a Pangeia teria se fragmentado e os continentes se afastado, dando origem aos continentes e oceanos que conhecemos hoje.
Figura 2: Wegener em uma de suas expedições realizadas na Groenlândia.
As evidências coletadas por Wegener vão além da relação entre as costas da América do Sul e da África. Ele encontrou fósseis similares nos dois continentes e semelhanças entre espécies vivas de animais.
Eis algumas das evidências:
  • encaixe das linhas das costas atuais de vários continentes;
  • continuidade de estruturas rochosas entre as costas da América do Sul e costa leste da África, como as cadeias de montanhas (a Serra do Cabo na África do Sul seria a continuação da Sierra de la Ventana da Argentina, por exemplo);
  • correlação na distribuição de fósseis de plantas e samambaias extintas na África e no Brasil, e também na Austrália, Índia e Antártica, entre outros lugares;
  • registro de fósseis idênticos de um réptil de 300 milhões de anos encontrados apenas na África e na América do Sul;
  • correlações na distribuição fóssil de algumas espécies de dinossauros aquáticos que habitaram regiões comuns no supercontinente;
  • evidências de 300 milhões de anos – filamentos impressos nas rochas, indicando iguais direções no movimento de geleiras antigas no Sul e Sudeste do Brasil, no sul da África, na Índia, na Austrália e na Antártica, que mostravam que, naquela época, uma grande região sul estava coberta por calotas polares.

Quais forças regem a deriva continental?

Uma das principais rejeições à teoria da deriva continental tinha relação com a origem do movimento dos continentes. Qual força seria responsável pela movimentação de massas continentais tão gigantescas?
A animação acima ilustra a fragmentação do supercontinente Pangeia e a deriva de seus constituintes desde 250 milhões de anos atrás até os dias de hoje.
A resposta veio com o melhoramento de aparelhos como o sonar, que revelou um fundo oceânico repleto de fendas, cadeias de montanhas e fossas submarinas.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, pesquisadores de diversas universidades do mundo realizaram expedições nos oceanos, com o objetivo de coletar amostras e mapear o fundo dos mares.
As falhas encontradas nas cadeias oceânicas reforçam a teoria da deriva continental, explicando a ruptura produzida durante o processo de separação dos continentes.
Hoje, graças ao monitoramento dos satélites, sabemos que os continentes continuam a se separar com velocidades compreendidas entre 10 cm e 18 cm por ano.

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