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A história dos computadores e da internet e o acesso à informação | Parte IV

Esta vídeoaula é a quarta parte do conteúdo em que abordamos o desenvolvimento histórico do computador e da internet, e como ambos ampliaram o acesso à informação.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga. Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma parte aqui de uma aula sobre desenvolvimento dos computadores e da internet e também sobre o acesso à informação. Nesta aula, nós vamos começar a conversar sobre a internet e, depois, nós vamos falar um pouco aqui sobre o acesso à informação. Mas, eu acho que a primeira coisa que eu tenho que perguntar aqui para você é: o que é a internet? Bem, a internet é uma rede mundial de computadores formada por redes interligadas. Ela não pertence a nenhum governo ou empresa, é bom deixar isso bem claro, e ela também revolucionou a comunicação mundial ao permitir, por exemplo, a conversa entre pessoas a milhares de quilômetros de distância. E isso sendo feito em tempo real. E um detalhe, com baixo custo. Ela também permitiu o acesso a informações e a possibilidade de produzir e compartilhar conteúdos e informações. Sem dúvida, a internet veio para mudar o mundo. Com a rede mundial, surgiu a expressão "ciber espaço". Apesar desse termo não ser muito utilizado atualmente, ele foi criado pelo americano William Gibson em 1984. E um ciber espaço significa o quê? É um espaço virtual e sem fronteiras por onde circulam as milhares de informações veiculadas nas redes de informática. Um exemplo disso é a internet. Mas, enfim, onde e como surgiu a internet? Bem, nós vamos conversar um pouco aqui sobre o histórico da internet e entender um pouco mais sobre ela. A internet surgiu nos Estados Unidos, na década de 60, na época da Guerra Fria. E ela surgiu como uma rede de informações militares que interligava centro de comando de pesquisa bélica. Para atender a necessidade militar de proteger os sistemas de defesa do país no caso de um ataque nuclear, a rede não tinha um centro que serviria de alvo principal ao inimigo. Claro que, nos anos 70, a rede começou a ser utilizada pela comunidade acadêmica mundial. Entre a década de 80 e o início dos anos 90, a rede foi aperfeiçoada e começou a surgir os serviços que dão à internet a forma que nós conhecemos hoje. O principal serviço foi a "world wide web", a www, que provavelmente você usa isso em quase todos os sites que você acessa. O desenvolvimento da www até 1991, começou em 1980, quando o inglês Tim Berners-Lee, um funcionário contratado do CERN, que é uma organização europeia para a investigação nuclear na Suíça, desenvolveu o ENQUIRE o projeto usado para reconhecer e armazenar associações de informações. A www possibilitou a transmissão de imagens, som e vídeo pela grande rede. Um detalhe que não podemos esquecer que até este momento só circulavam textos pela internet por meio de um software chamado Gopher que é um protocolo de rede de computadores que foi desenhado para distribuir, procurar e acessar documentos na internet. Inclusive, esse protocolo foi criado na universidade de Minnesota. Mas, enfim, com a www, a internet se popularizou entre os usuários comuns de computadores. Foi nessa época que também surgiram os provedores de acesso que são empresas comerciais que vendem aos clientes o acesso para navegar na internet. A partir de 1984, a internet ampliou suas funções e, além de ser uma rede de circulação de informações, também se tornou um meio de comercialização de produtos e serviços, o comércio eletrônico, algo que atualmente está se tornando uma das principais formas de vender e adquirir produtos e serviços de empresas e também de outras pessoas. Além disso, a internet possibilitou o desenvolvimento das chamadas redes sociais: Orkut, Facebook, Twitter, Instagram dentre outros que nós utilizamos hoje, ou que ainda vamos utilizar. Além, também, dos serviços de streaming de vídeo e música tais como a Netflix, o Youtube, o Spotify, dentre outros. E isso foi algo que alterou drasticamente a indústria do audiovisual. Alguns estudiosos acreditam que a internet foi um marco importante, decisivo na evolução tecnológica. Isso porque ultrapassou barreiras ao aproximar pessoas, culturas, mundos e informações. Fato esse que, de acordo com eles, não acontecia desde a chegada da televisão, isso lá na década de 50. Atualmente, a internet é utilizada mundialmente como ferramenta de trabalho e diversão, comunicação, educação e informação. Por isso, é muito comum ouvir diversas pessoas falando: "Eu não vivo sem a internet." Não se esqueça que a internet que possibilitou você estar assistindo esse vídeo agora. Agora como é que a gente consegue acessar a internet? Bem, para um usuário particular poder usar a internet, é preciso apenas de um provedor de acesso e um computador. Olha, como eu falei já antes, os computadores possuem, atualmente, diversos tipos e formatos, tá? Ao utilizar o serviço fornecido por uma empresa, o provedor, você pode se conectar a todos os sites e serviços que estão à disposição na internet. Afinal, atualmente, a internet possui neutralidade de acesso, ou seja, independente do que você faça ou acesse, o provedor tem que fornecer a velocidade e o pacote de dados que foi contratado pelo usuário. A neutralidade da rede, ou neutralidade da internet, ou princípio da neutralidade, se baseia na ideia de que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma. Inclusive, é importante que o usuário consiga navegar na mesma velocidade e que seja garantido a ele o livre acesso a qualquer tipo de conteúdo na rede, sem ferir a autonomia do usuário e sem discriminar determinadas aplicações por consumo de banda larga. Ou seja, meu amigo ou minha amiga, o princípio da neutralidade garante a você o acesso a todas as informações disponíveis na internet com a mesma velocidade de navegação. Vamos conversar aqui um pouquinho agora sobre a internet no Brasil. No Brasil, a internet surgiu no final da década de 80 quando as universidades brasileiras começaram a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos. No entanto, foi a partir de 1989, quando se fundou a rede nacional de ensino e pesquisa, o RNP, que o projeto de divulgação e acesso ganhou força. O objetivo principal era difundir a tecnologia da internet pelo Brasil e facilitar a troca de informações e pesquisas. Em 1997, foi criado as redes locais de conexão e isso foi expandindo o acesso a todo território nacional. Em 2011, segundo dados do ministério da ciência, tecnologia e inovação, aproximadamente, 80% da população teve acesso à internet. Isso corresponde a 60 milhões de computadores em uso. Hoje, esse número, claro, é bem maior devido principalmente à facilidade de se conectar à internet através dos dispositivos móveis. Mas será que todos realmente têm acesso às tecnologias digitais e à informação? Ou seja todos têm acesso à internet? Bem, isso é algo interessante de se perguntar porque, por mais que o número de pessoas com acesso à internet e às tecnologias de informação e comunicação, as TICs, tenha aumentado, ainda possuem pessoas sem esse acesso. Seja pela falta do equipamento, da infraestrutura ou até mesmo pela falta de conhecimento sobre o uso dessa tecnologia. Ou seja, ainda existem muitas pessoas que não são incluídas digitalmente. Tudo bem. Mas o que é uma inclusão digital? O acesso à internet e o domínio das habilidades na utilização dos computadores são requisitos indispensáveis para o mundo do trabalho. Sendo assim, meu amigo ou minha amiga, podemos dizer que a inclusão digital é caracterizada pela promoção e democratização do acesso às tecnologias de informação e comunicação. Principalmente, as pessoas com baixa ou nenhuma renda. Com a consolidação da internet, da informática como uma das principais vias de comunicação mundial, conhecer essas tecnologias deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade, inclusive, por acreditar que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento, para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho. Não podemos deixar de falar que a evolução tecnológica cresce a cada dia como se fosse uma bola de neve e a ausência desse conhecimento faz uma pessoa se distanciar gradativamente do mundo real. É necessário que você tenha um conhecimento técnico devido à presença marcante dessas tecnologias em sua vida. Seja nos shoppings, nos bancos, nas residências e, principalmente, nas escolas. Não se esqueça que você está assistindo esse vídeo devido a toda essa tecnologia disponível. Se você tem acesso a essa tecnologia, você consegue adquirir conhecimento. E isso, sem dúvida, é algo incrível. Algo que eu não posso deixar de falar também aqui com você que incluir uma pessoa digitalmente não é apenas alfabetizá-la em informática, sabe? Ensinar a usar o as coisas básicas de um computador e dos aplicativos. Mas sim, fazer com que o conhecimento adquirido por essa pessoa seja útil para melhorar o seu quadro social. Por isso que eu digo aqui para você que somente colocar um computador na mão das pessoas e vendê-lo a um preço menor não é uma inclusão digital. Inclusão digital consiste em disponibilizar para todos os cidadãos de forma igualitária a oportunidade de ter acesso às tecnologias de informação e comunicação. Resumidamente falando, a inclusão digital representa a democratização da tecnologia e ela serve para garantir que todas as pessoas, independente de classe social, etnia, religião, ou poder econômico, tenham condições de usufruir as potencialidades das ferramentas tecnológicas de comunicação e informação. Inclusive, se você explorar toda essa tecnologia adequadamente, ela pode ajudar a melhorar as suas condições de vida. Bem, mas o que é necessário para que ocorra a inclusão digital? Falando aqui de uma forma geral e básica, são necessários três requisitos: um computador; acesso à internet; e, principalmente, o domínio sobre as ferramentas da internet. É por isso que eu falei, não basta unicamente entregar o computador na mão da pessoa, é importante que essa pessoa saiba o que fazer com esse computador. Por esse motivo, os programas de inclusão digital dos governos, por exemplo, devem sempre visar essencialmente a formação e alfabetização informática das pessoas, para que essas pessoas sejam aptas e consigam extrair os benefícios do universo digital, já que a utilização desses recursos tecnológicos de forma apropriada vai incluir esses indivíduos, tecnologicamente, digitalmente falando. E, claro, que tudo isso tem que ser feito em função do desenvolvimento da pessoa. Bem, meu amigo ou minha amiga. Nesse vídeo aqui, a gente conversou um pouco sobre a internet e sobre a inclusão digital. Eu espero que você tenha gostado aqui dessa aula e que também sirva para você refletir um pouco mais sobre toda essa parte aqui do que é a internet, do que são as tecnologias de informação e comunicação. E, também, o que a pessoa pode ganhar e se desenvolver ao ser incluída digitalmente. Quero deixar aqui para você um grande abraço e falar que a gente se encontra na próxima aula.