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Poluição

Hank discute diferentes formas de poluição e seus efeitos ecológicos. Versão original criada por EcoGeek.

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RKA7JV Acho que devemos fazer isso lá fora. Aqui é bem melhor! Isso é muito bonito, é natural, exceto isso: lixo, uma forma de poluição tão ruim! Isso me deixa com raiva e ainda tira toda a minha vontade de ficar aqui, porque acaba tirando toda a beleza natural que a gente pode ver por aqui. Mas existe uma pequena probabilidade de que isso, e até mesmo um milhão disso, tenha um impacto muito significativo para o ecossistema. O tipo de poluição com que nós realmente temos que nos preocupar muito é a do tipo que não vemos, ou porque é invisível, ou porque ele está sendo feito em locais que estamos menos propensos a encontrar. Obviamente e naturalmente, quando as pessoas realmente veem o impacto que a sua vida pode ter sobre o mundo, elas tendem a mudar sua maneira de viver. Inclusive, até mesmo o que costumam comprar e usar. Então, está na hora de sujar as mãos. Poluição: o termo que serve para qualquer substância que está no lugar errado ou nas concentrações erradas no meio ambiente. Lixo no meio ambiente é um tipo de poluição, mas produtos químicos produzidos naturalmente ou sinteticamente são os verdadeiros vilões. Nós tendemos a pensar em poluição em termos de produtos químicos sintéticos e estranhos feitos em uma grande indústria química. E isso, certamente, é um problema. Mas, como veremos um pouco, você tem que compreender que compostos naturais, nas concentrações erradas, podem fazer tantos danos quanto qualquer que seja o inseticida que estamos fazendo. Uma das principais maneiras como estamos alterando concentrações de compostos naturais é mexendo com os ciclos biogeoquímicos. É muito provável que você já tenha ouvido isso, mas o ciclo mais óbvio que estamos estragando é o do carbono, já que estamos liberando mais carbono que os reservatórios ao redor do mundo podem aguentar. Na atmosfera, oceanos, rochas, nos corpos dos seres vivos o ciclo continua indo felizmente, mas estamos sobrecarregando esse sistema. Cavando em busca de carbono, carvão mineral, petróleo, gás, e os queimando para alimentar o nosso estilo de vida do século 21. De repente, há mais carbono sendo liberado do que os reservatórios podem aguentar. As plantas e animais dizem: "Ok, nós já temos todo o carbono de que precisamos." E os oceanos: "Chega de carbono para a gente também". Ele só não pode voltar para a rocha, por isso ele fica na atmosfera como um gás do efeito estufa, isolando nosso planeta e alterando o clima. Outra coisa que estamos fazendo é alterar os ciclos do nitrogênio e do fósforo com efeitos muito semelhantes. Nitrogênio e fósforo são nutrientes que nós e outros organismos precisamos tanto para crescer, quanto para respirar e existir. Quando produzimos quantidades absurdas desses nutrientes, os ecossistemas ficam realmente muito confusos. É como quando na 5ª série eu percebi que eu poderia usar toda a minha mesada para comprar muitos chocolates e depois vender vários ovos na Páscoa. Foi legal no início! Apenas no início! Os fosfatos e nitratos são basicamente os principais ingredientes usados em fertilizantes. Os fosfatos também são encontrados em alguns detergentes. Quando a água sai de nossas casas ou das fazendas, os compostos são levados para os rios e depois oceanos. Isso pode acabar fazendo com que surjam muitas algas, podendo até mesmo sufocar o resto das plantas e animais aquáticos. Isso não é o fim. Quando todos os fósforos e nitrogênios são usados, as algas morrem, em seguida, as bactérias começam a decompor as algas mortas. Claro, os decompositores precisam de oxigênio, que eles tiram da água. Em seguida, os níveis de oxigênio da água diminuem, matando todos os peixes e qualquer outra coisa que precise de oxigênio. Isso é como os fosfatos e nitratos causam as zonas mortas. O maior exemplo disso está ocorrendo agora mesmo no Golfo do México, na foz do rio Mississípi. A zona morta do Golfo do México abrange 18 mil quilômetros quadrados do litoral do rio, e é basicamente uma faixa de água totalmente desoxigenada, causada por todos os fertilizantes lançados pelo rio Mississípi, que drena cerca de 2,6 milhões de quilômetros quadrados de terra diretamente para esse ponto no Golfo. O tamanho da zona morta varia sazonalmente, uma vez que depende de quanto adubo for usado por praticamente metade das fazendas da América. Sim, a poluição não é realizada apenas com produtos sintéticos com nomes complicados, às vezes é gerada por desequilíbrio de produtos químicos que precisamos para a nossa sobrevivência. No entanto, nem todos os produtos químicos encontrados na natureza são bons para nós. Na verdade, a terra tem alguns dos piores produtos tóxicos de que você já ouviu falar. O cianeto, por exemplo, está em um monte de coisas com que entramos em contato diariamente. Alimentos como amêndoas, espinafre e feijão verde contêm cianeto, assim como as sementes de maçãs e também sementes de pêssegos. O cianeto é útil para as plantas porque é um inseticida natural, provoca uma asfixia molecular e impede que os insetos sejam capazes de usar oxigênio. É preciso muito mais cianeto do que você encontra em uma amêndoa para acabar com um ser humano. Mas adivinhe! Nós encontramos uma forma de recolher um monte de cianeto em um só lugar, porque nós realmente amamos o ouro. Ouro, meu precioso! As operações de mineração usam cianeto em grandes quantidades a fim de separar ouro, prata e outros metais preciosos a partir do minério. O processo de cianeto utiliza o minério moído que foi extraído, e em seguida o minério pulverizado com uma solução de cianeto, que dissolve o metal do minério trazendo-o para fora. A solução, então, é recolhida e o precioso metal é retirado. O subproduto disso tudo é, claro, uma pilha de cianeto junto ao pó de rocha, e esses resíduos são muito perigosos de lidar, ou, pelo menos, de tentar lidar com eles. As minas fazem todos os tipos de coisas para reduzir a concentração de cianeto nestas sobras chamadas rejeitos. Eles também convertem o cianeto em cianite, que é menos tóxico. A toxina não é totalmente eliminada. Ele pode, também, acabar vazando para águas subterrâneas, ficando lá ou, simplesmente, dissolvendo outros metais tóxicos das rochas que também acabam em nossa água, como o mercúrio. Mercúrio é um outro poluente importante. Este super tóxico de ocorrência natural é o metal encontrado em carvão, entre outros lugares. Ele fica muito bem preso ao carvão, mas quando este é escavado e queimado para produzir eletricidade, o mercúrio acaba sendo liberado no ar. Em seguida, o mercúrio cai sobre a terra, onde ele faz o seu caminho em terra para a água, e, eventualmente, na cadeia alimentar, especialmente na cadeia alimentar marinha. Como resultado, apenas cerca de 25% do mercúrio liberado por usinas norte-americanas e fábricas, na verdade, termina nos Estados Unidos. O restante entra no ciclo global, que a maioria das pessoas acaba ingerindo. O mercúrio atua como uma poderosa neurotoxina em animais e interfere no cérebro e no sistema nervoso. Por fim, mais dois compostos que são liberados naturalmente são o dióxido de enxofre e odióxido de nitrogênio. A forma mais comum de essas coisas serem liberadas é através de erupções vulcânicas, ou através de algumas algas e bactérias. Nós liberamos milhões de toneladas dessas coisas no ambiente a cada ano devido à queima de combustíveis fósseis, como o carvão. Quando estes compostos reagem com o vapor de água na atmosfera, se transformam em ácido sulfúrico e ácido nítrico e, depois, retornam à superfície como chuva ácida. Nos solos, esses ácidos podem causar a liberação de elementos naturais mais tóxicos como o alumínio. Na água, eles podem envenenar o ambiente aquático e animais selvagens. E em terra, a acidez pode fazer com que ovos de animais não choquem e plantas percam nutrientes. As coisas têm melhorado um pouco depois que vários países começaram a ter missões de controle. Mas por volta de 1980, a chuva em grande parte da América do Norte tinha o mesmo pH que um suco de tomate que, objetivamente falando, é muito ruim. Então, essas são algumas das formas naturais de liberar produtos químicos com níveis tóxicos. Mas, também, estamos sintetizando os compostos que a natureza nunca sonhou sequer em fazer, deixando a sua própria marca especial de estragos. O problema aqui é escolher apenas um como exemplo, porque existem muitas e muitas coisas diferentes. Há toda uma classe de substâncias químicas chamadas desreguladores endócrinos, tais como os produtos farmacêuticos, pesticidas e plásticos. Mas alguns são apenas subproduto da indústria e da agricultura. Desreguladores endócrinos como o Bisfenol A, utilizados em mamadeiras, e que os fabricantes vêm tentando tirar dos seus produtos, são utilizados em plásticos, em lixiviação para as nossas bebidas, ou, ainda, são liberados pelos campos de agricultura e rios. Ou, apenas, são deixados em algum vaso sanitário quando for fazer xixi, porque estavam em algum medicamento que você tomou. O resultado é que eles entram no curso da água, às vezes, em altas concentrações, e os animais de lá fazem uso disso. O sistema endócrino que é, basicamente, os hormônios, controla uma vasta gama de funções no organismo. E, infelizmente, o número de distúrbios endócrinos tem aumentado. Estamos presenciando peixes em rios do mundo todo com o trato reprodutor feminino ou, ainda, com testículos que fazem ovos. Os peixes estão vivendo na água, mas nós estamos bebendo. Pessoas de todas as idades são suscetíveis aos distúrbios endócrinos, mas pesquisas sugerem que os fetos e as crianças são mais suscetíveis, já que seus sistemas ainda estão se formando. Os cientistas ainda estão estudando que efeitos esses compostos têm sobre sistemas reprodutivos e neurológicos, e eu estou muito preocupado que eles não façam isso rápido o suficiente. Os produtos químicos que estamos fazendo estão nos afetando de maneira que não poderíamos imaginar. E, provavelmente, também, de formas que nunca sequer sonhamos. Ao mesmo tempo, estamos reorganizando quanto e onde alguns compostos, que naturalmente aparecem, são adicionados aos outros cinco impactos que estamos causando na biosfera. Esses últimos vídeos mostraram uma triste realidade. Espero que seja uma tristeza esclarecedora. Isso nos leva à próxima fase da ecologia e à última lição deste curso, que é sobre a biologia da conservação e ecologia da restauração, que juntos, formam a ciência para salvar o nosso planeta e nós de nós mesmos.