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Saúde ambiental, conceito e riscos | Parte II

Esta vídeoaula é a continuação do conteúdo anterior em que abordamos o conceito de saúde ambiental e de indicadores de saúde, como, por exemplo, taxa de mortalidade infantil, cobertura do saneamento básico e incidência de doenças, em nível local, regional ou nacional.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga. Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de ciências da natureza. E, nesta aula, nós vamos continuar falando sobre saúde ambiental. E, nesta segunda parte, nós vamos conversar sobre indicadores de saúde. É interessante perceber que, após a obtenção dos dados de saúde, é preciso transformá-lo em indicadores para que possamos comparar o que foi observado em um determinado local com o que foi observado em outros locais ou com o que foi observado em outros momentos. Por isso que a construção de indicadores de saúde é necessária para analisar a situação atual de saúde, fazer comparações e avaliar mudanças ao longo do tempo. Isso tudo é feito visando a melhoria da saúde ambiental. Os indicadores de saúde são utilizados, na prática, quando apresenta uma relevância e viabilidade comprovada. E também traduzem, de forma confiável e prática, os aspectos da saúde individual ou coletiva. Mas quais são os indicadores de saúde? Bem, antes de falar sobre os indicadores de saúde, podemos falar sobre o que chamamos de frequência absoluta, que são números absolutos de casos de doenças ou de mortes. Esses valores não levam em consideração o tamanho da população de uma comunidade, de um estado ou de um país. Assim, quando estamos falando de indicadores de saúde, normalmente, estamos falando sobre a chamada frequência relativa, ou apenas frequência. Pois ela representa a razão entre a frequência absoluta e o número total de pessoas de uma comunidade. Ou seja, ela leva em consideração o tamanho da população. Por exemplo, vamos supor que temos duas cidades. A cidade A e a cidade B. Vamos dizer que a cidade A tenha mil habitantes e a cidade B tenha 10 mil habitantes. Vamos supor que 100 pessoas da cidade A ficaram doentes no último ano e 500 pessoas ficaram doentes na cidade A no mesmo período de tempo. Sendo assim, qual apresenta maior a frequência relativa de pessoas que ficaram doentes? Para podermos determinar a frequência relativa, a gente precisa calcular a razão entre o número de pessoas que ficaram doentes e o número total de população. Ou seja, o número total de pessoas que tem nessa cidade. Sendo assim, a frequência relativa de A é igual a 100 sobre 1000. 100 sobre 1000 é igual a quanto? É igual a 0,1. Colocando isso em termos percentuais, 0,1 é igual a 10%. Ou seja, 10% da população ficou doente no último ano. A gente pode fazer o mesmo com a cidade B. Assim, nós vamos ter 500 sobre 10.000. 500 sobre 10.000 é igual a 0,05. Colocando isso em termos percentuais, também, nós vamos ter 5%. Ou seja, em relação ao número total de habitantes de suas respectivas comunidades, a cidade A teve um percentual maior de pessoas que ficaram doentes em relação ao percentual da cidade B. Ou seja, isso indica para gente que a saúde na cidade A é menor que a saúde na cidade B. É claro que precisamos analisar outros fatores, tais como a incidência e a prevalência. Vamos conversar rapidamente sobre cada um deles. A incidência mede quando as pessoas tornaram-se doentes, já a prevalência mede quantas pessoas estão doentes. Conseguiu entender a diferença? Ambos os conceitos vão envolver espaço e tempo, já que a incidência vai dizer para gente quantas pessoas ficaram doentes em um certo intervalo de tempo. Já a prevalência vai dizer para gente quantas estão doentes nesse exato momento. No exemplo, aqui na nossa cidade A, vamos dizer que, atualmente, apenas 10 pessoas estão doentes. Então, a gente poderia fazer um cálculo aqui e chegar a esse número de pessoas que estão doentes no momento. E, claro, a gente poderia fazer isso também em termos relativos. Já a incidência foi quantas pessoas que ficaram doentes ao longo de um ano, conforme a gente já fez o nosso cálculo aqui. Ainda poderíamos falar de mortalidade, letalidade e sobrevida quando estamos falando de saúde coletiva. A mortalidade é um índice que vai refletir o número de mortes registradas em média por mil habitantes. Isso, claro, em uma determinada região em um período de tempo. Já a letalidade que é a proporção entre o número de mortes por uma doença e o número total de doentes que sofreram dessa doença ao longo de um determinado período de tempo. E, normalmente, ela expressa em termos percentuais. Já a sobrevida é uma taxa utilizada como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente. Por exemplo, a taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem, pelo menos, 5 anos após o diagnóstico de uma doença. Então, se nós temos uma taxa de 30% em 5 anos, significa que, após as pessoas de uma comunidade serem diagnosticada com uma doença, 30% dessas pessoas vai viver pelo menos 5 anos. Bem, esses são alguns dos termos que você vai ouvir falar quando nós estamos falando de indicadores de saúde. Mas é muito importante a gente conversar aqui, também, um pouco sobre o que são os índices e o que são os coeficientes. É preciso destacar aqui, meu amigo ou minha amiga, que índices não expressam uma probabilidade ou risco como os coeficientes, pois o que está contido no denominador não está sujeito ao risco de sofrer o evento descrito no numerador. Como assim? Ficou confuso? Um exemplo, a relação médico por habitantes é um índice, já que nós vamos ter um certo número de médicos para um conjunto de habitantes de uma comunidade. Então, os índices sempre vão apresentar uma relação entre alguma coisa e o número de habitantes. Médicos por habitantes, mortalidade infantil por habitantes, mortalidade materna por habitantes e, assim, sucessivamente. Como eu falei, de uma forma geral, nós podemos dizer que os índices são as relações entre frequências atribuídas da mesma unidade. Um detalhe importante é que os índices, normalmente, são apresentados de forma percentual, como já fiz aqui para você no exemplo, entre número de pessoas que ficaram doentes em relação ao número de habitantes. Tanto para a cidade A quanto para a cidade B. Agora, os coeficientes ou taxas são as relações entre o número de eventos reais e o que poderia acontecer, sendo essa, uma medida de risco para algo ocorrer. Por exemplo, o risco de adoecer ou morrer de uma determinada doença. Nós podemos considerar os coeficientes como se fossem medidas de probabilidade. Sendo assim, no cálculo dos coeficientes, é preciso tomar o cuidado de excluir, no denominador, as pessoas não expostas ao risco. Dessa forma, geralmente, o denominador do coeficiente representa a população exposta ao risco de sofrer o evento que está no numerador. Por exemplo, vamos dizer que na nossa cidade A, com 1000 habitantes, 500 pessoas estão expostas a um risco de ficar doente. E, dessas 500, 100 ficaram doentes. Sendo assim, o nosso coeficiente vai ser igual a 100 sobre 500 que é igual a 0,2. Ou seja, do total de pessoas que ficaram expostas ao risco, 20% ficaram doentes. Sendo assim, nós chegamos a uma probabilidade: de um total de pessoas que são expostas a um risco de ficar doente, 20% delas ficarão doentes. Vamos observar um pequeno exemplo aqui. Nós temos uma tabela em que é apresentado os coeficientes de mortalidade infantil, natimortalidade e possíveis indicadores de dano genotóxico ambiental. No ano de 1983, nós tínhamos aqui 110 mortes para cada 1000 crianças. Os coeficientes, normalmente, são apresentados dessa forma: uma razão entre o número de eventos e o número de pessoas expostas ao risco. Se nós estamos falando de mortalidade infantil, é óbvio que as pessoas expostas ao risco são as crianças. Então, se nós conseguimos calcular o coeficiente de mortalidade infantil no ano de 1983, nós teríamos o quê? Que para cada 1000 crianças, repare que esse daqui é o número de pessoas expostas ao risco, que nesse caso, são as crianças; então, para cada 1000 crianças, nós tivemos 110 crianças que morreram. Então 110 dividido por 1000 é igual a 0,11. Ou seja, no ano de 1983, 11% das crianças morreram. Como já falei antes, isso daqui se refere a uma probabilidade. Claro, nós estamos aqui falando de mortalidade infantil. Se nós estivéssemos falando de natimortalidade, que são as crianças que morrem assim que acabam de nascer, em relação ao ano de 1983, nós teríamos aqui um número menor. Nós teríamos aqui algo em torno de 18. Ou seja, de cada 1000 crianças, 18 morreram assim que nasceram. A gente poderia aqui fazer o cálculo dos coeficientes para cada um desses quatro casos apresentados aqui nessa tabela. E, dessa mesma forma, a gente consegue calcular o coeficiente de todos os casos relacionados à saúde ambiental. Claro, meu amigo ou minha amiga, que poderíamos ficar aqui horas, e horas, e horas conversando sobre índices e coeficientes. Mas, o objetivo principal aqui é que você conheça o que é a saúde ambiental e quais são os índices de saúde utilizados para dizer se uma comunidade é saudável ou não. E, desses índices, é importante que você conheça o que é a incidência, o que é a prevalência, o que é a mortalidade, a letalidade, e a sobrevida. Bem, mas enfim, meu amigo ou minha amiga, era isso que eu queria conversar um pouquinho com você. Eu espero que você tenha compreendido muito bem a ideia do que é saúde ambiental e, também, quais são os índices de saúde utilizados para dizer se uma comunidade é saudável ou não. Quero aproveitar aqui o momento e deixar para você um grande abraço e até a próxima aula.