If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Exemplo da importância da vacinação, a história da tuberculose no Brasil

Nesta videoaula apresentamos como as vacinas são importantes no controle de doenças usando como exemplo a história da tuberculose no Brasil.

Quer participar da conversa?

Nenhuma postagem por enquanto.
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA- Olá. Neste vídeo, eu vou falar sobre a importância da vacinação no controle de doenças utilizando como exemplo a história da tuberculose no Brasil. Como visto no vídeo anterior, as vacinas são importantes no controle e na prevenção de doenças. As vacinas protegem o nosso corpo contra patógenos provocam doenças graves, que podem, às vezes, levar até a morte. Nesses desenhos, nós temos a representação aqui de um indivíduo que tomou a vacina contra determinada doença. e continuou saudável. E aqui, um indivíduo que não tomou a vacina, teve doença e seu quadro pode progredir e até mesmo levar à morte. Bom, além disso, a vacinação protege os indivíduos que a receberam e também ajuda a comunidade como um todo. Por exemplo, os indivíduos que receberam a vacina, aqui representados com o sinal de positivo, eles estão saudáveis e os que não receberam, representados com o negativo, são os indivíduos que não estão saudáveis. Então, quanto mais pessoas ficam protegidas, menor é a chance delas, vacinadas ou não, de ficarem doentes. As vacinas, então, protegem o nosso corpo contra patógenos que podem ser vírus ou bactérias. Aqui é a representação dos patógenos e dos nossos anticorpos ao combater essas doenças. Algumas doenças que são prevenidas com vacinas, podem ser erradicadas completamente. Ou seja, a doença não irá mais existir em nenhum local do mundo. A única doença que foi erradicada mundialmente é a varíola. Aquela do vídeo anterior. Essa doença teve seu último registro em 1977. O vírus da poliomielite, que causa paralisia infantil, está em processo de ser erradicado. Isto porque ainda existem casos desta doença em alguns países da África e da Ásia que pode ser levado para qualquer outro local do mundo por pessoas que vieram desses locais, como, por exemplo, turistas ou profissionais que viajam muito. É por isso que é importante que todas as crianças sejam vacinadas segundo o calendário de vacinação e campanhas nacionais contra a poliomielite. No Brasil, o ministério da saúde oferece vacinas contra diversas doenças gratuitamente, através do Sistema Único de Saúde, o SUS. Baseados em evidências arqueológicas e históricas, os primeiros casos de tuberculose em humanos acredita-se que tenha ocorrido em múmias egípcias. Isso mesmo, há mais de cinco mil anos antes de Cristo. E a tuberculose era chamada de peste branca. Na América do Sul, achados arqueológicos também apontam para a presença de tuberculose em uma múmia peruana que morreu pelo menos 1.100 anos antes de Cristo. E, no Brasil, a tuberculose instalou-se desde a colonização do país, disseminando-se entre classes menos favorecidas. E, a partir do século 20, a doença passa a ser percebida como um preocupante problema de saúde em termos individuais e coletivos. Vamos ver um pouco sobre a história da tuberculose. A doença se originou a partir do primeiro gado domesticado, assim como a varíola. E, antigamente, não existia vacina. Em 1882, Robert Koch descobriu que a tuberculose é uma doença infecciosa causada por um bacilo, uma bactéria chamada de mycobacterium tuberculosis. Esse é o nome científico do bacilo causador da doença. E em 1905, esse pesquisador ganhou o prêmio Nobel de medicina por essa descoberta. Mas como essa doença é transmitida? A transmissão da tuberculose ocorre por via aérea. Quando uma pessoa infectada tosse, cospe, fala ou espirra expelindo, assim, gotículas contendo os bacilos que irá passar para uma outra pessoa. E a infecção se inicia quando o bacilo atinge aqui os alvéolos pulmonares, podendo espalhar para nódulos linfáticos e, daí, pelo sangue, pode atingir tecidos e órgãos, como os próprios pulmões, rins, ossos e até mesmo o cérebro. Uma vez infectado, o nosso sistema imunológico responde combatendo a maioria dos bacilos, levando à formação de granolomas que são lesões de tecidos mortos contendo a bactéria da tuberculose. Então, aqui mostrando um anticorpo e um antígeno. O nosso sistema imune evita, em até 90% dos casos, a disseminação da doença. Mas, em algumas pessoas, a tuberculose supera as defesas do sistema imune e se multiplica, progredindo, assim, a doença. Pessoas com o vírus da AIDS, HIV, pessoas que fazem uso de drogas injetáveis, e até mesmo pessoas com diabetes, possuem maiores chances de ter complicações com a tuberculose. As pessoas destes grupos são chamados grupos de risco. A pessoa infectada, então, pode apresentar estes sintomas clássicos: tosse crônica com mais de três semanas, podendo apresentar sangue e muco, suor noturno fadiga, perda de apetite, dor no peito, perda de peso, febre, além de dores musculares e, em casos mais graves, a eliminação de sangue e acúmulo de secreção no pulmão. O diagnóstico da tuberculose é feito por uma avaliação médica completa com o histórico médico, exame físico, uma radiografia do tórax, como esta, e culturas microbiológicas também estão disponíveis pelo SUS no Brasil. O tratamento da doença consiste em antibióticos tomados durante um longo período, mas a resistência a esses antibióticos é um problema cada vez maior e mais comum da tuberculose. Como medidas de prevenção da tuberculose estão: rastreamento de grupos de risco, detectar e tratar os casos e, a mais importante delas, a vacinação. A vacina contra a tuberculose foi desenvolvida em 1906 pelos franceses Albert Calmette e Camille Guérin que chamaram de bacilo de Calmette e Guérin. É por isso que até hoje, a vacina contra a tuberculose é chamado de vacina BGC. Esta vacina foi desenvolvida a partir de linhagens atenuadas da tuberculose bovina e foi usada em humanos pela primeira vez na França, em 1921. Mas a imunização com a vacina tornou-se obrigatória somente na década de 60. Após 1946, o tratamento e, não apenas a prevenção da tuberculose, tornou-se possível com o desenvolvimento de um antibiótico chamado estreptomicina. Estreptomicina. A partir daí pensava-se que a doença poderia ser erradicada. No entanto, surgiram novas cepas de bacilos resistentes nos anos 80. A Organização Mundial da Saúde, a OMS, declarou a tuberculose como uma emergência médica global no ano de 1993, tornando-se um problema de saúde pública associada à pobreza, desnutrição, superpopulação, moradias inadequadas e insalubres. Essa doença foi a principal responsável pela morte de pessoas com AIDS no mundo nas últimas décadas. A vacina BCG deve ser dada em todos os bebês a partir do primeiro mês de vida. Todos os anos, infelizmente, ocorrem novos casos em 1% da população. E o Brasil é o décimo nono país com o maior número de casos de tuberculose no mundo. A tuberculose foi também a principal causa de morte por doenças infecciosas e a maioria ocorreu em países em desenvolvimento. Mas, a partir dos anos 2000, tem diminuído o número de novos casos de tuberculose. A epidemia da tuberculose tornou-se realidade no Brasil na maioria das cidades e foi denominada de praga dos pobres. Isso porque está relacionado à má condições de vida e pobreza. Desde 1993, o setor público, então, começa a adotar medidas sanitárias para o controle da tuberculose, assim como foi feito para varíola e febre amarela. Leis para questões sanitárias começam a ser feitas. Ligas, serviços, campanhas e plano emergencial surgem com a participação de várias equipes. Este trabalho em equipe permite a notificação dos novos casos, o armazenamento e análise de dados, fornecimento de medicações, além de centros de referências estaduais e municipais nos quais suas equipes são treinadas e capacitadas. Bom, é isso que eu queria passar para vocês. Muito obrigada e até o próximo vídeo.