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Ciências EF: 8° ano
Curso: Ciências EF: 8° ano > Unidade 7
Lição 2: Fenômenos ambientais e meteorológicos- Fenômenos ambientais naturais versus fenômenos antrópicos
- Impactos ambientais e socioeconômicos dos fenômenos naturais
- Ações antrópicas e poluição atmosférica
- Impactos ambientais antrópicos
- Ações antrópicas que minimizam impactos ambientais climáticos
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Ações antrópicas que minimizam impactos ambientais climáticos
Nesta videoaula apresentamos ações individuais e globais que buscam minimizar os impactos das mudanças climáticas.
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Transcrição de vídeo
RKA - Olá!
Bem-vindos a mais uma aula de ciências, onde vamos falar sobre as ações antrópicas que minimizam os impactos ambientais
que geram mudanças climáticas. Mas para falarmos sobre estas ações, vamos saber um pouco sobre como o homem contribui para as mudanças climáticas globais. As mudanças climáticas não ocorrem
de um dia para o outro, mas através de processos que levam vários anos ou décadas,
que fazem com que as temperaturas, regimes de congelamento e degelo e precipitação globais sejam alterados.
As mudanças climáticas provocam impactos que afetam
desde a produção de alimentos até o aumento do nível do mar, que aumentam
o risco de inundações catastróficas e têm desestabilizado as sociedades e o meio ambiente de uma maneira geral
e sem precedentes. A temperatura terrestre vem aumentando e isso vem resultando em maiores taxas de evaporação e precipitação nas regiões do mundo, fazendo com que algumas delas se tornem mais úmidas e outras, mais secas. Entre
as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e, consequentemente, as mudanças climáticas, estão a queima de combustíveis fósseis, que são derivados do petróleo,
carvão mineral e gás natural, utilizados em grande escala nos meios de transporte, nas indústrias e para geração de energia, atividades industriais, a conversão do uso do solo com a derrubada da vegetação nativa para a utilização na agropecuária e aumento de áreas permeabilizadas através do crescimento exacerbado da urbanização e o descarte incorreto
de resíduos sólidos. Todas essas atividades emitem grande quantidade de gases
do efeito estufa na atmosfera, como o CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso) e os CFCs (clorofluorcarbonos), que são utilizados em geladeiras, aparelhos de ar condicionado, isolamento térmico e espumas.
Você já pensou que também é responsável pelas modificações climáticas? Você e mais todos ao seu redor contribuem para as transformações
que o mundo vem passando. Você precisa se vestir, e a roupa que você compra passou por um processo industrial e precisou de grande quantidade de água e energia para ficar pronta. Para se ter uma ideia, a fabricação de uma camisa de algodão
gasta em torno de 2.500 litros de água. E uma calça jeans, 8.000 litros. O mesmo ocorre com o alimento que você come, os recursos eletrônicos que você usa, o transporte que te leva de um lado para o outro. De qualquer jeito, precisamos comer, nos vestir, nos movimentar. Enfim, utilizamos os recursos naturais o tempo todo. Porém, nosso
comportamento nos diz se utilizamos a quantidade de recursos que nos cabe ou se utilizamos mais do que o planeta consegue nos suprir. Foi pensando nisso que, em 1990, dois cientistas canadenses criaram uma forma de medir o quanto
você usa do planeta para manter os seus hábitos de consumo atuais e chamaram de "pegada ecológica". Todos nós podemos calcular a nossa pegada ecológica e essa calculadora é disponibilizada em diversos sites, como o site do INPE,
o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O legal da pegada ecológica é que ela está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável, ou seja, ao uso racional e equitativo
dos recursos naturais. Por isso, ela mostra como algumas populações vivem com muito menos do que outras. As pesquisas revelam que cerca de 80% dos recursos naturais são consumidos por menos de 20%
da população mundial, sendo que os 20% mais ricos consomem 45% de toda a carne e o peixe à disposição no mercado, enquanto os 20% mais pobres consomem apenas 5%. Vamos verificar, agora, a pegada ecológica
de uma pessoa do sexo feminino, com idade entre 25 e 35 anos, casada, com filho e que mora em uma grande cidade, São Paulo. Seu grau de instrução é ensino superior e o salário
se encontra na margem de 4 a 6 salários mínimos. Esta mulher
se alimenta de carne diariamente, utiliza aparelho de ar condicionado em casa e compra seus alimentos principalmente em supermercados. Além de comprar roupas pelo menos uma vez ao mês, trocar seus eletrônicos por versões mais modernas
e fazer pouca separação do lixo, se movimenta utilizando principalmente o carro.
Com todos esses dados, o resultado encontrado para este nosso exemplo foi de 42 pontos, o que equivale a um estilo de vida
que está um pouco acima da capacidade natural de regeneração dos recursos do planeta.
Após a nossa aula, calcule a sua pegada ecológica. É rápido e você pode ver se está
em dia com o planeta. O site que disponibiliza esse cálculo de forma bem fácil, e foi
o que eu utilizei aqui em nosso exemplo, é esse do INPE. As mudanças climáticas se tornaram um desafio extremo para o mundo, mas os cientistas dizem que ainda é possível reverter esse quadro se não perdermos tempo.
E para isso, precisamos de medidas coletivas e individuais, além da adoção
de medidas públicas eficientes. Seria necessário eliminar a utilização dos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. Esse é o primeiro grande desafio da humanidade, visto que são os combustíveis mais utilizados no mundo, e países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Venezuela e Canadá,
que são os grandes produtores mundiais desses recursos, não têm interesse
em reduzir a sua produção. Outro desafio é zerar o desmatamento
em escala mundial para reduzir as emissões de carbono na atmosfera e também proteger florestas, savanas e outras formas de vegetação natural para capturar o excesso de CO2
que já está na atmosfera e o que ainda será que emitido na fase
de transição para uma economia neutra em carbono. Essa medida é muito importante,
porque o desmatamento representa 20% das emissões de gases de efeito estufa de origem humana. Você também pode contribuir fazendo a sua parte. Entre as medidas individuais que todo ser humano pode realizar estão a utilização de fontes alternativas de combustível e energia quando for possível, como
plásticos de origem vegetal, biodiesel, energia eólica, energia solar, a utilização de transporte coletivo, ou, quando puder, prefira fazer uma caminhada ou use a bicicleta para ir à escola, para o shopping, ou à casa de algum amigo. Outra forma de contribuição é comer de maneira inteligente, o que não quer dizer que você deve se tornar vegetariano ou vegano, mas pode optar, quando possível, por comer alimentos orgânicos,
que são aqueles que não exigem fertilizantes e que geralmente são cultivados
próximos de onde serão comercializados, não demandando muito combustível
para chegar ao consumidor, o que reduz as emissões de gases
do efeito estufa para a atmosfera. Realizar a separação do lixo da sua casa
e destiná-lo para o local correto, seja para reciclagem, seja para o aterro sanitário. Porém, a forma mais fácil de você reduzir
as emissões dos gases do efeito estufa é simplesmente comprar menos coisas
e evitar desperdícios. Até a nossa próxima aula!