Tratamentos contra o HIV

RKA - Alô, moçada! Tudo bem com vocês? Na aula de hoje, nós vamos conhecer um pouco sobre o HIV e os tratamentos atuais contra o vírus. O vírus da imunodeficiência humana, ou HIV, foi identificado pela primeira vez em 1982 nos Estados Unidos, Haiti e África Central. Três anos mais tarde, em 1985, surgem os primeiros exames capazes de identificar o vírus. Em 1987, os medicamentos produzidos para controlar o aumento da população do vírus, os chamados antirretrovirais, passam a ser a principal abordagem de tratamento para estes pacientes, pois diminuindo a quantidade de vírus no organismo, é possível aumentar a expectativa de vida dos indivíduos infectados, com qualidade. O primeiro medicamento utilizado foi o AZT e ele é utilizado até hoje. O vírus HIV, que é o vírus que nós estamos vendo nesta figura, infecta um tipo especial de células do nosso sistema imune de defesa. Essas células são conhecidas como Linfócitos T CD4. À medida que o vírus faz a infecção, ele destrói uma quantidade cada vez maior de células, levando o indivíduo a apresentar a aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Se o indivíduo não recebe tratamento adequado a tempo, ele pode morrer não por aids, mas sim por doenças oportunistas que se aproveitam do sistema imunológico debilitado. Por exemplo, uma gripe que poderia ser facilmente curada em pessoas que são saudáveis pode levar à morte uma pessoa que apresenta aids. E como é transmitido o HIV? Bom, o HIV é uma IST, ou seja, uma infecção sexualmente transmissível. Portanto, a principal rota de transmissão do vírus é via relação sexual sem o uso de preservativo. No entanto, há outras formas de se transmitir o vírus, como durante a gestação de mãe para filho, no que chamamos de transmissão vertical. Outra forma de se transmitir é durante a amamentação. Por fim, outra maneira de se transmitir o vírus HIV é via compartilhamento de seringas com sangue contaminado. É importante lembrar quais formas não transmitem o HIV. Beijo, suor, picada de inseto, pelo ar, espirro, toque e pelo compartilhamento de objetos pessoais, como livros, saunas, vaso sanitário e talheres não transmitem o vírus. As principais formas de se prevenir do vírus são praticar o ato sexual sempre com o uso de preservativo, não compartilhar seringas e agulhas em hipótese alguma, isso também vale para alicates de unha. Mulheres grávidas e portadores do vírus HIV devem realizar o tratamento para evitar a transmissão do vírus para o filho. Não há cura para os portadores do HIV, há tratamento com medicamentos cujo objetivo é impedir a formação de novos vírus e, assim, barrar a infecção das células do sistema imune de defesa. Atualmente, o tratamento dos pacientes é feito de forma combinada, ou seja, um coquetel de medicamentos. Há cerca de 38 antirretrovirais disponíveis e disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS. Há também uma classe de medicamentos conhecidos como medicamentos de profilaxia pré-exposição, também conhecidos com a sigla PrEp. Um exemplo desse medicamento é um remédio chamado de Truvada. Esse tipo de remédio é indicado para pessoas que fazem parte do grupo de risco e o objetivo dele, quando usado diariamente, é reduzir a infecção de novas células do sistema imune de defesa em até 90%. Mas atenção, o uso diário desse medicamento não isenta o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Por hoje é só! A aids ainda é uma doença muito cheia de estigmas e preconceitos que não têm fundamento. Para quem recebe o diagnóstico positivo, é muito importante buscar tratamento, pois mesmo que a aids não tenha cura, o tratamento é capaz de aumentar a expectativa de vida dos pacientes e com qualidade. Mas o melhor caminho ainda é sempre a prevenção. Bons estudos e até a próxima.