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Ciências EF: 8° ano
Curso: Ciências EF: 8° ano > Unidade 5
Lição 3: ISTs causadas por bactérias- O que é gonorreia?
- O que é clamídia?
- Clamídia – diagnóstico, tratamento e prevenção
- O que é sífilis?
- Sífilis terciária
- Sífilis congênita
- O que é cancro mole?
- O que é vaginose bacteriana?
- Infecções sexualmente transmissíveis causadas por bactérias
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O que é cancro mole?
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Transcrição de vídeo
RKA10GM - Olá, meu amigo ou minha amiga,
tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda
a mais uma aula de Ciências da Natureza. Nesta aula, vamos conversar sobre o cancroide. Ele é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Haemophilus ducreyi, que é encontrada principalmente
em ambientes tropicais. Mas por que o cancroide
é uma infecção sexualmente transmissível? É uma IST porque é transmitida
de uma pessoa para outra por meio do sexo, incluindo o sexo vaginal, anal ou oral. Vamos conversar sobre os diferentes sintomas
e sinais que uma pessoa com cancroide pode ter. Vamos colocar aqui o meu pobre amigo novamente. Esse nosso paciente vai ter
todos os sintomas e sinais diferentes. Uma das primeiras coisas que veremos são
esses estranhos pontos verdes no excremento. A razão para isso acontecer é porque a bactéria cancroide está lutando contra as células brancas no sangue, e como resultado dessa luta, desse combate, teremos uma inflamação,
podendo levar à febre ou a outros sintomas. E vou mencionar isso, inclusive. Digamos que através do sexo anal, tenhamos bactérias cancroides espalhadas por aqui, pelo ânus, no reto. Isto é, na verdade, uma visão sagital de uma mulher. Se imaginarmos que há um corte aqui no meio, entre os olhos, o nariz, a perna, teremos duas peças separadas. Isto é o interior de uma peça. Com essa visão, conseguimos ver
através do ânus e do reto, e o que temos são bactérias cancroides
se espalhando por toda esta região. E, claro, os glóbulos brancos vão até lá
para lutar contra essas bactérias. Tudo isso vai estar espalhado no excremento,
teremos tudo isto em meio ao excremento. Mas, além disso, também podemos ter o cancroide se espalhando pela uretra e, claro, isso vai até a bexiga. Deixe-me colocar o nome: isto é a uretra. Também podemos ter bactérias cancroides
se espalhando pela vagina até o colo do útero. Vamos colocar este nome também:
colo do útero. Com a disseminação do cancroide até a uretra,
teremos uma infecção chamada de uretrite, que pode causar muita dor ao urinar,
algo que é conhecida como disúria. Se por acaso tivermos uma inflamação no colo do útero,
teremos uma cervicite. Se uma mulher infectada tiver
alguma relação sexual, pode acabar tendo uma dor muito intensa associada
a essa relação, que é chamado dispareunia. A dispareunia é uma dor durante o ato sexual. Agora perto do trato genital, o cancroide
também pode se espalhar para os gânglios linfáticos, que estão mais ou menos por aqui. Estes são chamados gânglios linfáticos inguinais. Estou desenhando-os agora. O que pode acontecer é o cancroide
se espalhar para esses gânglios linfáticos e pode ocorrer o aumento deles porque, obviamente, os glóbulos brancos
estarão lutando contra as bactérias cancroides. Chamamos isso de linfadenopatia,
que é um inchaço dos gânglios linfáticos. E especificamente aqui estamos falando
de uma linfadenopatia inguinal, porque isso está acontecendo
nos gânglios linfáticos inguinais. Mas também é possível ter uma linfadenopatia axilar,
que ocorre nos linfonodos axilares. Uma das coisas que pode acontecer
se esses gânglios se tornarem grandes demais, é que eles realmente não estão sendo capazes de conter toda a inflamação do cancroide, que está lutando, inclusive, contra os glóbulos brancos e assim, eles podem acabar estourando internamente
e teremos uma ruptura. Quando isso ocorre, vamos ter uma infecção
na região onde o linfonodo estava, que costuma ser chamado de bubões. Tenho uma foto de um bubão, vou colocar aqui. Nesta foto, temos um inchaço dos gânglios inguinais. O último sintoma do qual falarei
sobre o cancroide é algo bem característico e que pode ser chamado,
inclusive, de cancro doloroso. Um cancro doloroso é algo
que talvez você já tenha ouvido falar antes. É uma espécie de lesão
que vai ocorrer nas membranas mucosas. Pode aparecer na ponta do pênis,
nas paredes da vagina ou, mais comumente, em mulheres, no colo do útero. Esse cancro é algo endurecido, então deixe-me desenhar aqui nas paredes
para vermos como eles são criados. Temos uma lesão endurecida aparecendo na ponta do pênis, e não esqueça que isso é bem doloroso. Já falei que podemos ter um cancro na sífilis,
mas é algo indolor. E a diferença é porque a sífilis
é causada pelo Treponema pallidum, enquanto o cancroide é causado
pelo Haemophilus ducreyi. Ou seja, se tivermos cancroide, sentiremos muita dor,
por ser algo realmente muito doloroso. Outra coisa interessante
sobre esses dolorosos cancros ou essas úlceras é que as mulheres tenderão a ter muito mais. Em média, as mulheres terão quatro ou mais úlceras,
enquanto os homens, em média, só têm uma. Já conhecendo esses sintomas
e seguindo um pouco mais à frente, como podemos diagnosticar um cancroide? Existem três testes principais que são usados. O primeiro teste é a clássica coloração de Gram,
que é algo visto, normalmente, no microscópio. O que veremos no microscópio
se tivermos um cancroide? O cancroide é um cocobacilo gram-negativo, então as bactérias gram-negativas geralmente apresentam uma cor avermelhada
ou açafrão em uma coloração de Gram. Vou escrever vermelho aqui. E o que significa ser cocobacilo? Temos duas formas diferentes: "coco" significa algo meio esférico,
enquanto "bacilo" significa bastonetes, então teremos um intermediário
entre algo esférico e um bastonete. O outro teste que podemos fazer é o de cultura, podemos cultivar as bactérias cancroides
em uma placa de Petri. Podemos fazer isso esfregando
uma amostra de alguém que suspeitamos que tenha infecção
por um tempo em torno de cinco dias, e aí veremos colônias de cancroides. Finalmente, o último teste que podemos fazer
é o de reação em cadeia da polimerase ou PCR, que utilizamos para detectar o ácido nucleico do Haemophilus ducreyi ou o ADN. Esse teste é geralmente o preferido, isso caso a gente tenha a capacidade de fazê-lo,
porque ele é o mais rápido dos três que mencionei. Agora que a gente já consegue fazer esse teste, vamos dizer que nós determinamos
que a pessoa possui cancroide. E como é possível tratar isso? Como todas as infecções sexualmente transmissíveis
causadas por uma bactéria, o tratamento vai ser feito através de antibióticos e podemos, inclusive, utilizar a cultura para determinar
a quais antibióticos as bactérias são sensíveis. Então utilizamos a cultura
para determinar a sensibilidade. Isso significa que quando fazemos
esse teste de cultura, podemos colocar um pouco deste antibiótico para ver como a bactéria vai crescer em resposta a isso. Talvez também podemos colocar um outro antibiótico aqui em cima para poder comparar. Com o tempo, vamos ver como a bactéria vai crescer aqui, onde tínhamos esse tipo de antibiótico. Talvez um outro antibiótico também
que, inclusive, espalhamos por aqui. Se com esse antibiótico não houve o crescimento
das bactérias cancroides ao redor, isso significa que esse será o antibiótico
usado para tratarmos a infecção. Por último, podemos fazer uma outra pergunta: como podemos prevenir o cancroide? O truque aqui, como a maioria das ISTs,
é bloquear a transmissão que, no caso do sexo, significa limitar a quantidade de contato direto entre uma pessoa infectada com uma pessoa não infectada. E para todos esses três tipos de sexo, isso pode ser alcançado através do uso de preservativos. Para o sexo oral, especificamente, isso também
pode ser alcançado com o uso de represas dentárias, que limitarão a quantidade de contato direto entre uma pessoa infectada com cancroide e uma não infectada. É isso aí, meu amigo ou minha amiga,
espero que tenha gostado desta aula e, mais uma vez, quero deixar um grande abraço,
e até o próximo vídeo!