Herpes neonatal

RKA - Alô, moçada! Tudo bem com vocês? Na videoaula de hoje, nós vamos ver sobre a herpes neonatal: seus sintomas, seu diagnóstico, tratamento e prevenção contra este vírus. A herpes é causada pelo vírus da "Herpes simplex", que nós estamos vendo nesta figura. A herpes é um vírus capaz de se alojar no sistema nervoso dos seus portadores e permanecer silenciosa até que ocorra o estímulo para que a doença se manifeste. Existem dois tipos de vírus da herpes: o vírus da herpes tipo 1 e o vírus da herpes tipo 2. O vírus da herpes do tipo 1 costuma provocar lesões nos lábios e febre. Já o tipo 2 infecta a região genital. Por esse motivo, há a possibilidade da ocorrência da herpes neonatal. A herpes neonatal é uma condição onde acontece a transmissão do vírus da herpes de mãe para filho durante o parto, já que o bebê pode entrar em contato com feridas presentes no canal vaginal na área genital da mãe. Esse tipo de transmissão é conhecida como transmissão vertical. Portanto, é quando acontece a transmissão da herpes da mãe para o bebê. Nos recém-nascidos que tiveram contato com o vírus da herpes, a doença pode permanecer silenciosa por algum período de tempo sem causar danos aparentes. Mas, na grande maioria das vezes, a herpes neonatal aparece como uma doença sistêmica, o que é muito grave, porque pode levar o bebê à morte ou causar graves danos cerebrais. Os sintomas costumam aparecer entre uma e três semanas após o contato com o vírus. O mais comum é que surjam feridas na pele e mucosas do bebê. Quando essas feridas não são tratadas nos neonatos, ou bebês recém-nascidos, podem evoluir, então, para a forma sistêmica em até dez dias, causando: hepatite, que é uma inflamação do fígado, encefalite, que é uma inflamação do cérebro, convulsões, problemas respiratórios e até instabilidade térmica, ou seja, uma dificuldade em controlar a própria temperatura. A taxa de morte para herpes neonatal sistêmica fica em torno de 50% até 80% dos casos, ou seja, é muito grave. Aqui nós estamos vendo algumas figuras com as lesões típicas que aparecem na herpes neonatal. Então, várias lesões em diferentes regiões do corpo. Aqui, a gente está vendo na cabecinha do bebê, na mucosa, na língua, em volta dos olhos, do nariz e da boca, ou seja, ela vai afetando e causando feridas no corpo todo do bebê. O diagnóstico da herpes neonatal pode ser feito primariamente com a visualização das feridas, como aquelas que nós vimos nas fotos anteriores. Uma vez visualizadas essas feridas ou uma vez que se suspeite que o bebê possa ter sido contaminado pelo vírus, são realizados exames específicos, como a reação de PCR, um exame específico chamado de PCR, também conhecido como reação em cadeia da polimerase, onde é possível ver a presença do vírus mesmo que em poucas quantidades no sangue. E um outro exame, imunohistoquímico, onde é possível detectar o anticorpo para a herpes no sangue do bebê. O tratamento para herpes neonatal é feito a partir do uso de medicamentos conhecidos como antivirais. Antivirais são remédios capazes de inibir a replicação do vírus, como o "aciclovir", que é muito utilizado para o tratamento da herpes neonatal. Além disso, também é recomendado realizar terapias de suporte, ou seja, é uma abordagem terapêutica que visa proporcionar o bem-estar ao paciente, por exemplo, manter a hidratação, alimentação adequada, suporte respiratório e controle das convulsões, quando essas se apresentam. Ainda não há métodos muito eficazes para a prevenção da herpes neonatal. O recomendado, até o momento, é fazer a recomendação de cesárea quando a mãe apresenta feridas na região genital, ou seja, em vez de realizar o parto normal, o parto natural do bebê, em que ele passaria pelo canal vaginal e entraria, então, em contato com as feridas, é recomendado que se faça uma intervenção cirúrgica para retirar o bebê. Em alguns casos é administrado também o antiviral aciclovir nas semanas finais da gestação. Por hoje é só. Hoje nós aprendemos o que é herpes neonatal. Vimos quais são os seus sintomas, como é feito o seu diagnóstico, o tratamento e a prevenção para essa doença. Bons estudos e até a próxima!