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Demanda energética brasileira

Precisamos de energia para realizar todas as nossas atividades diárias, seja para usar o celular, acender a luz, preparar as refeições ou nos locomovermos a longas distâncias. A soma do consumo de energia de todo o Brasil constitui o que chamamos de demanda energética. Neste artigo vamos conhecer a demanda energética brasileira.

Introdução

Você já passou por um apagão de energia? Eu já passei por dois na cidade de São Paulo durante a noite e sobrevivi.
Imagine o caos que a cidade virou! Todas as coisas que dependiam de energia elétrica pararam de funcionar – sinal/farol de trânsito, luz da rua e de todas as lojas, casas, hospitais, faculdades... Tudo parou!
Para você ter uma ideia do que é isso, imagine seu celular com a bateria acabando e você parado em um superengarrafamento, sem conseguir chegar em casa para carregá-lo. Aí, você se dá conta de que não adianta nada chegar em casa, porque lá também estará sem luz e não tem como carregar o celular. Situação difícil, não é?
Para evitar situações desse tipo, todos os países – o Brasil inclusive – fazem o acompanhamento do que chamamos de demanda energética, que é a quantidade de energia total consumida no país pelas pessoas, empresas e indústrias. O objetivo desse estudo é tentar prever a demanda futura a fim de se preparar para atendê-la, impedindo que ocorram novos apagões e garantindo o avanço socioeconômico.
Figura 1: Consumo mundial de energia.
A preparação envolve o investimento em fontes de energia, seja em pesquisas para torná-las cada vez mais eficientes, seja construindo novas fontes – por exemplo, hidrelétricas, como no Brasil.

A demanda energética brasileira

Quem você acha que consome energia no país?
As pessoas em suas casas? Sim.
Mas isso corresponde, segundo o relatório do governo, a apenas 9,6% de toda a energia consumida no país em 2017.
A maior parte da energia é consumida pelas indústrias e pelos meios de transporte, considerando aviões, caminhões, ônibus e carros.
Veja na tabela abaixo as porcentagens de consumo.
Setor% de consumo em 2017
Indústrias33,3
Transportes32,5
Residências9,6
Setor energético10
Agropecuária4
Serviços4,8
Uso não energético5,8
O consumo do setor energético corresponde à energia gasta no processo de produção de energia. Já o uso não energético corresponde ao consumo de derivados de petróleo na forma de asfalto, solventes de tintas, lubrificantes, graxas, parafina – ou seja, consumo de produtos que não envolvem a combustão do petróleo.

Aumento da demanda energética brasileira

Vimos até agora quais são os setores que consomem energia no Brasil e, também, que para o país é importante acompanhar o crescimento desse consumo a fim de se preparar para o futuro.
Mas quanto representa esse aumento de consumo?
O relatório do governo (o mesmo citado anteriormente) mostra que houve aumento de 1,7% no consumo total de energia entre 2016 e 2017.
Em relação ao consumo de energia elétrica, houve aumento de 0,9% de 2016 para 2017. Os setores que mais contribuíram foram o comercial (1,5%), o industrial (1,1%) e o residencial (0,8%).
Veja, a seguir, os principais motivos para o aumento do consumo de cada um dos setores.
  • Indústrias – aumento gerado pelo crescimento do consumo de carvão mineral (8,4%) no setor siderúrgico, de bagaço de cana na produção de açúcar (5,7%) e de lixívia na produção de papel e celulose (3,6%).
  • Transportes – houve aumento de 2,7% do consumo de óleo diesel usado principalmente pelos caminhões que realizam o transporte de cargas. Houve também aumento do número de carros que usam diesel, mas não tão significativo diante do aumento do consumo de 2,6% de gasolina. Esse aumento do consumo de gasolina foi acompanhado de diminuição de 0,4% do consumo de etanol.
  • Serviços – o comércio abriu novos estabelecimentos com alto padrão de consumo, como shoppings e hipermercados, e também ampliou o horário de funcionamento – e, consequentemente, o consumo de energia elétrica.
  • Residências – o consumo residencial acompanhou, em parte, o aumento de 0,77% da população brasileira entre 2016 e 2017. Você pode pensar que 0,77% é pouco, mas não se deixe enganar. Passamos de 205,5 milhões de pessoas para 207,7 milhões – um aumento real de 2,2 milhões de brasileiros! Porém, o aumento do consumo não se deve apenas ao aumento da população; é também fruto do aumento do acesso e uso crescente de novos aparelhos e equipamentos eletroeletrônicos que utilizam energia elétrica, como os celulares.
Figura 2: Geladeira que refrigera usando querosene. Propaganda de 1954.
Além disso, segundo estimativas ainda do setor elétrico, cada consumidor desperdiça, em média, 10% da energia fornecida, o que é um índice muito alto. Isso pode ser fruto de maus hábitos adquiridos, como deixar luzes acesas ou a televisão ligada sem ninguém no local, ou abrir a geladeira inúmeras vezes, ou ainda carregar a bateria do celular antes que ela chegue a 10% ou menos da carga.
Mas, felizmente, parece que as campanhas de consumo consciente estão começando a surtir efeito.
Você sabe como é o consumo de energia de sua casa? Você pode usar o simulador da Enel – a distribuidora de energia elétrica dos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo – para verificar e entender seu consumo de energia. Ele está disponível no site https://enel-ce.simuladordeconsumo.com.br/.

Referências das figuras

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