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Parto e nascimento

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Transcrição de vídeo

RKA10GM - E aí, pessoal, tudo bem? Eu achava que os filmes tinham me ensinado tudo que sei sobre partos. Como assim? A bolsa estoura, a mãe corre para o hospital, alguns trabalhos respiratórios são feitos e o bebê nasce. Mas, na verdade, está bem longe disso. Existem alguns sinais que dizem quando o bebê está para vir, e um deles é a insinuação fetal. Ou seja, quando o bebê está encaixando é um sinal de que ele está para vir. Muitas pessoas até chamam isso de "queda do ventre". Quando a cabeça do bebê começa a se encaixar na pélvis da mãe, ela pode sentir isso, ou seja, parece que o bebê está sentado, mais abaixo do abdômen, e este diagrama descreve bem isso. Nele é possível ver que temos a pélvis e este é o bebê. Podemos ver que a cabeça dele está encaixada na pélvis da mãe. Lembrando que a pélvis também é chamada de bacia, e isto aqui é chamado de insinuação fetal. E outro sinal é o que chamamos de contrações de Braxton Hicks. Contrações de Braxton Hicks, que às vezes são chamadas de contrações de prática. E é exatamente o que essas contrações são: contrações uterinas que ocorrem logo no primeiro trimestre. Mas ao contrário das contrações reais, elas são menos frequentes, ou seja, são mais irregulares. À medida que se chega perto do parto, as contrações de Braxton Hicks tendem a ficar mais frequentes, ou seja, tendem a se tornar mais desconfortáveis. E um terceiro sinal é a perda do tampão mucoso, ou seja, o muco que sela a abertura para o colo do útero, e chamamos isso de tampão mucoso. Ele sela o canal endocervical, o canal que está dentro do colo do útero. Quando o colo do útero se abre e começa a se dilatar, a ficha cai, ou seja, o bebê está nascendo. Às vezes, quando o muco fica cheio de sangue, temos o que chamamos de "show sangrento". Esses são alguns sinais do trabalho de parto. Mas o que é o trabalho de parto? O trabalho de parto gera contrações no colo do útero, e isso gera uma mudança nesse colo, ou seja, temos uma mudança, uma variação no colo do útero, e isso que é trabalho de parto. Nós dividimos esse trabalho de parto em três estágios, e cada um deles tem o seu próprio objetivo. Temos o primeiro estágio, depois o segundo e, por fim, o terceiro. Então vamos falar de cada um desses estágios de forma independente. Vamos começar pelo primeiro estágio do trabalho de parto, que é o mais longo desse trabalho. No primeiro estágio, o colo do útero se torna totalmente dilatado. E o que isso significa? Que o colo do útero fica totalmente dilatado e deixa de ser espesso, ou seja, deixa de ser completamente fechado e abre cerca de 10 centímetros. Ele vai de zero para 10 centímetros, aproximadamente, e tem uma dilatação completa. Isso é muita mudança. Claro que isso não acontece só de uma vez, mas em três etapas distintas. O primeiro estágio é dividido em três etapas, e a primeira é chamada de fase latente. Durante a fase latente, as contrações se tornam mais fortes, ou seja, se tornam mais frequentes e mais regulares. E o que está acontecendo aqui é um afinamento do colo do útero, que se parece mais ou menos com isto. Mas, claro, não está acontecendo tanta dilatação assim. O colo do útero se dilata, no máximo, 3 centímetros durante essa fase. E, claro, essa fase latente é a que mais varia de mulher para mulher. Para as mulheres que já tiveram filhos, essa fase dura de 10 a 12 horas, e para as mulheres que estão tendo o primeiro filho, dura, em média, 20 horas. Depois disso, temos a próxima fase, que é chamada de fase ativa e, agora, podemos nos concentrar na dilatação do colo do útero. Na fase ativa, o colo do útero é dilatado de 2 ou 3 centímetros para 8 ou 9 centímetros. Observe que o espaço está aumentando e essa é a fase que se pode chamar de mais previsível do trabalho de parto. E é tão previsível que medimos isso para avaliar. O que quero dizer com isso é que a mãe dilata cerca de 1,2 centímetros por hora, e, claro, isso em uma mãe de primeira viagem. Agora, em uma mãe que já teve filhos, o útero costuma dilatar 1,5 centímetros por hora, ou seja, é muito provável de ocorrerem estas taxas. Isso é tão previsível que se o colo do útero não estiver dilatando nessa velocidade, até ficamos preocupados. E a última fase é o que chamamos de desaceleração, e algumas pessoas até chamam isso de transição. Nessa fase, o colo do útero continua a se dilatar, mas em um ritmo mais lento do que na fase ativa. Em algumas mulheres é tão pouca essa dilatação que é como se fosse uma espécie de extensão da fase ativa. Então com essas fases, temos o colo do útero totalmente dilatado. Já a segunda fase do trabalho de parto é o que chamamos de período expulsivo. Em mulheres que já foram mães, isso dura menos do que uma hora. Em mães de primeira viagem isso dura menos do que 2 horas, mas, claro, uma anestesia epidural pode até prolongar essa fase. Finalmente, temos o terceiro estágio, que é o período de dequitação, e isso não demora mais do que 30 minutos. Espero que isto aqui tenha ajudado você a entender o que ocorre, de fato, em um trabalho de parto. Mas o que acontece quando as coisas não ocorrem naturalmente? Ou seja, o que está acontecendo quando o trabalho de parto não ocorre rapidamente ou tão efetivamente como deveria? Caso o parto não esteja acontecendo de forma normal. Então temos que avaliar os três "P". O primeiro "P" é poder, o segundo é o passageiro e o último é a passagem. Devemos avaliar estas coisas quando o trabalho de parto não está acontecendo normalmente, ou seja, é um trabalho de parto anormal. O primeiro "P" se refere ao poder que as contrações uterinas estão exercendo ou, mais especificamente, para a força que é gerada pelos músculos uterinos quando se contraem. Se houver uma anomalia no parto, temos que nos perguntar se as contrações uterinas estão ocorrendo com frequência suficiente. Ou seja, essas contrações são suficientes? Talvez não sejam fortes o suficiente? E podemos avaliar isso por meio da observação. Normalmente deve-se ter de 3 a 5 contrações a cada 10 minutos, e isso com cada contração entre 40 e 60 segundos, e cada contração sendo forte o suficiente para que o útero se sinta firme quando for apalpado, ou seja, tocado. Mas se for preferível uma medida mais direta, existem dispositivos chamados cateteres intrauterinos, que podem ser inseridos na vagina e no útero, e isso dará uma medida numérica, ou seja, uma medida mais precisa de quão forte é cada contração. De qualquer forma, as contrações do trabalho de parto devem ser mais ou menos como estas. Quando elas não têm uma frequência correta, podemos usar uma droga, como a oxitocina, ou seja, o medicamento chamado oxitocina que faz com que o útero se contraia para nos ajudar. Claro, também temos que pensar na força que a mãe está exercendo. Será que a força que ela está exercendo é forte o suficiente? Feito isso, podemos verificar o segundo "P" que é o passageiro. E, claro, o passageiro é o feto. Devemos considerar algumas coisas sobre o feto, incluindo a sua orientação, ou seja, se está saindo primeiro a cabeça, os pés ou ombro, tudo isso deve ser considerado. Claro, também consideramos o quão grande é a cabeça do feto. Tudo isso é necessário se está havendo alguma anormalidade no trabalho de parto. Finalmente, temos o terceiro "P" que é a passagem, que se refere ao tipo de pélvis óssea da mãe e também aos tecidos moles do canal do parto. E a anomalia no trabalho de parto também pode ser resultado de algo que chamamos de desproporção cefalopélvica. Deixe-me colocar aqui "desproporção cefalopélvica", assim fica melhor. Claro, 'cefalo' significa cabeça e 'pélvica' significa pélvis, então estamos falando da desproporção da cabeça do bebê e da pélvis da mãe. Basicamente, a cabeça do bebê não cabe, não consegue passar através da pélvis da mãe. Ou o bebê é muito grande ou a pélvis da mãe é muito pequena. Nesses casos, a junta médica acaba optando por uma cesariana. Ou seja, a cesariana acaba sendo o único tipo de tratamento para esse problema. Este é um breve resumo do trabalho de parto. Na próxima vez que vocês estiverem vendo um filme, vão ver quantos detalhes eles deixaram de fora. É isso aí, pessoal, até a próxima aula!