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Métodos contraceptivos | Parte I

Nesta videoaula tratamos dos métodos contraceptivos, comparando os modos de ação, possíveis efeitos colaterais e eficácia no impedimento de uma gravidez indesejada.

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Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) a mais uma aula de ciências da natureza. E, nesta aula, nós vamos conversar sobre os métodos contraceptivos. Um dos grandes sonhos de muitas pessoas é o de constituir e formar uma família. O grande problema é quando isso ocorre de uma forma não planejada e, muitas vezes, de uma forma prematura. Por isso que é muito importante que você saiba da importância de prevenir a gravidez prematura ou indesejada. E é sobre isso que nós vamos conversar hoje: sobre os métodos contraceptivos, que são comportamentos ou medicamentos utilizados para evitar uma gravidez. Embora muitas pessoas tenham o grande desejo de ter uma família e ter filhos, existem pessoas que não têm esse objetivo. E é importante que você saiba que ter, ou não, filho é uma escolha. Você tem o direito de querer viver sozinho ou sozinha, ter alguém ao seu lado ou não, ou mesmo ter ou não filhos. Ninguém pode te impor a fazer algo que você não queira. O planejamento sexual e reprodutivo é uma condição importante para a saúde das mulheres e homens, sejam adolescentes, jovens ou adultos. Todos os indivíduos têm o direito de decidir de forma livre e responsável se querem ou não ter filhos. Dessa forma, meu amigo ou minha amiga, todos têm o direito de realizar o planejamento reprodutivo; ou seja, todos têm o direito a ter acesso aos métodos e técnicas para a concepção e anticoncepção. Além disso, todos também têm o direito a informações e acompanhamentos por um profissional de saúde. Isso tudo em um contexto de escolha livre e bem informada. Além disso, todos também têm o direito de exercer a sexualidade e a reprodução, livre de discriminação, imposição e violência. Por isso, como eu falei com você, meu amigo ou minha amiga, é importante demais que você saiba o momento certo para conceber uma criança, e também como é possível evitar uma gravidez em um momento indesejado. E, aí, nesse caso, é possível utilizar métodos contraceptivos. É importante falar aqui com você que a contracepção é o ato de evitar a gravidez; e os métodos desse controle incluem medicamentos, procedimentos, dispositivos e comportamentos. A anticoncepção tem uma história milenar. Hipócrates e Aristóteles, que eram gregos que viviam lá no século V antes de Cristo, já falavam sobre alguns elementos naturais, tais como as sementes de cenoura selvagem, para prevenir a gravidez. O interessante nisso tudo é que o uso de anticoncepcionais feitos de plantas naturais parece ter sido tão difundido na região do mediterrâneo que, no século II antes de Cristo, Políbio (um outro grego aí da antiguidade) escreveu que as famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos. Claro, isso só é possível utilizando métodos anticoncepcionais. Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais, ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas. Ah, um detalhe: a anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. Ah, outro detalhe: assim que foi estabelecida a relação do sêmen com a gravidez, o método anticoncepcional masculino mais conhecido foi o chamado coito interrompido. Como estamos conversando aqui um pouquinho sobre história, acredita-se que o preservativo masculino tenha origem nos tempos da Roma antiga, quando eram utilizadas bexigas de animais para a proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Os preservativos mais parecidos com os modernos, tais como os preservativos de linho, foram descritos apenas em 1564 pelo anatomista italiano Falópio. Provavelmente, você já deve ter ouvido esse nome antes. No século XVIII, pedaços das vísceras de animais eram utilizadas para produzir os chamados preservativos de pele. Aí, com a invenção da borracha em 1844 foi impulsionada a fabricação de preservativos mais aceitáveis e baratos que os anteriores. O desenvolvimento do poliuretano, que é um complexo químico utilizado para a fabricação de várias coisas, inclusive plásticos flexíveis, possibilitou o lançamento do primeiro preservativo feminino em 1992. Mas, enfim, atualmente, existem diversos métodos contraceptivos, tanto masculino como feminino. Alguns deles, inclusive, também ajudam a evitar a transmissão de ISTs, que são "infecções sexualmente transmissíveis"; mas isso é um assunto para uma outra aula. Nessa aula aqui, nós vamos conversar sobre o método de ação, os efeitos colaterais e a eficácia desses métodos em relação à contracepção. Bem, meu amigo ou minha amiga, os métodos mais comuns de evitar a concepção que podemos comentar aqui são: métodos comportamentais; preservativos masculinos e femininos; pílula anticoncepcional; anticoncepcionais injetáveis; dispositivo intrauterino (também conhecido como DIU); ligadura de trompas e vasectomia. A escolha do método anticoncepcional deve contar com o auxílio e a orientação de um profissional de saúde, que vai orientar de forma correta quais são os métodos disponíveis, como utilizá-los, quais as vantagens e desvantagens de cada um, e também vai avaliar, junto com o homem, a mulher ou os dois, qual é o método mais indicado para cada situação. Não se esqueça que estar bem informado é fundamental para fazer a escolha certa. Os adolescente também têm direito ao acesso aos métodos contraceptivos, inclusive à pílula de emergência. O Estatuto da Criança e do Adolescente garante confidencialidade e sigilo sobre a sua atividade sexual e prescrição de métodos contraceptivos; inclusive, não sendo necessário consentimento ou participação dos pais ou responsáveis nas consultas. Bem, meu amigo ou minha amiga, vamos parar essa aula por aqui e vamos continuar na segunda parte, onde nós vamos conversar sobre os principais métodos para realizar a contracepção. Eu espero que você tenha gostado aqui desse vídeo, e quero deixar aí para você um grande abraço. E até a próxima!