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Dimensão ética da sexualidade humana

Nesta videoaula abordamos os aspectos éticos da sexualidade humana, ou seja, o respeito a si mesmo e ao outro e à manifestação da sexualidade.

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Transcrição de vídeo

RKA3JV - Alô, moçada! Vamos continuar nossa conversa sobre as dimensões da sexualidade. Nos vídeos anteriores, nós já conversamos sobre as dimensões biológicas, sociocultural e afetiva. Hoje falaremos sobre as dimensões éticas. Lembrando que é sempre muito importante conversar sobre essas dimensões acerca da sexualidade. Ela faz parte da nossa vida e da nossa saúde desde o momento em que nascemos até a morte. E isso envolve diversos aspectos. Bom, a dimensão ética da sexualidade se refere à capacidade humana de se relacionar e envolve diferentes condições como o amor, o afeto, a amizade e o respeito. Observe as imagens e pense, qual é a idade destas pessoas? O que elas gostam de fazer? De qual música gostam? Com quem moram? Que tipo de comida preferem? Todos nós temos vivências individuais e temos nossas preferências por música, comida, filme. E estas preferências justificam nossas escolhas e definem também nosso comportamento sexual. É muito importante falarmos sobre a sexualidade para elaborarmos princípios e valores que gerem uma vida saudável e responsável, com cidadania, respeito a si e ao outro e responsabilidade. Um ponto importante quando se trata da ética na sexualidade é o respeito às diferenças, seja com o outro ou seja com você mesmo. E isso inclui a orientação sexual de cada um. A orientação sexual se refere a atração que uma pessoa sente por outra. Pessoas que sentem atração por outra do sexo oposto, são chamadas de heterossexuais. Outras sentem atração por pessoas do mesmo sexo, elas são chamadas de homossexuais. E há outras, ainda, que sentem atração por pessoas de ambos os sexos, elas são chamadas de bissexuais. Mas, além dessas três orientações sexuais, existem ainda outras inúmeras identificações. Independentemente de como a pessoa manifeste sua sexualidade, sua orientação sexual deve ser sempre respeitada. Isso quer dizer que ainda que alguém não concorde com a orientação sexual de outra pessoa, isso não é motivo para discriminá-la e nem desrespeitá-la. Infelizmente isso não é o que tem ocorrido aqui no Brasil. O relatório sobre o estudo da violência LGBT fóbicas no Brasil de Marcos Vinícius Moura Silva, do Ministério dos Direitos Humanos, mostra que, por exemplo, os gays, que são aqueles que sentem atração ou mantêm vínculo amoroso com pessoas do mesmo sexo, sofreram violação de seus direitos, em 27,4% dos casos denunciados ao disque 100, em sua própria residência. E em 23,2% das denúncias relataram sofrer violação na rua. Vamos olhar este outro gráfico que trata sobre as lésbicas. Eu gostaria de chamar atenção sobre os tipos de violência que os grupos LGBT infelizmente sofrem. Violência institucional, que é aquela praticada nos serviços públicos ou privados. Omissão dos funcionários no local, que pode ser mau atendimento ou até recusa em atender. Violência sexual, negligência, violência física, violência psicológica e discriminatória. É importante entender que a orientação sexual não é opção sexual. Ou seja, ninguém escolhe se sentir atraído por determinado sexo ou por outro. Isso, simplesmente, acontece. É bom lembrar que ninguém escolheria não poder viver em plena liberdade o amor que sente. Ninguém escolheria não poder demonstrar o afeto e carinho que sente, sem medo em qualquer lugar ou ocasião. O respeito à diversidade está presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. E o artigo segundo diz o seguinte: todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. Assim, devemos valorizar o respeito às diversidades, desde a sexualidade até a igualdade de oportunidades entre os gêneros, a compreensão sobre a orientação sexual, e, enfim, o acolhimento das pessoas e a empatia independentemente de raça, idade, sexualidade e condição econômica. Assunto importantíssimo na aula de hoje, não é mesmo? Bons estudos, e até a próxima!