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Curso: Ciências EF: 8° ano > Unidade 4
Lição 4: Sexualidade humana- Dimensão sociocultural da sexualidade humana
- Dimensão biológica da sexualidade humana
- Dimensão afetiva da sexualidade humana
- Dimensão ética da sexualidade humana
- Aspectos culturais da sexualidade humana
- Afetividade, respeito a si e ao outro na sexualidade
- Sexualidade e gravidez na adolescência
- Dimensões da sexualidade humana
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Dimensão ética da sexualidade humana
Nesta videoaula abordamos os aspectos éticos da sexualidade humana, ou seja, o respeito a si mesmo e ao outro e à manifestação da sexualidade.
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - Alô, moçada! Vamos continuar nossa conversa sobre
as dimensões da sexualidade. Nos vídeos anteriores, nós já conversamos sobre
as dimensões biológicas, sociocultural e afetiva. Hoje falaremos sobre as dimensões éticas. Lembrando que é sempre
muito importante conversar sobre essas dimensões acerca
da sexualidade. Ela faz parte da nossa vida
e da nossa saúde desde o momento em que nascemos
até a morte. E isso envolve diversos aspectos. Bom, a dimensão ética da sexualidade se refere à capacidade humana
de se relacionar e envolve diferentes condições
como o amor, o afeto, a amizade e o respeito. Observe as imagens e pense, qual é a idade destas pessoas? O que elas gostam de fazer? De qual música gostam? Com quem moram? Que tipo de comida preferem? Todos nós temos vivências individuais e temos nossas preferências
por música, comida, filme. E estas preferências justificam
nossas escolhas e definem também nosso
comportamento sexual. É muito importante falarmos
sobre a sexualidade para elaborarmos princípios e valores que gerem uma vida saudável
e responsável, com cidadania, respeito a si
e ao outro e responsabilidade. Um ponto importante quando
se trata da ética na sexualidade é o respeito às diferenças, seja com o outro ou
seja com você mesmo. E isso inclui a orientação
sexual de cada um. A orientação sexual se refere a atração
que uma pessoa sente por outra. Pessoas que sentem atração
por outra do sexo oposto, são chamadas de heterossexuais. Outras sentem atração por
pessoas do mesmo sexo, elas são chamadas de homossexuais. E há outras, ainda, que sentem
atração por pessoas de ambos os sexos, elas são chamadas de bissexuais. Mas, além dessas três orientações sexuais, existem ainda outras
inúmeras identificações. Independentemente de como
a pessoa manifeste sua sexualidade, sua orientação sexual deve ser
sempre respeitada. Isso quer dizer que ainda
que alguém não concorde com a orientação sexual de outra pessoa, isso não é motivo para discriminá-la
e nem desrespeitá-la. Infelizmente isso não é o que
tem ocorrido aqui no Brasil. O relatório sobre o estudo da
violência LGBT fóbicas no Brasil de Marcos Vinícius Moura Silva, do Ministério dos Direitos Humanos, mostra que, por exemplo, os gays, que são aqueles que
sentem atração ou mantêm vínculo amoroso
com pessoas do mesmo sexo, sofreram violação de seus direitos, em 27,4% dos casos
denunciados ao disque 100, em sua própria residência. E em 23,2% das denúncias relataram
sofrer violação na rua. Vamos olhar este outro gráfico
que trata sobre as lésbicas. Eu gostaria de chamar atenção
sobre os tipos de violência que os grupos LGBT
infelizmente sofrem. Violência institucional, que é aquela praticada nos
serviços públicos ou privados. Omissão dos funcionários no local, que pode ser mau atendimento
ou até recusa em atender. Violência sexual, negligência,
violência física, violência psicológica e discriminatória. É importante entender que a orientação
sexual não é opção sexual. Ou seja, ninguém escolhe se sentir
atraído por determinado sexo ou por outro. Isso, simplesmente, acontece. É bom lembrar que ninguém escolheria não poder viver em plena liberdade
o amor que sente. Ninguém escolheria não poder
demonstrar o afeto e carinho que sente, sem medo em qualquer lugar ou ocasião. O respeito à diversidade está presente na Declaração Universal dos
Direitos Humanos adotada e proclamada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1948. E o artigo segundo diz o seguinte: todo ser humano tem capacidade
para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Não será também feita nenhuma distinção
fundada na condição política, jurídica ou internacional do país
ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra
limitação de soberania. Assim, devemos valorizar
o respeito às diversidades, desde a sexualidade até a igualdade
de oportunidades entre os gêneros, a compreensão sobre a orientação sexual, e, enfim, o acolhimento das pessoas e a empatia independentemente de raça, idade, sexualidade
e condição econômica. Assunto importantíssimo
na aula de hoje, não é mesmo? Bons estudos, e até a próxima!