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Civilizações detectáveis em nossa galáxia 2

Por que nós ainda nos preocupamos com a Equação de Drake. Pensando sobre a fração da vida de um planeta quando uma civilização pode ser detectável. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA4JL - E aí, pessoal, tudo bem? Talvez você esteja se perguntando porque ainda estamos nos preocupando com a equação de Drake, ou porque estamos tentando descobrir o número de civilizações detectáveis na nossa galáxia quando nós não temos a menor ideia dessas coisas aqui, ou seja, nós não conhecemos a fração de planetas que podem ter vida ou gerar vida, ou então quantos planetas podem ter vida inteligente, quer dizer, nós não conhecemos estas respostas aqui. De fato, nós não conhecemos essas respostas por um bom tempo. Então, qual é o objetivo desse exercício? Claro, este é um ponto de vista válido, porque mesmo que a equação de Drake não seja uma equação tão difícil como nós definimos aqui, ela não é uma equação na qual nós conseguimos resolver problemas de engenharia, física, ou qualquer coisa desse tipo. Eu a vejo mais como uma experiência de pensamento, ou seja, ela pode estruturar o nosso pensamento em torno desse problema, e é por isso que eu a acho importante. Provavelmente ela não vai nos dar um número real, mas vai nos ajudar a pensar a respeito disso, ou melhor o que é necessário para os planetas chegarem ao ponto de terem vidas inteligentes. E embora você ache que isso é desnecessário, por exemplo, há 200 anos não existia nenhuma maneira das pessoas terem uma estimativa do número de estrelas na galáxia, e agora nós temos uma ideia. Esse trabalho foi realizado nos últimos 20 ou 30 anos. E também era quase impossível fazer uma média dos planetas capazes de manterem a vida. Existem até outros métodos indiretos para pensar sobre isso. Por exemplo, alguns desses exoplanetas parecem como se estivessem na zona certa. Eles parecem que têm a assinatura química certa com base em outras informações que estamos recebendo. E talvez eles sejam capazes de sustentar a vida. Então, conforme o tempo passa e a tecnologia melhora, podemos ser capazes de ficar melhores, melhores e melhores nisso. Mas claro, isso não vai acontecer em breve. Isso é só para estruturar o nosso pensamento. Eu quero falar nessa aula de um breve esclarecimento do que eu falei no último vídeo. No último vídeo eu falei que este L aqui era a vida útil ao longo da vida da estrela. Mas o que é relevante é o tempo de vida da civilização enquanto ela é detectável. Então não importa se a civilização tem cerca de 100 mil anos, ou seja, se ela não está liberando qualquer tipo de coisa que podemos detectar. Não é com isso que nós estamos nos preocupando. Nós estamos nos preocupando com 5 mil, 10 mil anos, ou 100 mil anos, quando elas estão usando algum tipo de comunicação ou algum tipo de radiação eletromagnética que podemos detectar quando algo assim chegar até nós. Uma outra coisa que eu quero deixar claro é que quando nós estamos falando do número de civilizações detectáveis em uma galáxia, neste momento, (deixe-me escrever aqui o "agora", entre aspas). Então quando nós estamos falando de civilizações detectáveis "agora", nós não estamos falando de civilizações que sejam parecidas com a nossa, ou seja, que desenvolveram comunicação à rádio nos últimos cem anos. Porque, francamente, essas civilizações não poderiam estar 100 anos-luz longe de nós. Isso para sermos capazes de detectar aqueles sinais agora. Se elas estão no outro lado da galáxia, nós não conseguiríamos detectar os seus sinais por mais de dezenas de milhares de anos. Então, quando eu estou falando do "agora", estou me referindo aos sinais recebidos agora. Então, "sinais recebidos". Por exemplo, você pode ter uma civilização que desenvolveu rádio 70 mil anos atrás, mas como eles estão há 70 mil anos-luz longe e talvez entraram em colapso 10 mil anos depois, então nós estamos recebendo o seu primeiro sinal de rádio agora. Então essa seria a civilização que nós estamos contando nesta equação. Então, só para lembrar o que são cada um desses termos: aqui nós temos o número de estrelas na galáxia, que está entre 100 e 400 bilhões, e multiplicamos isso pela chance de terem planetas, e multiplicamos isso pela média desse planetas serem capazes de manter a vida, e multiplicarmos isso pela chance desses planetas terem vida, e multiplicamos isso por essas vidas serem vidas inteligentes, e multiplicamos por vidas detectáveis. Por exemplo, algum tipo de vida que começou a emitir, quem sabe, um sinal à rádio. Mas não sabemos exatamente. Então, estes seis primeiros termos aqui nos dizem os números de civilizações que ocorreram em algum ponto da história. Mas o que nós nos importamos são as civilizações que são detectáveis agora, ou seja, nós não queremos saber daqueles que deixaram um sinal antes de nós. E nós temos tudo isso, sendo que essa aqui é a quantidade de civilizações detectáveis enquanto eles estavam enviando um sinal de rádio, dividido pela vida daquele planeta, ou sistema solar, ou quem sabe uma estrela. Isso para qualquer dada estrela ou qualquer planeta que atenda a esses critérios. Então, o que eu quero saber é: qual é a chance disso estar acontecendo agora? Ou seja, de alguma civilização estar enviando algum tipo de sinal a rádio agora? Esse cara é o tempo de vida útil ao longo da vida da estrela, e esse aqui é a média de vida da estrela. Isso aqui é como se fosse o tempo de vida detectável da estrela dividido pela vida do sistema solar, ou um planeta. Então, para ficar mais claro, digamos que o tempo de vida do Sol com a Terra e nosso sistema solar seja de, aproximadamente, 10 bilhões de anos. Digamos que nós, como humanos, eu vou ser bem otimista aqui, digamos que uma civilização seja detectável por um milhão de anos. Então nós somos detectáveis por um milhão de anos. Se olharmos para essa equação, vai ser 1 milhão sobre 10 bilhões. Então se eu simplificar isso aqui, isso vai ser 1 em 10 mil. Então, mesmo que nós estivermos enviando um sinal nosso por 1 milhão de anos, a extensão relativa a toda a história do nosso planeta e nosso Sol, se alguém aleatoriamente analisar o nosso sistema solar em algum tempo aleatório na nossa história, isso nestes 10 bilhões de anos, existe somente uma chance em cada 10 mil de acontecer, ou seja, deles conseguirem nos perceber enquanto enviamos o nosso sinal. Isso assumindo que não existe civilização em Marte e Vênus, ou que não havia nenhuma outra civilização na Terra há centenas de milhares de anos. Então, aqui nós temos apenas uma chance em 10 mil de nos detectar, e isso assumindo que estão olhando agora. Por exemplo, não poderia ser uma civilização há cerca de 3 milhões de anos atrás, e talvez eles fizeram essa busca há 20, 100 ou mil anos-luz de nós, ou seja, eles miraram os seus telescópios para nós. Mas se eles fizeram isso há 1 ou 2 milhões de anos, eles podem ter mirado no Sol e não receberam qualquer sinal de rádio, ou qualquer outro sinal de vida. Isso porque quando eles olharam para cá, eles não acertaram a única chance em 10 mil chances. Mas é isso aí, pessoal. Até a próxima aula!