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Teoria endossimbiótica

Teoria que fala sobre como mitocôndrias, cloroplastos e outras organelas ligadas à membrana da célula eucarionte provavelmente surgiram de uma simbiose entre procariontes aeróbios e ancestrais eucariontes anaeróbios hospedeiros. Desenvolvido por Lynn Margulis.

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RKA21MC - Olá, vamos iniciar mais uma aula. Vamos começar recordando algumas coisas. Pense só, quando olhamos para o interior das células eucarióticas, vemos organelas ligadas à membrana e algumas dessas organelas ligadas à membrana são particularmente interessantes. Por exemplo, aqui temos uma figura de um cloroplasto, que é encontrado em células de plantas e algas, e sabemos que é aqui que a fotossíntese ocorre, mas o que é realmente interessante além disso, é que parece que os cloroplastos têm a estrutura necessária para ser uma célula procariótica independente. Não os vemos agindo de forma independente, mas eles têm seu próprio DNA, também possui ribossomos, e sabemos ser o local onde há tradução do RNA mensageiro e formação da proteína. Da mesma forma, outra organela ligada à membrana que vemos em células eucarióticas, e isso incluiria até mesmo células animais e as células em seu e meu corpo, são as mitocôndrias. E as mitocôndrias são frequentemente vistas como as fábricas de energia das células eucarióticas, elas aproveitam o oxigênio para produzir ATP. Como os cloroplastos, as mitocôndrias têm seu próprio DNA e possuem ribossomos mitocondriais. Aqui estão apenas algumas representações de como as mitocôndrias podem parecer dentro de uma célula eucariótica maior, e assim, biólogos evolucionistas por muitas décadas olharam para isso e disseram: Bem, por que essas coisas existem? Por que quase se parecem com células procarióticas que podem viver de forma independente? E há até exemplos de células procarióticas, bactérias procarióticas independentes, que vivem em simbiose dentro de outras células e se parecem muito com mitocôndrias e cloroplastos. E então, se avançarmos para a década de 1960, uma cientista chamada Lynn Margulis entra em cena com a teoria da endossimbiose. De acordo com a teoria desenvolvida por ela, algumas organelas delimitadas por membrana, como mitocôndrias e cloroplastos, ao longo de nosso passado evolutivo, digamos dois bilhões e meio de anos atrás, vieram de ancestrais que eram, na verdade, organismos procarióticos independentes, que podiam produzir energia aerobicamente, ou seja, utilizando o oxigênio do ambiente, e que seriam os precursores do que consideraríamos hoje como células eucarióticas modernas, que já poderiam ter algumas estruturas ligadas à membrana, como o núcleo e talvez algumas outras organelas, e só poderiam metabolizar coisas anaerobicamente, ou seja, eles não podiam utilizar o oxigênio do ambiente, enquanto os nossos primeiros personagens poderiam utilizar o oxigênio. Portanto, nessa condição eles poderiam ter se tornado simbiontes, onde aquele que poderia utilizar o oxigênio para produzir mais energia seria engolfado na célula maior, e essa célula maior seria capaz de fornecer nutrientes e proteção, enquanto a célula menor que está engolfada dentro dela é capaz de metabolizar melhor os nutrientes e aproveitar o oxigênio para produzir mais energia. Com o tempo, essa relação simbiótica se tornou ainda mais conectada, de modo que o organismo menor não poderia mais viver sozinho por ter perdido parte de seu DNA, que era necessário para agir de forma independente. Parte dele pode ter sido incorporada ao DNA da célula maior, e esses organismos menores são os que eventualmente evoluíram para o que consideramos hoje ser mitocôndrias. Essa é uma teoria fascinante realmente comprovada. Quando Lynn Margulis publicou essa teoria pela primeira vez, no final dos anos de 1960, ela não foi levada tão a sério, mas logo foi validada. Conforme examinamos as estruturas de DNA de mitocôndrias e cloroplastos, é possível perceber que essa é realmente a teoria mais provável de como essas organelas surgiram em nossas células. Falamos muito sobre seleção natural e o papel da variação e mutações, mas Lynn Margulis apresenta outra ideia que poderia catalisar a evolução, que é a simbiose. Vemos a simbiose em todo mundo natural, e seu argumento é que, às vezes, esses simbiontes podem se tornar tão codependentes uns dos outros que se fundem em um organismo. Muito interessante, não é? Isso é tudo, até a próxima aula!