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Biologia AP
Curso: Biologia AP > Unidade 2
Lição 4: Permeabilidade das membranas- Introdução à membrana plasmática
- Revisão sobre membrana plasmática e modelo de mosaico fluido
- Artigo sobre modelo de mosaico fluido: membranas celulares
- Paredes das células vegetais
- A matriz extracelular e a parede celular
- Permeabilidade das membranas
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Introdução à membrana plasmática
Aprenda como os fosfolipídios compõem a membrana plasmática e quais tipos de moléculas conseguem penetrar ou sair da membrana por meio de difusão passiva. Por William Tsai. . Versão original criada por William Tsai.
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- Legal saber sobre o esqueleto de glicerol, primeiro vídeo que vi explicar isso :v(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA21MC - Olá! Vamos iniciar mais uma aula
da Khan Academy Brasil. Quando você vai nadar
ou tomar banho, já se perguntou por que as células
em seu corpo não se enchem de água, ou por que as substâncias em
suas células não vazam para piscina? Bem, a razão é porque temos uma estrutura
muito importante que impede que isso aconteça, e nós a chamamos de membrana celular. A membrana celular é
o que delimita uma célula, então se tivermos uma imagem muito básica de
uma célula aqui com um pequeno núcleo no interior, essa camada externa rosa é o que
chamamos de membrana celular. A membrana celular pode proteger
nossa célula do ambiente externo e pode determinar o que
pode entrar e sair dela. Essa é uma propriedade que
chamamos de semipermeabilidade, é um pouco permeável, ou seja, algumas
coisas podem entrar enquanto outras não. Uma vez que esta é uma parte
tão importante da nossa célula, na verdade é uma das razões pelas quais
podemos realmente sobreviver no mundo, então o que realmente
compõe essa estrutura? Bem, o principal componente de uma
membrana celular é o que chamamos de fosfolipídio. Existem outras substâncias que
constituem a membrana celular, mas os componentes mais
importantes são os fosfolipídios. Os fosfolipídios têm
três componentes principais. O primeiro é um grupo fosfato que
forma a região da cabeça do fosfolipídio, o segundo é um
esqueleto de glicerol e o terceiro são os ácidos graxos
que formam a cauda da molécula. Quando desenhamos, colocamos o grupo fosfato
como uma espécie de cabeça em forma de círculo e uma cauda de ácido graxo pende dele,
como a corda de um balão. Onde está a nossa estrutura de glicerol? Bem, nossa espinha dorsal de glicerol
é realmente o que parece, é o que mantém a causa de
ácido graxo ligada ao grupo fosfato, é a espinha dorsal desta molécula, portanto
geralmente não é desenhado na imagem. Mas lembre-se de que ele está lá e mantém a
cauda de ácidos graxos ligada à cabeça de fosfato. Essa estrutura tem uma
propriedade muito interessante. Aqui, este grupo principal é
na verdade hidrofílico ou polar. Hidrofílico significa que adora água. Este grupo fosfato fará tudo que puder
para chegar à água porque adora água, mas esses ácidos graxos não, porque são
cadeias de carbono muito, muito longas e hidrofóbicas. Lembre-se que fóbico, fobia, é ter medo e hidro é água,
então é aquele que repele a água. Esses dois ácidos graxos farão
todo o possível para fugir da água. Uma molécula que tem essas propriedades
juntas é o que chamamos de molécula anfipática. Isso significa que a molécula tem uma
sessão hidrofóbica e uma sessão hidrofílica, então na água o que isso faria? Digamos que colocamos uma
tonelada dessas moléculas na água. Uma vez na água, as cabeças hidrofílicas querem
estar o mais perto possível da água, mas as caudas não. Então, o que vai acontecer é que esses
grupos de fosfatos vão se agrupar, enquanto as causas tentam
se proteger da água, mas como essa substância está na água,
a água também estará aqui, então haverá a formação de
uma estrutura realmente única, porque as causas de ácido graxo
vão começar a ser um par assim e os fosfolipídios vão ficar
de cabeça para baixo, de modo que os grupos de fosfato
podem estar próximos da água enquanto esta seção interna,
por ser hidrofóbica, fica longe da água. Isso é o que chamamos
de bicamada fosfolipídica. Esta é uma estrutura básica
de uma estrutura celular, e como mencionamos, essa
seção interna será hidrofóbica. Portanto, agora temos a estrutura
mais ou menos assim. Chamamos isso de nossa camada bifosfolipídica,
ou bicamada lipídica para abreviar, mas esta sessão aqui também
não interage com a água? Como essa estrutura pode ser assim
se esta sessão aqui ainda toca a água? Sabemos que as caudas de ácidos graxos
não querem tocar a água. Em uma célula na vida real, o que realmente acontece é
que acabamos com a estrutura que forma um círculo, como este aqui nessa representação. Em uma célula, essa parede é realmente muito
fina em comparação com o restante dela, então você notará que esta água
aqui não se torna mais um problema, porque em nossas células reais a água pode
estar do lado de fora e do lado de dentro. Não importa onde essa
membrana celular toque, a água sempre estará em contato com
a região da cabeça da molécula, que é hidrofílica e que
está em busca de água, e dentro da membrana celular, na verdade,
temos uma sessão hidrofóbica. Mencionamos antes que a membrana celular é
semipermeável e vamos explorar isso um pouco mais. Veja esse desenho que temos aqui.
É uma imagem de uma membrana celular. Como mencionamos, a membrana celular é,
na verdade, uma esfera que envolve nossa célula, por isso resolvi desenhá-la em uma linha reta, e este pode ser o ambiente externo, ou o extracelular,
e este pode ser o interno ou intracelular. Você notará que a membrana da célula tem
esses fosfolipídios realmente bem juntos, então, geralmente, somente pequenas
moléculas podem passar através dela. Outra propriedade da
membrana celular que discutimos é que esta seção interna aqui
é realmente hidrofóbica, portanto moléculas geralmente pequenas e apolares
podem atravessar nossa membrana celular. Isso é o que chamamos
de difusão passiva. Qual é um bom exemplo de
uma molécula pequena e apolar? Bem, o tipo mais comum de molécula
pequena e apolar tende a ser os gases. Coisas como O₂, por exemplo, ou CO₂, que
são coisas que nos cercam todos os dias, e nossa célula, de certo modo, respira essas
moléculas para dentro e para fora dela. Só os gases podem passar facilmente
através da nossa membrana celular, e isso é muito rápido,
eles são pequenos e apolares. Então, com o que mais nossa
célula interage todos os dias? Bem, o mais comum é a água. Mas a água, apesar de ser uma
molécula muito pequena, ela é polar. Outra coisa semelhante à água é o etanol,
é como o álcool que podemos beber. Então como eles interagem com
a nossa membrana celular? Dissemos que a membrana celular
gosta de moléculas pequenas, então elas realmente podem
passar através da membrana, mas nossa membrana celular
prefere moléculas apolares, por isso esses compostos de que
falamos vão passar muito devagar, e podem passar porque são tão pequenos
que escapam, mas bem devagar, porque essa região muito hidrofóbica
ainda não vai gostar de ter água lá. Se temos pequenas moléculas polares, que tal
algo que é grande e é apolar, como o benzeno? O benzeno pode realmente
atravessar a membrana celular. Mesmo sendo grande,
ele é Apolar, então vai se dar muito bem com aquela
região hidrofóbica em nossa membrana celular, mas vai passar muito devagar. Que tal algo grande e polar? Bem, uma molécula como essa
seria açúcar ou glicose. Na verdade, a glicose não pode passar pela
membrana celular porque é grande e polar, é o completo oposto do que a membrana
permite que atravesse a célula, portanto a glicose terá que ser
absorvida por nós por outros meios, mas não pode passar
pela membrana celular. E quanto às moléculas carregadas? Estas também estão por todo lugar.
Quer um exemplo de uma molécula carregada? Seria algo como um íon cloreto,
um íon sódio ou qualquer tipo de íon. Outra molécula carregada bastante
comum são os aminoácidos, e uma vez que eles estão carregados, eles são tão incrivelmente polares ou carregados
que também não podem passar. Em resumo, nossa membrana celular
protege as nossas células e determina o que entra e sai, uma
propriedade que chamamos de semipermeabilidade. Essa membrana é feita de
um monte de fosfolipídios juntos. Como nossa membrana celular tem uma
região hidrofóbica muito grande, ela prefere moléculas apolares, e como esses fosfolipídios ficam arranjados
muito próximos uns dos outros, nossa membrana celular também
prefere a passagem de pequenas moléculas, portanto ela é semipermeável, permitindo geralmente que moléculas pequenas
e apolares passem através dela. Isso é tudo.
Até a nossa próxima aula!