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Biologia AP
Proteínas da membrana plasmática
Aprenda sobre os diferentes tipos de proteínas que existem na membrana plasmática. Por William Tsai. . Versão original criada por William Tsai.
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- Gostaria do acesso a fonte bibliografica que descreve o tipo de associação "proteina ligada a lipidio"(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA14C Olá! Vamos iniciar mais uma aula
da Khan Academy Brasil. Neste vídeo, vamos explorar
as proteínas de membrana. Você sabia que a membrana celular pode ser composta por até 75% de proteína? A maioria das membranas celulares têm
cerca de 50% ou menos de proteínas. Elas existem porque a membrana celular usa proteínas para
praticamente tudo que faz. As proteínas participam
de todos os processos que a membrana celular realiza. Então, vamos lembrar o que
realmente é uma membrana celular? A membrana é feita de pequenas
coisas que se parecem com isto, que são fosfolipídios. Eles ficam bem juntos e formam
o que chamamos de bicamada lipídica, que é mais ou menos assim. Composta por muitos
destes pequenos fosfolipídios que desenhamos acima
e formam a nossa bicamada. Então, você pode ver que existem
duas camadas desses fosfolipídios. Na membrana celular, também existem
dois tipos principais de proteínas. O primeiro tipo é parecido com isto aqui e pode estar em qualquer parte
da membrana. Geralmente há alguns deles
em toda a célula. Isto é o que chamamos
de proteína integral. Você notará que é chamada
de proteína integral, porque é como se ela estivesse
integrada em toda a membrana. Outro tipo de proteína
que podemos encontrar e que geralmente aparece
no topo da membrana, mas ocasionalmente pode estar
ligeiramente na membrana e também pode repousar
sobre proteínas integrais, são as proteínas periféricas. A razão pela qual chamamos
de proteína periférica é porque ela está na periferia
ou fora da membrana celular. A diferença entre as proteínas
periféricas e as integrais é que as proteínas integrais
estão realmente presas dentro da membrana,
como você pode ver aqui. A proteína integral está realmente
dentro da membrana. Como resultado,
é muito difícil de removê-la. Já as proteínas periféricas
se ligam e se removem da membrana celular
ou de outras proteínas. Elas geralmente participam
de diferentes processos celulares. Por exemplo, um hormônio pode ser
uma proteína periférica e pode se ligar à célula,
fazer com que ela faça alguma coisa, e depois ir embora. As proteínas periféricas
também podem estar dentro da célula na membrana celular. Um outro tipo de proteína pode aparecer
dentro da membrana celular, assim. Mas é um tipo raro, chamamos
de proteína ligada a lipídios. Por que você pode pensar que
uma proteína ligada a lipídios é tão difícil de encontrar, tão rara? Bem, a razão é porque as proteínas
existem na membrana para interagir com o ambiente externo, e as proteínas ligadas aos lipídios
estão presas no interior da própria membrana celular. Portanto, ela pode realmente interagir
com o exterior da célula ou com o seu interior, mas não tem uma grande função em termos das funções das proteínas
de membrana celular. Agora, vamos falar sobre
dois tipos de proteínas integrais que são extremamente importantes, porque elas são encontradas
em toda a célula e ajudam a manter a sua homeostase, ou seja, o seu equilíbrio. O primeiro tipo é mais ou menos isto aqui. Esta é uma proteína integral. Para o que você acha que esta proteína
pode ser usada? Aqui não temos duas proteínas, mas só uma proteína com
uma passagem através dela. Essa proteína é realmente usada para
permitir que as coisas passem pela célula. Chamamos isso de proteína de canal, porque em seu meio
há um canal ou um buraco que permite que as coisas passem. Então, por exemplo,
se houver algum tipo de íon... Digamos que este seja um íon Na⁺, um íon sódio,
e isto está fora da célula. E a célula, neste ponto,
precisa desses íons sódio para realizar um processo
realmente importante. Então, o que as proteínas do canal fazem é permitir que esses íons
que estão no meio extracelular entrem nas células. Normalmente, esses íons de sódio não seriam capazes de passar
pela membrana celular sozinhos. Por isso, essas proteínas de canal
são importantes, porque permitem que nosso corpo
absorva diferentes materiais do ambiente externo
para dentro de nossas células. Mas elas também podem fazer o contrário! Digamos que sua célula tenha sódio demais e precise se livrar dele. Assim, as proteínas de canal
podem começar a bombear isso para fora. Essas proteínas geralmente
não requerem energia para realizar o transporte pela membrana, então, não há gasto de ATP. Outra coisa sobre as proteínas de canal é que elas funcionam a favor
do gradiente de concentração. Como assim? Aqui fora há muito sódio e,
no lado de dentro, há muito pouco. Então, a proteína vai bombear o sódio de onde há maior quantidade
para onde há menor quantidade. Isso é o que chamamos de ir
a favor do gradiente de concentração. O segundo tipo de proteína integral
que é muito importante é chamado de proteína transportadora. Como o nome indica,
essa proteína carrega substâncias para dentro da célula. Então, se há uma molécula
que está fora da célula, e a célula realmente
precisa dessa molécula, o que a proteína transportadora faz é realmente proteger essa substância para que ela possa entrar
na célula com segurança. Ela também pode fazer isso ao contrário. Sendo assim, ela pode levar algo
para dentro da célula ou bombear algo para fora da célula. Esse tipo de proteína
é muito importante porque, ao contrário das proteínas de canal, as transportadoras podem ir contra
o gradiente de concentração. E isso é muito importante, porque, digamos que sua célula
tenha muitos íons cloreto, e que seu corpo precise
de mais desses íons para realizar um determinado processo. O que seu corpo pode fazer é trazer
mais íons cloreto para célula, mesmo que ela já tenha
muitos íons cloreto. Portanto, as proteínas transportadoras às vezes podem usar energia. Ou seja, ATP. Finalmente, existe um tipo de proteína que pode estar em qualquer proteína
que desenhamos aqui. Seria o que chamamos de glicoproteína. Então, como seria uma glicoproteína? Existe uma cadeia de açúcares
ligada a uma proteína, podendo ser proteínas integrais, proteínas periféricas ou proteínas de canal. Você pode notar que glicoproteínas
têm o prefixo glico, que significa açúcar. Basicamente, é apenas açúcar
mais proteína. O propósito das glicoproteínas
é atuar na sinalização, permitindo que uma célula
reconheça outra célula. Em resumo, temos na membrana celular
várias proteínas diferentes. E podemos ver duas classes principais
de proteínas. Temos proteínas periféricas,
que estão do lado de fora da célula e são realmente fáceis
de remover da membrana. As proteínas integrais
ficam presas dentro da célula e são muito difíceis de serem removidas. Temos também proteínas ligadas a lipídios, proteínas de canal, que permitem que as coisas
se movam através da célula a favor do gradiente de concentração
e não requerem energia. Por último, temos
as proteínas transportadoras, que podem pegar uma
molécula específica e levá-la para dentro da célula, ou o contrário, podendo atuar contra
o gradiente de concentração. Essas proteínas às vezes podem usar ATP. Finalmente, temos glicoproteínas, que realmente podem ser qualquer uma
das proteínas que extraímos. É um açúcar mais uma proteína
que participa na sinalização e reconhecimento celular. É isso...
Até a nossa próxima aula!