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Biologia AP
Curso: Biologia AP > Unidade 4
Lição 3: Transcrição e processamento de RNA- Estrutura molecular do RNA
- Ácidos nucleicos
- Transcrição e processamento do mRNA
- Regulação pós-transcricional
- Transcrição do gene eucariótico: indo do DNA ao RNAm
- Resumo da transcrição
- Processamento de pré-mRNA eucarióta
- Transcrição e processamento de RNA
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Regulação pós-transcricional
Versão original criada por Tracy Kim Kovach.
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Transcrição de vídeo
RKA21MC - Alô, alô, moçada!
Tudo bem com vocês? Hoje nós vamos conversar sobre
a modificação pós-transcricional, que é aquela que acontece com o RNA mensageiro após
ter sido transcrito a partir da fita molde de DNA. Depois de transcrita, essa fita de RNA mensageiro precisa
ser arrumadinha para sair do núcleo em grande estilo e ser traduzida no citoplasma. Após sofrer essa arrumação, que nada mais é
do que modificações pós-transcricionais, ou seja, modificações que vão acontecer após a transcrição,
o RNA mensageiro é dito maduro. Essas modificações acontecem
apenas com organismos eucariontes e são importantes pois auxiliam
na estabilização do RNA mensageiro, protegendo-o de degradações prematuras
antes de ser traduzido. Veja, o DNA foi transcrito, base por base,
em RNA mensageiro. Observe que há segmentos chamados de éxons,
que são regiões que codificam proteínas, e segmentos que não são codificantes chamados
íntrons, que não codificam proteínas. Os íntrons precisam ser retirados,
cortados do RNA mensageiro, e quem faz isso é uma maquinaria que
já vimos chamada de spliceossomo, que atua como uma
tesoura de corte de cabelo. Ela envolve o íntron e o
separa do RNA mensageiro, e então conecta os dois éxons adjacentes
que estão nas extremidades, unindo-os. Bom, o nosso RNA mensageiro está ficando elegante
para sua saída do núcleo, mas ainda não está pronto. A eles são adicionadas as
regiões e suas extremidades. Na região cinco linha é adicionada uma
estrutura chamada de CAP cinco linha, se ligando ao grupo fosfato. e na região três linha é adicionada
uma cauda poli-A na hidroxila terminal. Essas adições nas extremidades protegem o RNA
mensageiro de exonucleases, integrado a um RNA estranho, atuando também como marcadores que indicam que o
RNA mensageiro com essas modificações é do próprio organismo e
não de um organismo estranho. O CAP cinco linha também tem função importante no
momento da ligação do ribossomo para tradução e na sinalização desse RNA mensageiro para
ser exportado do núcleo para o citoplasma, o que quer dizer cauda poli-A.
Isso se refere a uma poliadenilação na qual múltiplos monofosfatos
de adenosina, ou seja, adeninas, são adicionadas para atuar protegendo
as extremidades de exonucleases, aumentando o tempo de vida
desse RNA mensageiro. Também é um sinalizador importante no momento
da exportação desse RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma. A cauda poli-A também ajuda na transcrição,
sinalizando a terminação para o RNA polimerase. A poliadenilação é catalisada por uma enzima
chamada de poliadenilado polimerase, e tem aproximadamente
250 nucleotídeos de comprimento. O ponto principal que estamos tratando
dessas modificações é, portanto, a proteção contra a degradação
desse RNA mensageiro, tudo bem? Uma vez que o RNA mensageiro
sofreu essas modificações, ele está apto, prontinho para sair do núcleo
para ser traduzido no citosol pelos ribossomos. Só por curiosidade, existe um outro processo capaz de
modificar o RNA mensageiro e editar sua sequência, mas é mais raro e é caracterizado por várias enzimas,
e é conhecido como edição de RNA. Esses eventos podem incluir inserção, deleção e substituição de bases de nucleotídeos no RNA mensageiro. Uma dessas enzimas é chamada
de adenosina desaminase, e atua convertendo resíduos
de adenosina para inosina, que é capaz de se emparelhar
com adenina, citosina e uracila por meio de uma reação química
chamada desaminação hidrolítica. Outro tipo de edição é
chamado citosina desaminase, o que ocorre é a desaminação da citosina e a transforma
em uridina por meio da citidina desaminase. A edição de RNA está sendo amplamente
estudada em relação a doenças infecciosas porque o processo de edição altera
as enzimas virais e sua função. Há sempre algo de importante a ser
descoberto na biologia molecular, e esse novo conceito de edição de RNA é algo novo
quanto ao assunto modificações pós-transcricionais. Bons estudos
e até logo!